quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O PARALITICO DE CAFARNAUM

Lc 5.17-26
Ao ler a história deste paralítico verificamos que ele foi ricamente abençoado por Cristo.
Quero meditar com os irmãos dois momentos da historia que mostram claramente a trajetória da benção.
NO PRIMEIRO MOMENTO VEMOS:
Um homem abençoado
1. Pelo trabalho do homem (13-19).
A. COM PARTICIPAÇÃO COLETIVA:
• Este homem abençoado pelo trabalho de terceiros porque ele não tinha nenhum recurso físico ou material para realizá-lo. Ele necessitou de amigos que o levasse a presença de Cristo.
• Ouvi certa vez uma ilustração que a principio achei um pouco estranha, mas depois percebi que se aplicava bem à situação deste homem. A ilustração dizia que o paralítico tinha um amigo CHEGADO, um grande amigo. No entanto, o CHEGADO, sozinho não conseguia levar o amigo à presença de Cristo, então teve que procurar seu COMPANHEIRO. Mas, os dois também não conseguiam levar o paralítico, faltava ajuda. Foi então que se lembraram do ANIMADO, com certeza ele seria de grande valia. Contudo, os três não deram conta, faltava mais um. Então chamaram o PERSISTENTE.
• Minha conversão foi em 1983 quando estava com 19 anos. Minha esposa que na época era namorada me confidenciou que uma senhora chamada Dna Flor orava pelo futuro namorado dela muito antes dela estar namorando comigo. DONA FLOR PARTICIPOU DA MINHA CONVERSÂO.
B. COM ATITUDE PERSISTENTE:
• No seculo 18 iniciou um movimento na Europa chamado moravianos que durou cerca de 100 anos. Este movimento tinha por finalidade a pregação do Evangelho e seu principal combustível era a oração. Nas suas orações pediam para serem enviados àqueles que estavam necessitados da graça de Jesus. Na época, dois jovens deste movimento ouviram falar que no Leste da Índia havia uma ilha, cujo dono, um britânico ateu, tinha capturado da floresta cerca de 2000 nativos e feito deles escravos. Uma ordem foi redigida pelo senhor da ordenou que na ilha “nesta só poderá entrar escravos”. Por isso, estes homens iriam viver e morrer ali, sem oportunidade de ouvir falar de Cristo.
• Os jovens, sabendo deste caso, fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: ”Nenhum pregador atracaria ali para falar sobre essa coisa sem sentido”. Então eles fizeram uma nova proposta: “E se fossemos como seus escravos para sempre?”, o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua própria venda para costear sua viagem. No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas famílias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam aqueles irmãos tão queridos, quando o navio tomou certa distância eles dois se abraçaram e gritaram suas ultimas palavras que foram ouvidas: “O CORDEIRO RECEBA A RECOMPENSA”.
• Na historia do paralítico também vemos a persistência daqueles que o levaram. Mesmo sem condições para entrar na casa, pois esta estava lotada, eles não desistiram.
A persistência estava ali e eles levaram o paralítico para cima da casa para que da lá pudessem baixá-lo até Jesus.
C. COM O OBJETIVO EM MENTE
• Estes tinham um único objetivo, ou seja, levarem o amigo até Jesus. Ele sabiam que somente Jesus poderia ajudá-lo.
• Por isso, venceram todos os obstáculos. Subiram ao telhado, abriram um buraco e então desceram o homem no leito diante de Jesus.
Muitas vezes a situação de certas pessoas necessitadas é tal que se precisa da fé e da simpatia de amigos crentes para levá-los a Cristo.
Será que temos feito este trabalho. Será que temos sido este amigo.
Muitas vezes um simples ato de misericórdia pode levar alguém a uma benção maior do que àquela que podemos dar. Por isso:
NO SEGUNDO MOMENTO VEMOS:
Um homem abençoado
2. Pelo trabalho do Filho do Homem (20-26).
A. QUE ABENÇOA QUEM TEM FÉ:
• Jesus viu na fé não apenas o anseio de restauração do enfermo, mas o anseio de reconciliação de uma alma. Alma, ciente de sua culpa e ansiosa por salvação, que havia percorrido um caminho difícil, ou seja, o telhado.
• Jesus não reconheceu no grupo APENAS o trabalho coletivo, mas também a FÉ COLETIVA, pois ao ver a fé que possuíam disse ao enfermo: “Homem, teus pecados estão perdoados!”
A grande sentença da absolvição da culpa é poderosamente proferida. Porém o ser humano, pervertido que é, considera a saúde como o maior bem, desconsiderando assim a salvação da alma e a vida eterna.
B. QUE FAZ PENSAR OS INCRÉDULOS:
• “Teus pecados te foram perdoados” – Esta palavra calou fundo. “A opinião judaica a respeito do pecado e do sofrimento é esta: onde há sofrimento, o pecado é premissa, e onde ainda persiste o sofrimento, o perdão ainda não chegou plenamente.”
• Mas, ao declarar “Teus pecados te foram perdoados!”, Jesus proclama um Evangelho para milhares e milhares de pessoas. Pois, afinal, sua palavra significa nada menos que o seguinte: talvez alguém possa sofrer das conseqüências de seus pecados, e talvez tenha de sofrer até o fim da vida, mas não obstante pode encontrar-se plenamente sob a graça, pode obter perdão.
O trabalho de perdoar pecados, para a salvação, é difícil e árduo.
Este trabalho leva o homem arrazoar, pensar, levar em consideração.
C. QUE SOMENTE ELE PODE FAZER:
• Todos trabalharam para que o paralítico chegasse à presença do mestre. Porém daqui para frente não poderiam fazer mais nada. Somente Jesus poderia continuar a obra.
• Porém, o fato que deixava esses homens da lei indignados era que Jesus, declarou o homem livre e isento de toda culpa por sua própria iniciativa sem intervenção de Deus. Pois, entendiam que a frase “de que somente Deus poderia perdoar pecados” era totalmente verdadeira. Portanto, pelo fato de que na opinião deles Jesus, como humano, chama para si algo que compete unicamente a Deus, eles o acusam de blasfêmia.
• Em Marcos, Jesus reconhece s pensamentos de seus adversários “em seu espírito” (cf. Mc 2.8). Com a pergunta: “O que é mais fácil perdoar pecados ou curar a enfermidade?” Jesus insere nos pensamentos dos que ali estavam uma verdade absoluta. Por que a cura pode até constituir um milagre, porém o MAIOR MILAGRE É O DA SALVAÇÃO.
• Mas, continua Jesus, “para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra (não só autoridade para curar enfermos) mas, também para perdoar pecados—disse ao paralítico: Eu te ordeno: Levanta-te, toma o teu leito e vai para casa” (v. 24).
Sob o telhado aberto, a vista de todos que ali estavam, aconteceu algo divino e perfeito. E isso não somente ocorreu no oculto da alma, mas também na forma visível do corpo. À absolvição da alma agregou-se a cura do corpo.
Imediatamente, o paralítico se levantou diante deles e, tomando o leito em que permanecera deitado, voltou para casa, glorificando a Deus. “Todos ficaram atônitos, davam glória a Deus e, possuídos de temor, diziam: Hoje, vimos prodígios” (vs 25-26).
Deus abençoe
Pr Saulo César

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


A historia que acabamos de ler é uma das mais lindas do Livro de 2 Reis. Nela os nomes do profeta Eliseu e do seu servo Geazi são citados, porém não sabemos o nome da mulher. Todos, inclusive o profeta Eliseu, a chama de Sunamita.

O motivo deste nome é por ela morar em Suném "lugar de descanso duplo", uma cidade localizada a 8 km ao sul do monte Tabor, entre o Monte Carmelo e a cidade de Samaria.

Porém, assim como o autor do Livro de Reis a chamou de Sunamita, porque ela era de Suném, olhando para a historia e para as suas características quero sugerir à ela dois nomes:

O primeiro nome que quero sugerir a esta mulher é:
1. VIRTUOSA – Que servia sem esperar nada em troca (8-17).
a. Não almejava recompensa;
• A Sunamita estava sempre pronta para servir. Ela é um exemplo de pessoas que vê as aflições do semelhante e procura ajudar nas suas dificuldades.
Primeiro, foi porque vendo o homem (Eliseu) que passava pela cidade poderia estar com fome, ela o constrangeu (forçou, obrigou), mesmo sendo um estranho viajante, a entrar em casa para comer;
Depois, ao perceber que este homem (Eliseu) era um profeta (pelo testemunho que Deus) disse a seu marido (mostrando também submissão): Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro, e ali lhe ponhamos uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se recolherá.
• Na verdade ela não queria que Eliseu fosse apenas um viajante que passava pela sua casa, mas um hospede.
• Para isso providenciou um pequeno cômodo no fundo, anexo à casa principal. Não uma simples tenda para se alojar e depois desmontar, pelo contrário, tratava-se de uma construção permanente. Ali o profeta poderia descansar, ter privacidade e um lugar para suas devoções.
• Eliseu não se mostrou indiferente com todo o cuidado que recebeu naquela casa, na verdade, ao contrário de muitos que se acham merecedores de bênçãos e honorários, ele também sentiu a necessidade de ajudar.
• Porém, antes de chamá-la Eliseu já havia mandado seu moço agradece-la pelos cuidados extremos que ela lhes dava e também o que ele poderia fazer para compensá-la. Por isso, através do moço, Eliseu perguntou: Haverá alguma coisa de que se fale a teu favor ao rei ou ao comandante do exército? Ela não aceitando respondeu: Habito no meio do meu povo. Ou seja, tenho tudo o que preciso aqui.
• Ao dizer “habito no meio do meu povo” ela acentua, mesmo sendo privada de filhos, a importância que dava à família e o desinteresse pelos bens matérias. Ou seja, ela não almejava nenhum beneficio ao hospedar o profeta. Seu único desejo era servir.
b. Não possuía filhos;
• O profeta questionou seu moço: Que se há de fazer por ela? Geazi respondeu: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho. “Como se dissesse”. Dê a ela um filho.
• Ter filho sempre foi o desejo de uma mulher. Faz parte da natureza da mulher dar a luz a filhos. Este desejo materno é claramente visto na Bíblia: “Raquel que não dava filhos a Jacó, com ciúmes do marido disse: Dá-me filhos, senão morrerei” (Gn 30.1). Além do que, o não ter filhos causava vergonha e desprezo, assim como em Ana: “Ana subia à Casa do SENHOR, a outra (que tinha filhos) a irritava; pelo que chorava e não comia. Então, Elcana, seu marido, lhe disse: Ana, por que choras? E por que não comes? E por que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez filhos?” (1Sm 1.7-8). Então disse Elizeu ao moço “vá chama-la”.
c. Mas, foi recompensada;
• Ao vir ao encontro do profeta ela se “apresentou" à entrada da porta. Até este momento Geazi tinha sido o interlocutor, porém a partir de agora Eliseu lhe fala diretamente. Disse-lhe o profeta: Daqui a mais ou menos um ano você estará com um filho nos braços.
• Ela ficou assustada, pois ela não esperava ouvir aquilo. Mesmo sabendo que Eliseu era homem de Deus, não quis acreditar na promessa de um filho, pois seu marido já era velho, E com medo de sofrer uma decepção disse ao profeta:- Não, meu senhor. Não iludas a tua serva!

Porém, assim como Deus disse a sara na sua velhice “Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil” e depois de um ano ela deu luz a um filho (Gn 18.14). Assim também se cumpriu com a Sunamita. Ela concebeu e deu à luz um filho, no tempo determinado, quando fez um ano, segundo Eliseu lhe dissera.

O segundo nome que quero sugerir a esta mulher é:
1. CONFIANTE – buscou o impossível para ter o filho de volta (18-37).
a. Porque viu seu filho morrer;
• O menino cresceu forte saudável. Um dia quando o pai estava no campo trabalhando desejou ir até ele. Chegando lá, junto ao pai ele observava o trabalho dos empregados na lavoura.
• As horas passaram e o sol foi ficando forte e o menino atingido pelo calor disse ao pai: “Pai, a minha cabeça está doendo muito”!
• Pode-se concluir que o menino foi atingido por uma insolação, comum em clima quente e muitas vezes fatal. O pai, percebendo a gravidade do caso, manda um empregado levá-lo para casa para sua mãe.
• Chegando a casa, a mãe o pegou no colo, e começou a tomar as providências necessárias para que passasse aquela dor de cabeça do menino. Mas não teve jeito, chegando ao meio-dia o menino morreu.
b. Não se deteve, foi além da religiosidade;
• A mulher subiu deitou o garoto na mesma cama que Eliseu ocupava, e chamando o marido, pediu que este ordenasse que um servo preparasse uma jumenta para que fosse e voltasse até Eliseu.
• O marido perguntou por que iria se não era lua nova, nem sábado (não havia motivo para buscar o profeta) ou seja, não é dia de culto. Ela disse “não faz mal”, ou seja, não é só nestes dias que se busca um profeta.
• Assim como disse Abraão aos que o acompanhavam no sacrifício Isaque seu único filho “Esperai aqui, eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós” (Gn 22.5), ela teve esta certeza quando disse “eu vou e volto”.
• Vemos sua determinação ao dizer ao servo “Guia, e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser”. Ela tinha um objetivo e nada poderia desviá-la. Nem a distancia de cerca de 40Km de Suném ao Carmelo.
• Sucedeu que, vendo-a o homem de Deus de longe, disse a Geazi, seu servo: Eis aí a sunamita , corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem. Mas, ao chegar diante de Eliseu ela não se conteve. Colocando-se aos seus pés os beijava. Mesmo sem entender sentia sua alma amargurada.
• Sua situação agora com perda do filho era pior que a primeira de quando não tinha filho. Por isso disse: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes? Para ele teria sido preferível não ter um filho a perdê-lo.
• Disse o profeta a Geazi pega meu bordão e ruma rápido para Suném. Não pare no caminho, nem para saudar alguém. Chegando lá põe o meu bordão sobre o rosto do menino. A saudação conduziria a uma demorada troca de e o bordão era o símbolo da sua autoridade.
• Esta mulher tinha duas opções. A primeira era culpar a Deus pela morte do menino, pois ele deu sem ela pedir e agora o tirou. Ao ver seu filho morto ela não se desesperou, nem se revoltou, nem murmurou. Ela foi atrás da segunda opção, ou seja, buscar a Deus com fé. Ela decidiu buscar a Deus com fé.
• Tanto o “não faz mal” do v. 23, como “tudo vai bem” do v. 26 no original hebraico shalom, traduzido literalmente significa “paz”, ou seja, tudo em volta poderia estar turbulento mais ela estava em “paz”. No seu coração reinava completa paz.
• Tem um hino que diz: “Vindo sombras escuras no caminho seu Oh não desanime cante um hino a Deus. Cada nuvem escura um arco-íris traz se teu coração reinar perfeita paz. Se teu coração estiver em paz; bem contente e alegre sempre te acharas. Se teu coração estiver em paz veras que um arco-íris cada nuvem traz”.
A sunamita fêz com Eliseu o mesmo que anteriormente ele fez quando era discípulo de Elias. Assim como ele não abandonou Elias até ser abençoado, a mulher também não o deixou. Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te hei de deixar.
c. E vivenciou um milagre;
• A mulher não o deixava então, Eliseu se levantou e a seguiu. O moço que passou adiante chegando na casa pôs o bordão sobre o rosto do menino; mas, não houve nele voz nem sinal de vida;
• O moço voltou e ao encontrar-se com Eliseu disse: O menino não despertou.
• Tendo chegado à casa, vendo o menino sobre a cama, fechou a porta e sozinho orou ao SENHOR.
• Depois se deitou sobre o menino e o menino aqueceu. levantou, e andou no quarto uma vez de lá para cá, e tornou a deitar sobre o menino; este espirrou sete vezes e abriu os olhos.
• Então, chamou a Geazi e disse: Chama a sunamita. Ele a chamou, e, apresentando-se ela ao profeta, este lhe disse: Toma o teu filho. Ela entrou, lançou-se aos pés dele e prostrou-se em terra; tomou o seu filho e saiu.

• Certo dia, depois ver um Jovem rico se afastar por preferir às riquezas, Jesus disse aos discípulos que “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”. Então eles maravilhados retrucaram: “Sendo assim, quem pode ser salvo”? Então “Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível” (Mt 19.24-26).
Aqui está uma mulher que, mesmo vivendo cerca 550aC, vivenciou o IMPOSSÍVEL. Por que ela creu que Deus tudo é possível.

• O Apostolo Paulo na carta que escreve à de Éfeso pede em oração que Cristo habite no coração de cada um, pela fé, e assim enraizados e alicerçados no amor poderiam compreender e conhecer a largura, o comprimento, a altura, a profundidade do amor de Cristo. Amor que excede todo entendimento. Pois, “Ele é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Ef 3.17-20).

• Aqui está uma mulher que, mesmo vivendo muitos séculos antes de Paulo, viveu a fé e guardou enraizado e alicerçado o amor, podendo então compreender e conhecer a largura, o comprimento, a altura, a profundidade Daquele que é poderoso para fazer infinitamente mais.

Deus Abençoe
Pr Saulo César

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SANTIFICA-OS NA VERDADE

A TUA PALAVRA É A VERDADE
Jo 17.17

A Bíblia é a Palavra de Deus! Pedro confirma esta verdade ao escrever: “jamais qualquer profecia foi produzida por vontade humana; mas, homens santos falaram da parte de Deus, inspirados pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21). Mas, além de saber que foi Deus quem inspirou os homens a escreverem a Bíblia existe um outro ensino que Jesus, ao orar ao Pai pelos seus discípulos, disse: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. Ao pronunciar estas palavras Jesus enfatiza dois princípios: Primeiro é que todo homem ou mulher para se tornar discípulo do Mestre tem que ser santificado pela verdade. Ou seja, o homem para ser verdadeiramente ganho para Cristo, precisa ser ganho pela verdade. Pois, aquele que vem a Cristo pela mentira passa a ter uma vida cristã de mentira. O segundo principio é que a Palavra de Deus é a verdade, pois Deus não é homem para que possa mentir. Sendo assim devemos entender que o homem somente é salvo pela Palavra de Deus, pois “a fé vem pelo ouvir a pregação, e a pregação vem através da Palavra de Deus” (Rm 10.17).

Por tudo isso, abramos nossa Bíblia e leiamos o maravilhoso Livro de Deus. Nela encontramos luz e direção. Nela contém a verdade. Ela é a Verdade.

Pr Saulo César
O Termômetro

Das realizações que o homem pode fazer para Deus, as maiores são:
  • Estar onde Ele quer que esteja;

  • Fazer o que Ele quer que faça;

  • Não ter outra vontade senão a Dele.
  1. Se você perceber que tem mais prazer em ler uma revista, ou um livro qualquer, do que ler sua Bíblia;

  2. Que gosta mais de ir passear no shopping do que participar num culto na igreja;

  3. Que prefere estar numa conversa com os amigos do que numa conversa com Deus;

  4. Que ouve, canta e se alegra mais com músicas seculares do que com músicas que louvam a Deus;

  5. Que não se sente triste, ou incomodado, por não participar da Ceia do Senhor.

Cuidado você precisa se santificar
OU SE CONVERTER

Que tal ler a Bíblia?
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos” (Sl 119.105).

Deus abençoe
Pr Saulo César

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ZAQUEU O PUBLICANO

• Algo nos chama atenção quando lemos a segunda parte do versículo 5, Disse Jesus a Zaqueu: “Zaqueu desce depressa, pois ME CONVÉM FICAR HOJE EM TUA CASA”.
• Quero lhe fazer uma pergunta, se Jesus lhe falasse: “HOJE EU QUERO FICAR EM SUA CASA”. Você lhe deixaria entrar?

No caso de Zaqueu, ele com toda pressa, recebeu Jesus em sua casa.
Quero meditar com os irmãos como isto aconteceu analisando dois momentos da história, ou seja,
o antes e o depois do encontro dele com Jesus.

ANTES DO ENCONTRO COM JESUS VEMOS:
1. ZAQUEU O PECADOR (1-4).
a. Julgado e condenado:

• Primeiro foi pelo caminho que escolheu, pois sendo filho de Abraão (conf. 19.9) ele tinha um caminho para seguir. Seu nome no hebraico (Zakchaios) tem o significado de "puro", no entanto ele não se portava como um homem de Deus e tampouco fazia jus ao nome. Preferiu andar por um caminho errante.
• Outro motivo que fazia dele um pecador eram os erros que praticava. Na época os coletores de impostos, não apenas visavam conseguir um bom salário, mas também enriquecer de forma ilícita. Zaqueu não era apenas um simples coletor de impostos ele era o chefe deles, o superior, ou seja, o comandante da gang. Dessa maneira havia infinitos casos de extorsão e injustiças colocados na sua conta. Zaqueu fazia fortuna à custa de compatriotas oprimidos
• Mas, alem dele ter escolhido um caminho errado e ter atitudes erradas vemos também ele era desprezado julgado e condenado pelo povo que o rodeava. Ele era desprezado pelo seu povo e sua nação, pois trabalhava para Roma, sustentando assim a dominação estrangeira.
b. Mas, que decidido queria ver Jesus:
• O final do parágrafo anuncia que todo o povo louvou a Deus pelo milagre feito no cego Bartimeu (Lc 18.43), fato que permiti supor que a notícia da chegada de Jesus foi divulgada em Jericó antes que o Senhor chegasse de fato.
• Por isso, diversos moradores sentiram-se motivados a ir ao encontro dele e acompanhar sua passagem pela cidade. O mesmo desejo também tomou conta de Zaqueu, pois, com certeza, ele era um dos muitos que já tinham ouvido falar de Jesus, por isso queria vê-lo.
• Mas, em vão, se esforçava para encontrar um lugar que lhe permitisse ver o Salvador. A multidão e sua baixa estatura eram grandes obstáculos para que ele pudesse satisfazer seu grande anseio.
• Mas, ele não desistiu e continuou buscando a presença de Cristo. Lucas relata que ele correndo à frente sobe num sicômoro (amoreira com galhos baixos) e dali procura ver Jesus.


• Não se pode dizer com certeza se este desejo era apenas uma curiosidade ou uma carência espiritual que ele tinha no coração e queria preencher.
Seja uma coisa ou outra percebemos que sua decisão não foi contaminada pelos obstáculos que encontrou. Sua disposição foi maior que suas dificuldades.

DEPOIS DO ENCONTRO COM JESUS VEMOS:
2. ZAQUEU O ARREPENDIDO (5-10).
a. Que atendeu ao pedido de Cristo;

• Zaqueu, aquele que desejava ver o Senhor, foi visto antes pelo Senhor. Jesus chamou-o pelo nome e convidou-se para ser seu hóspede. “Zaqueu, desce depressa, pois tenho de ficar hoje em tua casa.”
• O Senhor chama Zaqueu para uma decisão rápida, de descer depressa da árvore e, antecipando-se a ele, convida-se para ir à casa dele. Jesus não diz “eu quero”, mas “eu tenho de ficar hoje em tua casa”. Jesus fala a partir da consciência da determinação divina, ou seja, já estava previsto.
• A palavra “hoje” assinala que não havia mais tempo a perder, que não seria permitido nenhum adiamento. Para Jesus havia tão-somente uma necessidade: não entrar em nenhuma outra moradia senão na casa de Zaqueu. Seu coração assim ordenava. Só dependia da aceitação de Zaqueu em recebê-lo.
• Zaqueu não demonstrou vergonha nenhuma em hospedar Jesus em sua, pelo contrário, em seu coração havia uma imensa alegria pela recompensa de poder receber em casa aquele que se esforçou para ver.
• O dia da entrada de Jesus na casa de Zaqueu transformou sua vida. Ele nasceu de novo, passou a ser uma nova criatura, nos fatos que se seguem veremos que enquanto ele empobrece por opção pessoal em termos de bens terrenos, sua riqueza, em termos espirituais aumenta. O hoje traçou uma nítida linha divisória entre o ontem e o amanhã na vida de Zaqueu.
b. Portanto, justificado e absolvido:
• A partir da entrada de Jesus na sua casa, percebe-se a mudança de atitude na vida de Zaqueu. Ele então passa a demonstrar a sua fé no Salvador.
• Lucas menciona o fato de Zaqueu ter se levantado para falar com Jesus. O se levantar, não só indica respeito, mas também, que ele tinha algo muito importante para falar. O momento e a afirmação era algo solene e de muita importância para ele, pois era o resultado do seu contato pessoal com Cristo.
• A penalidade imposta pela lei quando um homem roubava alguém era uma reparação quatro vezes mais além do que havia roubado (vide Êx 22.1; 2Sm 12.6). Mas, Zaqueu impõe sobre si uma penalidade a mais, ou seja, ele foi além da Lei. Antes de dizer que cumpriria a Lei devolvendo 4 vezes mais ele anuncia que daria aos pobres metade de seus bens.
• Este ato de dar e devolver àquilo que tanto prendia e o deixava vulnerável, mostra a sua verdadeira conversão e mudança e de vida. Mas, não foi apenas este ato que demonstrou sua fé. Foi uma seqüência de fatos que as vezes passam despercebidos, ou seja: Zaqueu desceu depressa da arvore onde estava. Não houve questionamento nem tampouco demora. Zaqueu recebeu Jesus com alegria. Não houve murmúrio ou reclamações. Zaqueu mostrou àqueles que o consideravam pecador, aquilo que impossível ao homem, isto é, o milagre da salvação de um rico, algo mais difícil do que passar um camelo pelo fundo da agulha.
• O pecador e “salteador” Zaqueu, como a multidão o via, de fato havia sido transformado em outra pessoa. O Senhor Jesus declara: “Hoje foi concedida salvação a esta casa, visto que também ele é um filho de Abraão; porque o Filho do Homem veio para procurar e salvar aquilo que está perdido.”

Por meio de sua conversão Zaqueu passou a ser um verdadeiro israelita.
Jesus concedeu-lhe a benção de pertencer à família daqueles que são chamados filhos de Deus.


DEUS ABENÇOE
PR SAULO CÉSAR