segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Heróis da Fé


Hb 11.32-40

Ter fé é possível? Será que podemos? Fazendo uso de um jargão que está na moda digo: “Sim, nós podemos”! E para fundamentar esta verdade o autor da carta aos Hebreus, depois de dar um breve conceito sobre a fé, passa a exemplificá-la através da vida de homens e mulheres que viveram no passado. Ao falar da fé destes, o autor, diz que a fé é possível, pois se os antigos conseguiram a igreja contemporânea também conseguirá. Por isso, este capítulo é chamado de “a galeria dos heróis da fé”. Nele encontramos HOMENS DE FÉ.

No trecho que lemos encontramos algumas caracteriscas destes homens.

1. Homens que tiraram forças da fraqueza (32-34).

Depois de listar vários nomes, faltava tempo para o escritor sagrado falar de Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e outros profetas. Homens, que mesmo sendo considerados fracos, tiveram que lutar para continuar vivendo. Por isso, ele faz uma lista de seus atos notáveis. Fecharam a boca de leões como Davi e Daniel; sobreviveram a força do fogo como os amigos de Daniel; superaram reinos poderosos, escaparam da espada afiada se tornaram fortes na guerra e colocaram para correr exércitos poderosos como Davi, Gideão, Baraque e Sansão.

2. Homens que o mundo não merecia (35-38).

Ainda que a fé possa dar ao homem a vitória sobre a morte por ocasião da ressurreição, pois alguns deles experimentaram a recompensa ainda nesta vida, (ex da viúva de 1Re 17.17-24 e a Sunamita de 2Re 4.25-37), outros tiveram que buscar a fé para continuarem firmes durante o sofrimento. Uma fé que externamente não era recompensada, pois sofreram aprisionamentos, torturas, viveram como fugitivos e foram exilados. Ao recusarem o livramento terreno, porque o mesmo só poderia ter sido desfrutado ao preço de renegarem a fé, declararam em alto e bom som que “o mundo não era digno deles”, ainda que, nos seus dias, o mundo pensasse ao contrário, tratando-os como indignos. E para eles Deus tem preparado uma cidade que os receba com dignidade (16).

3. Homens que souberam esperar a promessa (39-40).

Homens que, mesmo sabendo que a promessa estava distante e mesmo sem ser ver a promessa se concretizar, esperaram e creram. O alvo, a esperança que tinham eles nunca atingiram, pois Deus, em sua providência, reservou a nosso respeito, isto é, aos crentes cristãos, a bênção que aqueles não gozariam de sua consumação enquanto não fôssemos trazidos para dela compartilhar também. Fica aqui subentendido que os homens de fé, tanto do Antigo Testamento como do Novo Testamento, são chamados para pertencer àquela companhia de salvos segundo o propósito de Deus (Hb 12.22-24).

Conclusão: Por que o autor, ao invés de falar somente da fé de um deles, faz uma lista de vários nomes? Nomes cuja vida seus leitores conhecia muito bem? Somente em Davi ou Daniel ele já encontraria exemplos suficientes de fé para que seus leitores pudessem se apegar. Creio que foi justamente para mostrar que cada um deles teve, a seu modo, experiências de fé com o Deus vivo. E isto pode ser transferido para a igreja. Pois, na fé não existe uniformidade. Cada um experimenta o encontro com Deus de uma maneira particular. A fé de Davi era somente sua e a fé de Daniel pertencia somente a ele. E eles exerceram sua fé nos momentos únicos que cada um teve durante a vida. Eu tenho a minha fé e você tem a sua. É necessário, portanto, que tanto a minha como a sua fé, seja aplicada durante todo o tempo de vida que Deus nos concedeu.

Deus abençoe.

Pr Saulo César

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