segunda-feira, 21 de março de 2011

A CHAMADA DE ISAIAS

O que é avivamento?
Avivamento nada mais é do que tornar mais vivo, mais forte, revigorar algo que está fraco e sem força. Na igreja, o avivamento é a ação do Espírito Santo
numa vida desmotivada e fria.
Quero, junto com os irmãos, analisar o momento que vivia o Profeta Isaias.
Verificando suas atitudes vamos tirar lições para que haja um avivamento
em nossas vidas.
Para isso dividiremos o texto em duas seções:
Na primeira seção vemos:
1. Um homem abatido (1-5).
a. NO MOMENTO DA SOLIDÃO;
Deus é a melhor companhia e sua casa o melhor lugar.
• O texto inicia dizendo que Isaias teve uma visão no ano em que morreu o Rei Usias. Uzias reinou durante 52 anos e durante todo seu reinado ele fez o que era bom diante do Senhor. E o povo Judeu vivia em segurança, prosperidade e estabilidade espiritual (2Cr 26.3-15).
• A morte do rei causou grande tristeza ao povo e o país entrou em crise. Isaias, que segundo a tradição, era primo do rei, estava triste, pois, além de perder um grande rei também perdia alguém que fazia parte de sua família.
• Em momentos assim o maior desejo é ficar sozinho, isolado sem falar com ninguém. Mas, em momentos de solidão a melhor companhia é o Senhor. Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
• Também nos momentos de tristeza o melhor lugar e a casa do Senhor. O salmista diz: “Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade.” (Sl 84.10). O próprio Isaias escreve mais tarde: “Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá” (Is 55.3).
Sabendo disso, buscando ajuda e consolo do alto, Isaias foi ao Templo.
b. NO MOMENTO DA CONTEMPLAÇÃO;
Deus revela sua glória e o pecado fica notório.
• Ao entrar no Templo em busca de paz e de respostas para seu sofrimento Isaias teve a VISÃO DA GLÓRIA DE DEUS (ler vs 1-2). Todas as vezes que Deus se manifestou para o homem, ele o fez através do Filho Jesus Cristo, o Anjo do Senhor (teofania), ou somente através da Glória. Neste caso Isaias viu somente a Gloria do Senhor.
• O termo "Glória de Deus" vem do termo hebraico "Shekiná" que significa "refulgente",  "magnitude", "manifestação divina". Ali no templo Isaías contempla uma pequena demonstração da glória de Deus:
• Mas, quando o homem está diante da glória de Deus seu pecado fica notório. Pois, em nós não habita bem nenhum. “Miserável homem que eu sou” diz Paulo.
O pecado de Isaias ficou notório: "Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque SOU UM HOMEM de lábios impuros”; e o pecado do povo também: “habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos".
O efeito da visão causou medo no profeta, pois tanto a nação quando ele estava preso pelo pecado. Então só podia considerar perdido.
Na segunda seção vemos:
2. Um homem avivado (6-8).
a. NO MOMENTO DA PURIFICAÇÃO;
Deus manda o perdão do altar e a iniqüidade é retirada.
• No meio de toda a inquietação e agitação, segue-se a ação misericordiosa, purificadora e salvadora de Deus.
• Neste momento sublime, como uma resposta de Deus a situação descrita, um dos serafins que fazia parte da visão voou até ele com uma brasa que havia retirado do altar.
• Com a brasa o Anjo tocou nos seus lábios e disse: “a tua iniqüidade foi retirada e teu pecado perdoado”.
Assim, o profeta constata que o Senhor, além de consolar, também perdoa àqueles que o busca.

b. NO MOMENTO DA MISSÃO:
Deus questiona no céu e o sim se ouve na terra.
• Foi Deus quem idealizou a missão da salvação do homem na terra assim que o homem pecou. E como idealizador ele convocou uma grande reunião celeste com a presença do Filho e do Espírito Santo. Neste grande concílio ele lança a questão “A quem enviarei (para anunciar a salvação ao homem), quem a de ir por nós”?
• E numa intromissão santa, o profeta totalmente restabelecido, diz: Eu vou. Eu sou a resposta deste concilio. “Eis-me aqui envia-me a mim”.
Deus não "empurra" ninguém para a sua obra. Ele Chama: "A quem enviarei?". Sua chamada espera respostas: "Eis-me aqui, envia-me a mim".

Aplicação: Devemos notar que o aviavamento nos direciona para o serviço. Mas, para isso, temos alguns degraus para subir. Primeiro precisamos estar com o Senhor, contemplar sua glória e santidade. Depois passamos pela reconhecimento de que somos pecadores e precisamos ser tratados ao nível de nossos pecados. Depois vem o serviço.

Deus abençoe
Pr Saulo César

O GRÃO DE TRIGO

No Novo Testamento a palavra glória (no grego doxa) quase sempre traz a opinião positiva a respeito de alguém, que resulta em louvor, honra, e glória.
Se tratando de glorificação humana e de como o homem deseja receber gloria temos um BOM exemplo no livro de Ester, quando Hamã o inimigo do povo judeu, enche o peito e pede para si as honras que Assuero estava para dar ao seu desafeto mordecai (Et 6.6-10).
Porém, no texto que lemos Jesus, além de dar o exemplo, também aconselha aos homens como se deve buscar e receber a gloria.
Nele encontramos duas lições.
Na primeira lição temos:
1. O EXEMPLO DE CRISTO. Que foi contra todas as expectativas humanas (20-24).
a. Pois, os gregos queriam conhece-lo.
• O texto diz que pela ocasião da páscoa havia gente de todo lugar visitando Jerusalém. Por isso, não é de se estranhar gregos em Jerusalém.
• É fato que o gregos, levados pela curiosidade que tinham, sempre estavam em busca de novidades e de verdades que não conheciam. Também é fato que, mesmo não tendo saído de sua terra, Jesus era conhecido além das fronteiras de Israel. Por isso, talves o desejo deles era levar o Senhor até Atenas para que ali, na Capital da Filosofia, pudesse divulgar suas idéias.
• Estes gregos se aproximaram e disseram a Filipe “queremos ver Jesus”. Filipe comunicou a André e este os levou à presença de Jesus. Ao relatar o encontro, João não menciona nenhuma conversa. Não temos nenhuma fala dos gregos, mas somente o desejo que tinham de conhecer Jesus.
Se "conhecer" fosse apenas ouvir dele uma mensagem de salvação e esperança, o encontro foi um sucesso. Porém, se no "conhecer" tivesse a intenção de leva-lo para Atenas o encontro foi um fracasso. 
b. Mas, ele deveria ser glorificado.
• Jesus, a partir do capitulo 10 de João, havia ressuscitado Lazaro, tinha sido ungido por Maria e aclamado como Rei pelo povo nas ruas de Jerusalém. Era evidente que os últimos acontecimentos fez com que a crise entre ele e os principais judeus aumentasse. Tudo levava a crer que o fim estava próximo.
• Assim que os gregos chegam a presença de Jesus, não só eles, mas todos que ali estavam ouvem a seguinte sentença: “é chegada a hora da glorificação do Filho do Homem”. A respeito desta glorificação Jesus tinha um pensamento muito diferente daqueles que estavam presentes.
• Para os gregos a glória do homem era conquistada pela sabedoria humana. Para os judeus a glória seria conguistada com o envio do Messias que derrotaria toda opressão que sofriam do Império Romano.
• Mas, quando Jesus falava sobre a glorificação do Filho do Homem, pensava em outro tipo de gloria. Jesus pensava na Morte. Ele exemplifica seu pensamento numa metáfora: “Em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.” (Jo 12:24).
Ao usar esta metáfora Jesus ensina que:
• Assim como o grão de trigo, que para servir aos famintos, tem que cair na terra, ele também teve que deixar o esplendor de sua glória e baixar à terra para anunciar a salvação ao seu povo;
• Assim como o grão de trigo tem que morrer para dar frutos, Jesus também deveria morrer para que os homens fossem salvos;
• Assim como o grão de trigo depois de morrer produz muitos frutos, Jesus também, ao morrer, geraria muitos frutos;
Em suma aprendemos que se Jesus apenas tivesse vindo ao mundo, e não morresse na cruz, sua obra não teria permanecido.

Na segunda lição temos:
2. O CONSELHO DE CRISTO - que vai alem das expectativas humanas (25-26).
a. Pois, somente ganha a vida quem a entrega.
• Assim como, para que tivéssemos vida foi necessária a sua morte, assim também é necessário que nós, como seu fruto, não podemos frutificar se não morrermos para o mundo ou enquanto buscamos a nossa gloria pessoal.
• Na história, as grandes idéias sobreviveram porque teve homens dispostos a morrer por elas. Também, na história do cristianismo, a Igreja cresceu graças à morte dos mártires. Segundo a famosa frase: "O sangue dos mártires foi a semente da Igreja." Foi porque eles morreram que a Igreja Viveu.
“Odiar” nossa vida parece algo insensato. Mas, Jesus ensina que assim como na sua morte, ao abrir mão de si mesmo, ele preservou a sua verdadeira vida, assim também nós ao abrirmos mão da nossa vida para vivermos com Ele, também ganharemos vida eterna.
b. E a glória só se alcança mediante o serviço.
• Jesus dá aos seus discípulos uma nova visão da vida. Eles que tinham a mente judaica viam a glória como uma conquista, a aquisição de poder e o direito a governar. Mas, Jesus via a glória como uma cruz. Por isso, ensinou aos homens que só ganharemos a glória pelo serviço prestado.
• Na formulação da frase, Jesus diz: “se alguém me serve”. Isso mostra liberdade e espontaneidade no servir, pois ninguém é forçado a servi-lo. Contudo, se alguém pretende servi-lo, tem que segui-lo. Sendo assim, todo discípulo de Jesus deve se perguntar “Será que o lugar que estou Jesus está?”
• Acima de tudo, Jesus indica aos seus discípulos que o lugar deles é entre os miseráveis, oprimidos, sofredores, pois é entre esses que ele se encontra servindo. E, conseqüentemente fazendo isso, o discípulo também partilhará da glória de Jesus porque o Pai o honrará.

Nietzsche disse há um século uma famosa frase: “Deus está morto”. Nietzsche morreu. Os filósofos ateus morreram e hoje são esquecidos ou pouco lembrados, mas Jesus continua vivo através da semente plantada em nossos corações.

Uns preferem a gloria, os aplausos e o sucesso do mundo, Jesus preferiu a gloriosa morte da cruz. O que preferimos?
Deus abençoe
Pr Saulo César

O TANGUE DE BETESDA

Existe uma discussão no meio cristão sobre qual é a prioridade da igreja. se a salvação das almas ou a ajuda àqueles que estão necessitados.
Alguns defendem que a salvação do homem deve ser a prioridade, pois Jesus veio para salvar os pecadores (1Tm 1.15).
Outros defendem que quando se ajuda alguém necessitado é mais importante, pois sempre que fazemos ao pobre estamos fazendo a Deus e quando não fazemos ao pobre deixamos de fazer a Deus (Mt 25:42-46).
Deus nunca fez esta distinção. PORQUE PARA ELE A MISERICÓRDIA E SALVAÇÃO DEVEM ANDAR DE MÃOS DADAS
Jesus sempre cumpriu este plano.
Visualizaremos esta verdade em três cenas.

1. Um homem enfermo na Casa da Misericórdia (1-5).
a. Que esperava o mover das águas;
• Dizem os comentaristas que o tanque de Betesda era alimentado por uma corrente de água subterrânea e em certas ocasiões a água se movimentava.
• Em um tempo, não se sabe quando, a agitação da água fez com que alguém começasse dizer que as águas da fonte eram milagrosas, pois, diziam que um anjo, de tempo em tempo, vinha do céu e movia as águas e o primeiro doente que mergulhasse, seria curado.
• E rapidamente a notícia ganhou dimensão e multidões vinham de todos os lugares aguardando um milagre. Dizem que, por isso, foram feitos pavilhões para que servisse de abrigo para os peregrinos.
• O local que se autodenominava “Betesda - Casa da misericórdia” se transformou em casa de miseráveis. Pois, todos que ali se encontravam, estavam ali por crerem numa lenda. Por isso, na total miséria.
b. Mas, continuava enfermo após trinta e oito anos;
• João, o autor do Evangelho, de modo algum creditou ou acreditou no poder milagroso do tanque, ele apenas relatou a crença do povo para explicar também a crença deste homem. A observação de Jo 9.32 evidencia que em Jerusalém não se sabia nada de um tanque em cuja água uma pessoa “sarava de qualquer doença que tivesse”.
• Este enfermo, em particular, que se refere no texto, estava ali havia trinta e oito anos. Sua condição estava cada vez pior. Nesta condição, não somente seu corpo estava doente, mas também sua alma.
• A benção não vinha porque Deus não age de acordo com lendas, superstição ou simpatias. Deus não entra em competição humana nem age contrário ao seu amor.
• A benção de Deus não vem por méritos próprios ou pela força do homem, ela vem pela sua misericórdia, pois, por mais que o homem faça, sempre fica devendo.

Há muita gente que vai à procura de Deus em lugar errado e lá não encontra Deus. Mas, há também aqueles que vão ao lugar certo, não para verem Deus, e sim para terem algo de Deus.
Em nome da fé pode-se criar um ambiente de competição, disputa e tensão. E miseráveis acabam passando a vida toda na “Casa da Misericórdia” sem nunca ter um encontro com o Senhor da misericórdia.

2. Um homem amparado pelo Senhor da misericórdia (6-9).
a. Desanimado por não ter ajuda;
• Diariamente, as pessoas que tinham enfermos em casa, os traziam e os depositavam ali como se fossem lixo. Alguns até ficavam de acompanhante, outros mais abastados pagavam escravos para que servissem seu parente doente
• Jesus, o Senhor da cura, estava na “Casa da Misericórdia”, mas não foi percebido, pois, todos preocupados consigo mesmos, esperavam o movimento das águas.
• Neste ambiente competitivo havia muita discussão e brigas. Os mais fortes eram privilegiados. Este homem, sem ter ninguém que o ajudasse era sempre o último. Estava sempre em último lugar.
• Então Cristo lhe perguntou “Queres ser curado”? A pergunta de Jesus poderia parecer obvia, mas não era. Ilustração: Ouvi um caso de uma senhora que tinha um filho doente em casa havia muito tempo. Por não procurar ajuda para que seu filho ficasse bom, certo dia alguém lhe perguntou se gostaria que seu filho fosse curado. Então ela respondeu “se ele se curar meu marido vai embora”. O filho doente era um motivo para que ela tivesse o marido em casa.
O perigo da dor prolongada é desistir da cura e ir levando do jeito que dá.
b. Mas, que em Jesus encontrou forças;
• Visto que sua doença tornava impossível ser o primeiro a entrar no tanque e por ter esperado tanto tempo sem que ninguém o ajudasse entrar na água, bem que poderia ter perdido a esperança na cura.
• Foi assim que Jesus o encontrou. Desamparado, apático, desanimado e decepcionado com o mundo. Talvez a esperança pudesse ter dado lugar à mágoa e a falta de recurso o levasse a por a culpa nos outros. Pode ser também que o medo de como seria a sua sobrevivencia após a cura deixasse ele sem perspectiva e acomodado.
• Mas Jesus, que sempre foi amigo e sempre ajudou aquele que carece de ajuda, foi seu amigo. Jesus foi a sua força. Com Jesus ele se levantou. “Jesus lhe disse: Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar”.
Jesus o curou sem pedir nada em troca, apenas por sua Graça e misericórdia.

3. Um homem abençoado após receber a misericórdia (10-18).
a. Que passou a incomodar o mal; 
• Jesus sempre disse que veio para aliviar a dor e a tristeza do necessitado. Para ele, até outras tarefas poderiam ser deixadas de lado, mas a tarefa de ouvi-lo (como no caso de Marta e Maria, onde Maria escolheu a melhor parte) e de compadecer-se do próximo não se pode deixar de lado. Por isso ele ajudou sem se importar se era sábado. QUANDO ELE ESTAVA DOENTE NINGUEM SE IMPORTOU
• Um homem foi curado. Qualquer um pensaria que era uma ocasião para a alegria e o agradecimento. Mas, sempre tem “os do contra”. Aqueles que o olhavam o brilho de Jesus com inveja.
• Para estes, um homem andando com uma cama nas costas era um prato cheio para as criticas. Religiosos judeus chegaram a dizer que quem levasse uma agulha ou alfinete em sua roupa era pecador. Por isso, o homem foi advertido pelos judeus por estar carregando o leito no sábado.
• Ao responder: "Quem me curou disse: Toma o teu leito e anda” ele rejeita a advertência dos religiosos, escolhendo a melhor parte, ou seja, preferiu ouvir a Jesus. Era como se dissesse: “se ao cumprir a ordem recuperei a saúde, como pode essa ordem ser errada”? Alem disso, também não sabia quem era esse homem.
• A defesa de Jesus foi surpreendente. “Meu Pai não deixa de trabalhar no dia de sábado”. Certo autor comentou: "Durante o sábado o sol brilha; os rios correm; as pessoas nascem e morrem como durante qualquer outro dia; tudo é a obra de Deus". Jesus disse: "Se o Pai dá amor e misericórdia todos os dias; como não darei”.
b. Mas, que em Jesus teve direção (14-18).
• Havia no intimo do coração Judaico uma premissa: “toda enfermidade do homem vem pelo pecado do homem, se, o homem foi curado seria porque seu pecado foi perdoado”.
• Por outro lado sempre houve gente que usou o amor, o perdão e a graça de Deus como desculpa para pecar. Sempre houve aqueles que pecavam confiando na abundância da graça (Rm 6.1-18).
• Por isso, este homem, agora curado, poderia argumentar: “bom já que eu encontrei alguém que me libertou do pecado e me curou, posso continuar pecando e conseguinte sendo curado”.
• Por isso, além da cura Jesus também dá a direção. Mais tarde, quando Jesus encontrou o homem no templo lhe disse: “ não peque mais para que não lhe aconteça algo pior.

Obs. Ao mesmo tempo em que um ato de misericórdia de Jesus é capaz de conquistar pessoas para a fé também faz com que os adversários se enfureçam.

Deus abençoe
Pr Saulo César












segunda-feira, 7 de março de 2011

A CAMINHADA DOS ISRAELITAS

Ex 16.1-35

“Assim como Deus, na passagem do Mar Vermelho, mostrou ao povo de Israel a sua grandeza, Ele também quer mostrar para mim e para você que não existe nada impossível quando Ele está no controle”.

Mas, vemos que nesta caminhada, seja atravessando o mar ou caminhando pelo deserto Deus conduziu seu povo como um homem conduz seu filho (Dt 1.31).

No texto que lemos mostra bem esta verdade.

No primeiro quadro vemos de um lado Deus ajudando, orientando e corrigindo e no segundo quadro, do outro lado, um filho desobediente e rebelde. CONVIDO OS IRMÃOS A ANALISAREM COMIGO ESTES DOIS QUADROS:
No primeiro quadro vemos:
1. O QUE DEUS DÁ AO HOMEM (4-18).
“O melhor, na hora certa e na medida certa”

O SENHOR ordenou: Colhei disso cada um segundo o que pode comer, cerca de 1 litro e meio por pessoa,; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda. Assim o fizeram os filhos de Israel; e colheram uns, mais, outros, menos.

Imagine no deserto ter para comer pão de mel de manhã e carne de codorna à tarde.

a. Para que o homem fosse provado. Pois, Deus disse que cada um deveria colher somente o que comeria naquele dia. Isso seria para mostrar a confiança e a dependência. Assim como Jesus ensina na oração do pai Nosso. para que “eu ponha à prova se anda na minha lei ou não” (Ex 16:4) Porque além da dependência diária Deus estipulou que de domingo a quinta-feira colheriam somente o necessário daquele dia, mas às sextas-feiras deveria colher o dobro para que no sábado não houvesse a colheita.
b. Para que Deus fosse louvado: Pois, disse Moisés à eles: “à tarde, sabereis que foi o SENHOR quem vos tirou da terra do Egito, e, pela manhã, vereis a glória do SENHOR. Porquanto o SENHOR ouviu as vossas murmurações e quexas contra ele. Pois, as vossas murmurações não são contra nós, e sim contra o SENHOR” (Ex 16:6-8).
c. Para que entre eles houvesse igualdade: Porque aqueles que colhiam muito era porque havia maior numero de pessoas na família e quem colhia menos tinha um numero menor. Assim, não sobrava a quem colhia muito, nem faltava ao que colhia pouco, pois colheram cada um quanto podia comer. (Ex 17-18). Este principio é ensinado por Paulo em relação a ajuda aos necessitados “Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós, sobrecarga; mas para que haja igualdade” (2Co 8.11-13).

No segundo quadro vemos:
2. O QUE O HOMEM QUER DE DEUS (19-31).
“A benção, na sua hora e na sua medida”.

Deus deu a melhor benção, na hora certa e na medida certa. Porém, o homem quer um Deus, mas não quer obedecê-lo. A verdade é que homem até aceita que existe um Deus, mas, não aceita que ele o governe.

a. Por quererem a independência mostraram a negligencia (19-21): Durante a semana alguns colheram para o dia seguinte e na sexta-feira, outros, não colheram o dobro. Eles queriam a benção e a independência. Por isso, mostraram-se negligentes.Eles não confiaram em Deus. Foram desobedientes a Deus.
b. Por ser desobediente não receberam o que queriam: (23-27): Aqueles que guardaram para o dia seguinte viram seu pão cheirar mal e virar bicho. Outros que vieram colher no sábado não acharam nada. Dizem que "o que é do homem o bicho não come". Aqui o bicho comeu, porque não era do homem.
c. Por ter agido assim tiveram que reconsiderar sua vontade: (28-29): Pois, disse o SENHOR a Moisés: “Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis? Considerai que o SENHOR vos deu o sábado; por isso, ele, no sexto dia, vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia” (Ex 16.28-29)

Deus tem nos dado melhor, na hora certa e na medida certa.
O que temos dado à Ele em troca?

Deus abençoe
Pr Saulo César


Mt 7.24-27
Na terra onde Jesus morava, no verão, havia muitos rios que secavam e deixavam seu leito vazio e arenoso. Mas, no inverno, vinham as chuvas e o lugar que outrora estava seco e arenoso, se transformava em um rio com forte correnteza. Jesus diz que o homem prudente ao procurar o lugar para edificar sua casa, escolhe a rocha, onde é muito mais difícil edificar, mas que no inverno fica firme e seguro. Ao contrário deste, tem o insensato, que ao procurar um lugar para morar, encontrando o lugar arenoso, ali constrói sua casa. Este, ao chegar o inverno, descobre que fez sua casa no leito do rio e a fúria das águas leva embora tudo que construiu. O que pode ter levado este construtor a escolher de forma errada? Sugiro duas possibilidades: Primeiro foi para evitar o trabalho duro. Ele não quis ter o trabalho de cavar a rocha. A areia era muito mais atrativa e oferecia menos problemas. Segundo foi porque ele via apenas o presente. Ele não pensou no futuro. Não pensou como estaria o lugar escolhido seis meses depois. Sua visão era curta. Ele só viu o presente e as facilidades que este lhe proporcionava. Feliz é o homem que não vê as coisas à luz do momento, e sim, à luz da eternidade. Jesus diz: “aquele que ouve suas palavras e as pratica é comparado ao homem prudente”. Parece-nos difícil construir a casa na rocha, porém ela é mais segura.

A Rocha é Eterna. Ela jamais será abalada.
Deus abençoe
Pr Saulo César