segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

NÃO TEMAS

Quem Crer Viverá
2Re 6.24-7.20


Em meio às vitórias e lutas que enfrentamos, o principio de que maior é aquele está em nós, do que aquele está no mundo deve ser sempre preservado. Elizeu disse ao seu moço “Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (2Re 6.16). Neste caso Elizeu enfatizou a quantitade dos seus aliados. João escreve na sua primeira carta “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo 4.4). João enfatiza a grandeza do seu aliado.

O texto que lemos revela três momentos que comprovam esta tese.

1. O Momento do Caos (6.24-30).
• A causa do caos, neste caso, foi porque o rei da Síria fez cerco em Samaria capital de Israel. Nada entrava e nada saia. Pois, da mesma forma que Deus nos cerca e nos guarda, o diabo, nosso adversário, também anda ao nosso redor, como leão que ruge procurando alguém para devorar (1Pe 5.8). Ben Hadade, rei da Siria, tipifica este inimigo. Pedro aconselha “Sejam sóbrios e vigilantes”, para que o efeito do caos não venha nos matar. No caso de Samaria o caos produziu o efeito que o inimigo desejava.
a. Os valores foram invertidos:
• Por causa da fome coisas imundas e insignificantes como a cabeça de um jumento um animal impuro, cuja carne, por princípio, ninguém comia e o esterco de pombas começaram a ter um grande valor (a cabeça do jumento era vendida por oitenta barras de prata e cerca de meio litro de esterco de pomba por cinco barras). Enquanto que a família o bem mais precioso que alguém pode ter era desprezado. Deus diz que os filhos são herança do Senhor. Em Samaria, o caos tirou esta benção. As mães começaram fazer acordos para comerem os filhos umas das outras para matarem a fome.
b. E povo buscou ajuda no lugar errado:
• O texto diz que no momento em que o rei passava pelo muro, vistoriando o caos “gritou-lhe uma mulher: Acode-me, ó rei, meu senhor”! Então ele respondeu: Se o SENHOR não te ajuda, como é que eu posso ajudá-la? Você pensa que eu tenho trigo ou vinho? Mas diga qual é o seu problema. Ela respondeu: Fiz um acordo com uma mulher, para matar a fome comemos o meu filho ontem e hoje ela não quer matar o seu para comermos!!!
• UM EXEMPLO: No Haiti o caos é um fato. Temos visto que, para sobreviver, muitos tem perdido a calma. Muitos homens de bem tem roubado para matar a fome. Muitos, ao invés de procurar o Senhor, têm buscado ajuda nos reis e generais da terra. Muitos, ao invés de procurar ao Senhor, têm buscado ajuda nos trabalhos de magia negra e nos rituais pagãos. DEVEMOS ORAR PELO POVO HAITIANO.
No CAOS, SEM DEUS, além de perder a noção da ética da moral, perde-se também a direção.
No CAOS o valor do que é mais precioso aos olhos de Deus, não aos nossos olhos, são invertidos.
No CAOS o valor do que se pode e o que não se pode comer ou fazer são invertidos.
Por isso, é preciso vigiar e orar no momento do caos, para não ser devorado pelo desespero e pela loucura.

2. O Momento da lucidez (6.31-7.1).
• No momento de Caos até os mais fortes se curvam. Até o rei humilhava-se torturando a sua carne por meio de um pano de saco (30); mas como a penitência não teve efeito, lançou sobre Eliseu a culpa da fome, acusando-o não só de tê-la causado como de fazê-la persistir (31). Mas, são nos momentos difíceis que a lucidez deve prevalecer.
a. É onde a confiança e a esperança no altíssimo não desvanece:
• Enquanto o povo descrente fazia loucura e o rei fazia acusações infundadas Elizeu descansava, ao lado dos anciãos, em sua casa. Enquanto ele descansava nos braços do Senhor o rei enviava mensageiros para matá-lo e blasfemar contra Deus. Mas, ele continuava lúcido e cheio de confiança e esperança no Altíssimo “Olhai, quando vier o mensageiro, fechem a porta e não deixem que entre (6.31-33).
b. É onde a confiança e a esperança no altíssimo é semeada no coração do povo;
• Então Elizeu semeou a confiança e a esperança no coração do povo. Ele anunciou a queda da inflação e do estado de sitio. Sua palavra se baseava na sua relação com Deus. Disse ele “ATENTEM AO QUE O SENHOR TEM PARA DIZER; assim diz o SENHOR: Amanhã, a estas horas mais ou menos, poderá se comprar em Samaria três quilos e meio de trigo ou sete quilos de cevada por um siclo de prata.” (2Re 7.1). NOTE A DIFERENÇA DE VALORES: Enquanto os desesperados pagavam uma fortuna por coisas insignificantes e sem valor, o LUCIDO anuncia que a comida será barata. Antes a cabeça do jumento era oitenta barras de prata, agora cerca 3,5Kg de trigo seria comprados por um siclo cerca de 11g. Enquanto os desesperados cometiam loucuras e procuravam ajuda em lugares errados, o LUCIDO anuncia uma palavra sensata e cheia de esperança, para amanhã, vinda do Senhor.

3. O Momento da benção (7.2-15).
• A descrença e a ausência da fé, não somente é uma afronta e pecado contra Deus, mas também priva homens e nações das bênçãos que Deus deseja dar. Deus é bom! Mas, o homem tem limitado sua bondade por causa as sua incredulidade. Infelizmente a benção não vem:
a. Onde os fortes e arrogantes são envergonhados:
• Havia um capitão, homem de confiança do rei, que zombou do profeta. Disse ele: “Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu isso não vai acontecer”. Elizeu disse-lhe “Você verá, mas não comerá”.
b. E os fracos e rejeitados são engrandecidos conforme a Palavra do Senhor
• Os leprosos não podiam ficar dentro da cidade, por isso estavam na porta. A situação dos quatro não era nada boa. Conhece aquele ditado “se ficar o bicho come se correr o bicho pega”. Eles viviam literalmente este ditado. Mas, Deus está acima de qualquer ditado popular. Quando Deus diz “Não Temas” que darei a saída pode-se confiar. Assim como ele deu uma saída para o povo através do mar vermelho, ele também deu uma saída para os leprosos. O Senhor lutou por eles, mandando um barulho de um grande exército, e pensando que os judeus vinham com seus aliados, os sirios fugiram abandonado todo seu armamento, mantimento e tesouro. Eles eram leprosos, não loucos. A lepra pode tê-los deixado doentes, mas não tirou deles a lucidez. Eles agiram racionalmente tanto em irem ao acampamento dos sírios quanto em anunciarem a benção ao povo.
CONCLUSÃO:
Não Temas - Quem Crer Verá. ”Porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (2Re 6.16) e no NT “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.” (1Jo 4.4). A PROFECIA SE CUMPRIU, MAS, INFELISMENTE O CAPITÃO DO REI NÃO PODE PARTICIPAR DA BENÇÃO. Ele apenas a viu, pois foi atropelado pela multidão que saiu para buscar comida no acampamento Sírio.
Deus abençoe
Pr Saulo Cesar - ICE Campo Grande - saulo@icecampogrande.com.br

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Avivamento

AVIVAMENTO
2Cr 7.11-22

O capitulo sete de 2Cronicas descreve o culto de apresentação e consagração do templo ao Senhor. Neste ato solene que durou sete dias houve muitos sacrifícios, oração e louvor. Mas, algo que marcou a vida daqueles que cultuava foi a maravilhosa manifestação da glória de Deus. Os versos um a quatro descrevem esta maravilha. Depois de toda a festa e dedicação, Salomão alegre e animado, despede o povo, pois Deus havia dado a ele prosperidade em todos os seus projetos e realizações. Ao ler este capitulo percebemos que ouve um grande avivamento espiritual. Avivamento é reação de Deus em resposta à oração do homem.

É neste contexto que Deus aparece a Salomão e lhe propõe um avivamento continuado. Uma proposta fundamentada em duas frentes:

1. Deus propõe um avivamento geral (11-16).
a. Baseado na hipótese do povo se afastar;
• Porque o povo tem livre arbítrio para se afastar ou achegar ao Senhor;
• Porque “se” o povo se afastar a benção será retida. Pois não há benção longe de Deus;
• Porque Deus não se afasta. “Se” Deus reteve chuva, mandou os gafanhotos e a peste entre o povo, foi porque o povo andou no mau caminho;
b. Baseado na hipótese do povo se arrepender;
Mas, se o meu povo se humilhar; O povo tem que reconhecer sua falha e manifestar sua tristeza. Humilhar-se diante de Deus é o reconhecimento sincero do afastamento de deus, da pobreza espiritual e dos pecados cometidos.
• Mas, se o meu povo orar; O orar não deve ser da boca pra fora com palavras sem pensar. O povo teria que se colocar diante de Deus com louvor, agradecimento, perdão e comprometimento.
Mas, se o meu povo me buscar; O buscar a Deus deve ser diligente, aplicada, zelosa e incessante. Deve ser uma busca de coração. Um anseio pela presença. Não só na adversidade ou para pedir.
Mas, se o meu povo se converter dos seus maus caminhos; Converter é mudar de vida, de caminho, de direção. É nascer de novo, se arrepender com sinceridade e abandonar o pecado da idolatria, do mundanismo e se aproximar de Deus;
c. Baseado, na certeza da fidelidade de Deus.
Então, eu ouvirei dos céus; A primeira manifestação de resposta de Deus ao arrependimento do povo é a sua resposta. E esta resposta significa que ele ouviu o clamor do seu povo e atendeu sua oração;
Perdoarei os seus pecados; O perdão e purificação dos pecados são atos exclusivos de Deus. Somente Deus pode perdoar pecados no sentido de salvação e reconciliação com Ele. E essa benção é pela graça, pois tudo que possamos fazer não paga a benção de sermos salvos e reconciliados à sua presença.
E sararei a sua terra. A falta de chuva, esterilidade da terra, as pragas e as doenças são conseqüências do afastamento de Deus. A aproximação de Deus reverte estas conseqüências. Deus manda a chuva, sara a terra e cura as enfermidades, naturais, físicas e espirituais tanto da terra e quanto do povo.
Os meus olhos e ouvidos estarão sempre atentos à oração que se fizer neste lugar. Porque Deus escolheu e santificou esta casa, para que nela esteja o seu nome, os seus olhos e seu coração perpetuamente;

2. Deus propõe um avivamento pessoal (17-22).
a. Condicionado no caminhar com Deus;

• “Quanto a ti, se andares diante de mim, como andou Davi”. Ou seja, o avimaneto deveria partir de Salomão ele era o lider da nação, portanto a referencia e o exemplo. Salomão deviria seguir os passos de seu pai. Pois, assim como Davi cumpriu as ordens e seguiu os estatutos e os juízos de Deus ele também devia faze-lo.
b. Confirmado pelas bênçãos de Deus;
• “Confirmarei o trono do teu reino, segundo a aliança que fiz com Davi”. A aliança feita a Davi era incondicional. Deus prometeu a ele que não faltaria sucessor que reinasse em Israel. Esta aliança se cumpriu em Jesus Cristo – O filho de Davi. Porém a proposta de Deus a Salomão era condicionada ao andar dele nos mesmo passo que andou seu pai.
c. Retirado pela desobediência a Deus;
• Porém, se vós vos desviardes, e deixardes os meus estatutos...então, vos arrancarei da minha terra e esta casa lançarei longe da minha presença”. O acordo estava condicionado a obediencia. Infelismente, Salomão desobedeceu e o acordo se rompeu. O reino foi dividido. Israel e Judá foram levados cativos pela Assiria e Babilonia e o templo foi destruido. A casa outrora tão exaltada, passou a ser motivo de espanto e zombaria. Isso porque deixaram o SENHOR, o Deus de seus pais, que os tirou da terra do Egito, e se apegaram a outros deuses, e os adoraram, e os serviram. Por isso, trouxe sobre eles todo este mal.

Assim como Israel foi advertido O Senhor também adverte as nações. Nações como Alemanha, Inglatera, Estados Unidos. Paises que outrora foram tão crentes e missionarios e hoje estão precisando ser evangelizados novamente.
O Brasil precisa de um avivamento. Um avivamento saudavel. Avimento que o homem se humilha, busca a Deus e converte do mau seu caminho. Avivamento onde Deus é glorificado não apenas no templo mas, na vida diaria. Avivamento que parte do individuo e contagia toda a igreja a cidade e nação.


Deus vos abençoe

Pr Saulo César – ICE Campo Grande – saulo@icecampogrande.com.br

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

JAIRO - Não Temas

CONTINUE CRENDO
Mc 5.21-43


Diz o salmista “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa na sombra do Onipotente diz ao SENHOR: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio..."

No enfrentamento de problemas que surgem em nossa vida temos que tomar algumas atitudes para que estes problemas sejam resolvidos. A melhor atitude que podemos tomar é habitar no Esconderijo do Altíssimo.

Jairo habitou no esconderijo do Altíssimo.

1. Em meio ao orgulho e preconceito ELE SE HUMILHOU e buscou a Cristo (21-24).
Não levou em conta os que os outros diziam, deixou de lado toda a vaidade e orgulho e suplicando humilhou-se ao pés de Cristo pedinho que fosse curar sua filha;
A Palavra Chave é Humildade


2. Em meio ao desespero de uma mulher ELE SOUBE ESPERAR por Cristo (25-35).
É angustiante ficar em filas de banco, hospitais supermercados e ver alguém furando a fila. Imaginem Jairo. Depois de tanta trabalho para chegar até Jesus ele vê alguém que chegou depois ter a primazia. Mas, ele não se julgou o mais importante e soube esperar.
A Palavra Chave é Paciência

3. Em meio às más o noticias ELE CONTINUOU CRENDO em Cristo (35-43).
Estes dias assistindo o jornal ouvi que de um rapaz que chegou em casa e encontrou sua casa destruída pelo fogo. Quanto sofrimento. Quanta tristeza. Você já chegou em casa e encontrou um grande tumulto. JAIRO ENCONTROU.
Mas, assim como Marta e Maria, a mulher cananéia, o centurião romano ELE CONTINUOU CRENDO e deixou que Cristo conduzisse toda a situação.
A Palavra Chave é Fé.

E você como está? Será que em meio aos problemas, lutas, aflições e conflitos que surgem em sua vida, você tem se Escondido no Esconderijo do Altíssimo e descansado à sombra do Onipotente?

Deus abençoe
Pr Saulo César - Ice Campo Grande

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

PEDRO

RASTREADO
Lc 22.54-62

É comum nas viagens encontrarmos caminhões com a frase: “Rastreado por Radar”. Às vezes também deparamos com caminhos escoltados por guardas fortemente armados. Não é necessário dizer que este caminhão, por estar sendo vigiado, torna-se mais difícil ser roubado ou assaltado. O ladrão, com certeza, irá pensar um pouco mais antes de tentar rouba-lo. Mas, mesmo assim, muitos deles são vitimas de assaltos e roubos. Os ladrões sempre acham um jeito, uma forma de burlar a segurança, pois o valor da carga compensa o risco.
O salmo 139 diz: “SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos (1-3). (V 5) Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão. (V. 7-10) Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, o senhor está lá; se descer ao mais profundo abismo, o Senhor também lá está também; se eu voar pelos confins da terra e dos mares, ainda lá a tua mão me guia e me sustenta. (15-16) ) O Senhor viu quando os meus ossos estavam sendo feitos, quando eu estava sendo formado, antes que eu nascesse o Senhor já me conhecia e escreveu todos os dias da minha vida antes deles acontecerem.
Você já fez algo pensando que ninguém via? Este salmo diz que nada fazemos passa despercebido aos olhos de Deus. Será que isso é bom ou mal?
No texto que lemos diz que no exato momento, depois que o galo cantou pela terceira vez, “voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro”. Hoje quero meditar com os irmãos sobre o rastrear de Deus.
Peço sua atenção sobre O OLHAR DE CRISTO e o seu resultado na vida de Pedro.
Baseados no texto de Lucas verificaremos dois fatos:
1. O propósito do olhar (54-61).
• O olhar de Jesus sobre Pedro demonstra a sua intensa preocupação com o homem caído.
A) Jesus volta-se para Pedro.
Voltando-se (virou-se). Gostaria que os irmãos tentassem visualizar a cena. Jesus estava preso na casa do Sumo Sacerdote. Pessoas foram trazidas para dar falsos testemunhos à seu respeito. Seu rosto foi cuspido, socado e esbofeteado. Ele foi ultrajado e masmo sabendo que ia ser morto de uma forma injusta e dolorosa voltou-se para Pedro. Não abriu sua boca apenas virou a cabeça e olhou para Pedro (Mt 26. 57-68).
B) Jesus fixa os olhos em Pedro. O olhar de Cristo não foi um mero olhar. Ele fixou os olhos em Pedro. FIXAR OS OLHOS tem a ver com, olhar diretamente, discernir através do olho, ter o poder de ver, fitar, perceber pelos sentidos, conhecer pela experiência, é ver com os olhos da mente. Tentem visualizar novamente a cena. Pedro havia seguido a multidão e estava sentado no pátio, ao redor de uma fogueira com um grupo de pessoas, e perguntado por diversas vezes se era um dos seguidores de Jesus negou todas elas. Na terceira negativa estando ele ainda a falar, (diz o texto), o galo cantou. Foi nesse momento que ele sentiu o olhar de Cristo. No meio de tanto sofrimento, olhos do Senhor procuraram os olhos de Pedro, com amor intenso. ENTÃO OS OLHOS SE CRUZARAM, Olho no olho.
Da mesma forma que o Senhor voltou-se e fixou os olhos em Pedro. Ele tem fixado os lhos em nós. Será que temos CORRESPONDIDO AO SEU OLHAR OU TEMOS EVITADO. Quantas vezes eu fui avisado por Jesus para não pecar, mas continuei pecando. Seguindo a Jesus de longe, e o Senhor se lembrou de mim, e fixou os olhos em mim. “Tenho visto os seus caminhos e o sararei; também o guiarei e lhe tornarei a dar consolação...” (Is 57:18 ).

2. O resultado do olhar (61-62).
• O olhar de Jesus sobre Pedro resulta em uma profunda mudança de atitude:
A) Pela lembrança da Palavra do Senhor.
Pedro estava caído, sentia-se derrotado. Deve ter passado um filme na sua cabeça. Um filme sobre os últimos momentos que esteve ao lado do mestre. Todo o contexto deixa claro que a sua queda começou bem antes; foi quando: ESTAVA CHEIO DA SI e disse estou pronto para morrer com Jesus (LC 22.33); MOSTROU SUA INCREDULIDADE quando foi avisado que negaria a Jesus (LC 22.34); quando NÃO VIGIOU (DEIXOU DE ORAR) e dormia enquanto Jesus orava no Getsêmani (LC 22.45-46); quando TENTOU LUTAR COM AS “TREVAS” COM ARMAS CONVENCIONAIS e feriu o servo a espada (22.50); e AGORA ESTAVA ALI SEGUINDO JESUS DE LONGE (LC 22.54). Em Ap 2.5 na carta à igreja de Éfeso Jesus orienta, “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras”.
B) Pedro sai e chora amargamente. Pedro sai da sua privacidade, do seu anonimato e vai para o lado de fora e chora. O texto fala que ele chorou amargamente. CHORO AMARGO TEM O SENTIDO DE: lamentação como o sinal de dor, aflição por algo significativo, chorar por sentir profunda tristeza. Aquele rude pescador estava chorando. O mesmo Pedro cheio da si, que andou sobre as águas, que se colocava a frente, que cortou a orelha do servo do sumo sacerdote, agora estava chorando. O pecado de Pedro foi tão grave quanto o de Judas. Não teve diferença. Ambos negaram e traíram a confiança do mestre. A única diferença foi que Pedro se arrependeu Judas não.
Viver sem pecar é impossivel. Assim como Pedro estamos sempre caindo. Mas o que conforta é que olhar de Cristo está sempre fixo em nós. Seu perdão tem um poder regenerador. Já não temo mais à noite nem os homens. Minha vitória é a tua graça.

Que o olhar do Senhor possa produzir em nossas vidas o mesmo que produziu em Pedro. Possamos dizer como o salmista: “Ó Deus, examina-me e conhece o meu coração! Prova-me e conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum pecado e guia-me pelo caminho eterno.” (Sl 139.23-24).
A culpa, e o desespero poderiam tomar conta da vida de Pedro.
• Mas, em meio a lagrimas ele teve O CONSOLO;
• Ao invés da culpa teve o PERDÃO;
• Ao invés do ódio, O AMOR;
• Ao invés da condenação, A SALVAÇÃO.

Deus abençoe
Pr Saulo César - ICE Campo grande

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Santificai-vos

SANTIFICAI-VOS
Js 3.1-17


Josué estava diante do Rio Jordão. O Jordão era o marco que separava o deserto da terra prometida. Foram 39 anos caminhando pelas terras áridas do deserto e agora havia um rio para ser atravessado. Para esta travessia o povo teve que seguir várias regras e orientações.
• Regras para a condução da Arca: A Arca era uma caixa de madeira, revestida de ouro, onde eram guardadas as placas de pedra em que estavam escritos os dez mandamentos e outros objetos sagrados e a responsabilidade e privilégio de conduzi-la era dos levitas.
• Regras para seguirem a Arca: A Arca simbolizava a presença do Senhor. Por isso, assim que os levitas a conduzissem o povo deveria segui-los. Era na realidade um sinal de que Deus conduziria o povo a um lugar seguro, defendendo-o dos inimigos pelo caminho. Porém, o povo deveria segui-los de longe. A ordem era para não se aproximar nem se distanciar. Deveriam manter-se cerca de um quilometro de distancia.

Porém a ordem que mais se destaca no texto é a da santificação. Disse Josué ao povo: “Santificai-vos, porque amanhã o SENHOR fará maravilhas no meio de vós.” (Js 3.5).
Ao analisar-mos este verso concluímos que dois pontos se destacam:

1. A Santificação não era uma opção.
a. Era uma ordem:
De acordo com o dicionário bíblico santificar é: separar-se ou ser posto à parte. Esta ordem levava o povo a considerar que a obra em que estavam empenhados, não era uma obra qualquer. Nem tampouco somente deles, mas sim de Jeová, o supremo Senhor de todas as coisas. Josué não disse “aqueles que puderem ou aqueles que quiserem se santifiquem”, não foi assim que ele disse. A ordem foi imperativa “Santificai-vos”.
b. Era ordem urgente: A convocação de Josué era urgente. Deveriam ter pressa. Não poderia ser deixada para amanhã pois, amanhã Deus haveria de realizar maravilhas entre eles. O problema é que exigimos de Deus urgência, mas, não temos urgência em atendê-lo. Porém, quando o povo de Deus se quebranta e busca a santidade Deus faz maravilhas em nossa vida em nossa família e em nossa igreja.

O propósito de Deus através quando pede a santificação é que todo cristão possa refletir o seu caráter. A Palavra de Deus, em Gênesis 1.27, diz: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, a imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou". Deus é justo por isso quer que sejamos justos; Deus é amor por isso quer que sejamos amorosos; Deus é santo por isso quer sejamos santos. Quando temos uma vida pautada na justiça, no amor, na santidade e andamos na luz, somos parecidos com Jesus;

2. A Santificação era uma exigência.
a. Para todo povo:
Com Josué estava uma nação inteira na sua maioria mulheres e crianças além dos animais e cargas. A única forma de atravessar seria andando. Por isso, não era um, nem dois, nem três, era necessário que todos se santificassem. Não sabemos o método usado, mas, com certeza ouve muita oração, jejum, confissão de pecados, perdão de pecados e reconhecimento do poder de Deus. Assim como quarenta anos atrás, quando atravessaram o mar vermelho ao fugir do exército do Faraó, só através de um milagre de Deus o rio poderia ser atravessado. Então “disse Josué aos filhos de Israel: Chegai-vos para cá e ouvi as palavras do SENHOR, vosso Deus.” O povo deveria saber que o Deus Vivo ia adiante deles para livrá-los dos inimigos (Js 3:8-9).
b. Para a ação de Deus: Eles deveriam chegar à terra prometida, porém o Rio Jordão tinha que ser atravessado e não havia ponte. Para Josué não havia dúvidas. Ele não disse: amanhã Deus provavelmente fará maravilhas no meio de vós ou tudo indica que Deus fará maravilhas no meio de vós amanhã; ou estou sentindo que amanhã Deus fará maravilhas no meio de vós. Josué fala com certeza e convicção da atuação de Deus. Josué ordenou que Arca iria adiante. E disse ao povo: “assim que as plantas dos pés dos sacerdotes tocar as águas do Jordão elas se amontoarão” (12-13). Nessa altura do ano o rio transbordava devido às cheias mas, logo que entraram na água, o leito do rio secou e as águas pararam, formando um "montão" ficando seco o leito do rio numa extensão de 40 a 50 quilômetros. O fato de os sacerdotes pararem no leito seco do rio, até que todo o povo passasse, era sinal de que os acontecimentos dependiam do Senhor.

Hoje, a igreja é convocada para uma vida de santidade não somente pela expectativa de ver o Senhor realizar maravilhas. Esse não é a principal motivo. E sim porque Deus é merecedor, porque nós devemos isso a Ele e porque nós fomos chamados para isso. Porque Deus é santo: “Porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”. (1Pe 1.16). Porque somos Dele: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pe 2.9-10). Para estar na sua presença: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,” (Hb 12.14).

Deus abençoe

Pr Saulo César - ICE Campo Grande - saulo@icecampogrande.com.br

Porventura não há Deus em Israel

Porventura não há Deus em Israel?
1Re 1.1-17

• Conta-se que certo reino ia ser invadido por outro bem mais poderoso. Em meio ao perigo e a fuga o povo decidiu salvar os seus deuses. Então deuses foram colocados sobre animais à frente da multidão em fuga. Como os deuses eram muito pesados, os animais se cansaram e fuga tornou-se muito lenta. O povo foi alcançado, vencido e escravizado. E assim, os deuses, ao invés de salvação tornaram-se um empecilho para a multidão.

Neste texto foi levantada uma pergunta: “Porventura não há Deus em Israel”?
Responderemos esta pergunta verificando os seguintes fatos:

1. Um Rei Apóstata (1-2).
a. Que herdou uma religião errada e um país em guerra:
A apostasia é negar e abandonar a fé e se revoltar contra Deus. Acazias foi um exemplo fiel de apóstata. Segundo os últimos versículos de 1Re 22 ele recebeu a herança religiosa dos pais. Seguiu o mau exemplo do seu pai Acabe, da sua mãe Jezabel e do rei Jeroboão, que havia feito o povo de Israel pecar adorou e serviu a Baal e, como o seu pai havia feito antes dele, fez com que o SENHOR ficasse irado” (1Re 22.53-54). O texto inicia dizendo que Moabe se revoltou contra Israel. Moabe era o povo descendente de Ló. Fruto de um incesto de com sua filha mais velha. Este povo constantemente invadia e saqueava as terras e o povo Israelita. No tempo de Davi Moabe foi colocado sob o regime de escravidão, mas vindo a apostasia Moabe se fortaleceu e revoltou.
b. Que caiu do terraço e no pecado:
Os telhados das casas orientais geralmente eram planos e cercados por um murro que chegava à altura do peito. Havia uma lei que exigia a construção de parapeitos nos telhados “Quando edificares uma casa nova, far-lhe-ás, no terraço, um parapeito, para que não seja culpado se alguém cair dali e morrer” (Dt 22.8). Esta lei exemplifica o cuidado e a bondade de Deus com seu povo, pois no terraço, a família freqüentemente se reunia para realizar várias atividades. Porém, alguns não davam ouvido à orientação divina e em vez desta proteção, colocavam apenas corrimãos ou grades. Provavelmente, entre estes também estava Acazias. que despencou caiu do terraço que havia no quarto do palácio e adoeceu. Porém ao invés de consultar ao Deus de Israel para saber sobre seu futuro mandou seus mensageiros consultarem Baalzebube: Essa consulta prova que Acazias foi mais longe que seu pai Acabe em relação a consultar deuses estranhos. Seu pai consultava e servia a Baal o deus da fertilidade (1Re 16.31), ele foi além pois mandou consultar Baalzebube o senhor das moscas. Podemos ver que assim como aconteceu com Acabe o caminho da apostasia leva a morte.
2. O recado Deus (3-8).
a. Que veio do Anjo ao profeta:
As aparições do Anjo do Senhor no AT era a manifestação visível de Deus chamada TEOFANIA. Na grande maioria dos casos o Anjo era Cristo se manifestando. Deus se fez presente para interferir e confrontar o rei a respeito da sua falta de fé. O profeta era Elias. Natural de Tisbé, por isso chamado de TESBITA e que em varias ocasiões já havia enfrentado os pais de Acazias.
b. Para confrontar o rei e o seu pecado:
A ordem do anjo era um confronto direto com as ordens do rei. O rei havia ordenado que os mensageiros fossem e consultassem o deus pagão e o Anjo estava ordenado a Elias que fosse e impedisse os mensageiros de consultarem o deu pagão. Disse o Anjo: “Dispõe-te vai encontrar com os mensageiros do rei e dize-lhes: Porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar Baal-Zebube”? “Por isso, assim diz o SENHOR: Da cama a que subiste, não descerás, mas, sem falta, morrerás”. Elias partiu e quando os encontrou os mandou de volta. Quando o rei viu os mensageiros de volta sem a resposta de Baalzebube perguntou: “por que voltaram”? Um homem veio ao nosso encontro e nos mandou de volta para dizer-lhe: Porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar Baal-Zebube? Por isso, assim diz o SENHOR: Da cama a que subiste, não descerás, mas, sem falta, morrerás. Então, perguntou o rei como ele era? Disseram os mensageiros “Usava um vestido de couro coberto com pelos e tinha na cintura um cinto de couro largo”. Então disse o rei: “É Elias o tesbita”. O mesmo que causou muitos males aos meus pais.
3. Um Profeta Fiel (9-16).
a. Um homem de Deus que recusou descer ao nível do rei:
O rei enviou um capitão com cinqüenta soldados para dizer a Elias que estava assentado em cima do monte: “Homem de Deus rei manda dizer DESCE”. Mas, Elias não desceu. Por que descer? Para atender um rei idólatra! Um rei que ao invés de consultar ao Deus de Israel preferiu consultar o “Senhor das Moscas”. Se eu sou um homem de Deus desça fogo do céu e consuma a ti e os seus cinqüenta. E o fogo desceu e os consumiu. Quando se lê “desça fogo do céu” deve-se entender “já que vocês dizem que sou um homem de Deus que desça fogo”. As palavras de Elias não condenavam e sim declaravam. Ele não condenou os homens à morte, mas, mostrou a eles que o que diziam era a verdade. O fogo mostrou que Deus era o Senhor e por Elias ser um profeta do Senhor e que não deveria descer por causa de um mero pedido do rei.
b. Mas, obedeceu às ordens de Deus e desceu:
O rei insistente mandou outro capitão com seus soldados e estes também foram consumidos pelo fogo do céu. Por último veio outro grupo e o capitão. Este último se pôs de joelhos diante de Elias e suplicou misericórdia a ele e seus soldados. Então, o Anjo do SENHOR disse a Elias: Desce com este, não temas. Elias levantou e desceu ao rei e disse: “Assim diz o SENHOR: Por que enviaste mensageiros para consultar Baal-Zebube? Por acaso não há Deus em Israel para que consulte? Portanto, da cama em que está não descerá, mas, sem falta, morrerás” (2Re 1.13-16).

• “Acazias, filho de Acabe, governou apenas dois anos em Samaria” (1Re 22.52). “Morreu, como o SENHOR tinha dito por meio de Elias. Por não ter filhos, seu irmão Jorão reinou no seu lugar”. (2 Re 1.17)
Deus abençoe
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