quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pai Nosso

APRENDIZES
Que aprendem com o mestre
Lc 11.1-13
A oração do Pai Nosso está inserida dentro do Sermão do Monte। No inicio do Sermão o Evangelista Mateus escreve: “Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e assim que assentou seus discípulos se aproximaram e ele passou a ensina-los (Mt 5।1-2)। Em meio a este ensino, baseado nas orações que tinha presenciado, Jesus destaca dois grupos। O primeiro era aquele que orava para ser notado e aplaudido. Jesus chama este grupo de “hipócritas”. O segundo era aquele que orava de forma mecânica usando “vãs repetições”. Jesus chama este grupo de “pagãos”.
• Ao apresentar este dois grupos aos seus discípulos Jesus enfatizou que os verdadeiros discípulos tinham que ser diferentes. Disse Jesus: “sejam diferentes deles” (Mt 6.8). Vocês não podem ser fingidos como os “hipócritas” nem tagarelas como os pagãos.

"Senhor, ensina-nos a orar" pediu um dos discípulos.
Ao ouvir o pedido Jesus passa a ensiná-los:
1. Vocês devem orar assim (2-4).
a. dirijam suas orações ao Pai;
• Jesus inicia a oração chamando Deus de Pai. Por isso o “Pai Nosso” só pode ser proferido de forma verdadeira por quem é “renascido”, somente o filho de Deus pode dizer “Pai”. Por outro lado, o indivíduo ao orar, ora como membro de uma comunidade. Quando se ora “Pai nosso” o cristão é desviado do eu e direcionado para o Deus da comunidade que pertence. O termo “nosso” transcende do quarto de oração para o Trono de Deus e vai além, contagiando toda a Igreja de Cristo e se estendendo por toda a Terra. Assim, a oração em secreto torna-se a “oração que alcança o mundo”. Mas, também ao dizer “Pai que estás nos céus” estamos impedidos de banalizar o nome de Deus (paizão ou o cara lá de cima). A expressão “Pai nos céus” combina a bondade, que gera confiança, com o respeito devido àquilo que é mais sagrado, ou seja, o nome de Deus. Qualquer intimidade grotesca e falsa deve ser excluída. A confiança e intimidade com Pai jamais pode tornar irreverente.
Inicialmente todas as intenções pessoais são deixadas de lado. A prioridade não é tratar da minha pessoa e da minha vontade e sim da pessoa de Deus e da sua vontade.
Pai teu nome é santo: Isto é, considerado com todo o respeito. Que venha o teu reino. Assim como Deus é Santo ele também é Rei. E quando eu oro que seu reino venha significa que eu desejo verdadeiramente que seu governo cresça em mim, por toda a Terra desde agora e se estenda para a eternidade. Que tua vontade seja feita: A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. Portanto resistir a sua vontade é loucura e aceita-la é sabedoria. Está vontade é tão sublime que Jesus orienta para orar pedindo que perfeita vontade do Pai que é aceita e praticada no céu também seja aceita e praticada em minha vida e também na terra.
Que a vontade de Deus atinja validade absoluta na sua vida diária. Não podem apenas dizer: “Senhor, Senhor”, mas fazer a vontade do Pai (Mt 7.21).
b. Façam seus pedidos ao Pai.
• Nota-se que, ao colocar Deus em primeiro lugar, não significa eliminar nossas necessidades pessoais. Visto que Deus é nosso Pai, como Pai ele está preocupado com o bem estar de seus filhos. Portanto, deixar de citá-las em oração é tão errado quanto coloca-las em primeiro plano. Novamente o indivíduo está situado diante do “Pai do Céu”, mas ele também é membro da comunidade, por isso se repete a palavra: “nosso” nas petições seguintes.
• Pai dá-nos o pão de cada dia: A palavra “Pão” deixa de lado o luxo e o consumismo e exorta para a simplicidade e o controle dos nossos desejos. Lutero considerava o “pão nosso de cada dia” simbolizava todas as necessidades básicas desta vida, tais como: alimento, a saúde, a moradia, a bem estar da família, o bom tempo e um bom governo. Mas, além da palavra “Pão” Jesus acrescenta “de cada dia”, sugerindo "rações diárias" ou seja, dependência diária. Se usado de manhã "o pão de hoje" e se usado à noite "o pão de amanhã". Assim, devemos viver um dia de cada vez. Perdoe nossas dívidas: O perdão é tão necessário para a saúde da alma como o alimento é para o corpo. Progride do material para o espiritual, “do pão para o perdão.” Todo pecado constitui uma dívida perante Deus. Divida que deve ser paga. Porém ao calcular o custo desta divida percebe-se que é impagável. Por isso, o Pai nos dá o perdão gratuito, ilimitado, compassivo e divino. Porém este pedido está condicionado ao meu procedimento em relação ao próximo. Ou seja, para que o perdão e a graça de Deus atuem em mim é imprescindível que eu também perdoe. Contudo, persiste o fato indiscutível de que entre o meu perdão e o perdão do Pai existe uma grande diferença. É impossível comparar o perdão de Deus com o nosso. E não nos deixe cair em tentação: Mesmo depois de ser perdoado, rodeia a vida do crente. É como se o mal estivesse sempre presente dia após dia. Ao pedir ao Pai que não nos deixe cair em tentação (algumas traduções diz: não nos induza à tentação), mas livra-nos do mal, devemos entender que: o mal vem do maligno e não de Deus. Tiago diz: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta” (Tg 1.13). O maligno que arrebata a boa semente que foi semeada no coração (Mt 13.19). Por isso este último pedido deve ser feito assim: Pai livra-nos de cair nas tentações que o maligno nos traz. Cônscio de sua própria impotência e fraqueza, o filho de Deus volta-se ao Pai, pedindo que ele livre seu filho do poder aliciador do maligno. Permanecer longe do mal só é possível pela mão salvadora e protetora de Deus.
Por isso O “Pai nosso” é mais que uma oração.
É uma lição de como devemos orar.
A partir do momento que eu buscar a Deus não para ser visto pelos homens e ser aplaudido por eles, mas para ser visto por Deus. Para honrá-lo, glorifica-lo e humildemente pedir suas benções então serei um verdadeiro filho. Serei abençoado.
2. E continuar orando assim (5-13).
a. Mesmo quando tudo parecer estar perdido.

• Você já teve um amigo importuno. Aquele amigo que quando você está com namorada numa boa ele chega e não vai mais embora.
• Para ilustrar a idéia que nunca devemos desistir de orar Jesus fez uma pergunta de forma de parábola: “Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer. E o outro lhe responda lá de dentro, dizendo: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade”.
• Este amigo estava em dificuldade. Tudo parecia estar contra ele. Um amigo dele chegou fora de hora. Ele não tinha nada para oferecer. Então o que ele fez “vou procurar meu melhor amigo”. Ele é fiel e não vai me deixar na mão. Mas, tem um problema, é noite, o vizinho dorme, a porta está fechada. Mas mesmo assim ele vai. Porém o amigo responde: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar; Então Jesus diz: “se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade”. O que Jesus queria tirar deles era uma resposta positiva. Pois, quando se tem um amigo numa situação desesperadora normalmente nossa reposta é uma ação positiva. Ou seja, não tem como não ajudar.
O vizinho é um homem integro e a situação do amigo é maior que a importunação, por isso, não deixará de fazer o bem.
Com DEUS a certeza de ser atendido é infinitamente MAIOR.
b. Pois quem te ouve é fiel;
• Jesus enfatiza este principio dizendo: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?
*Deus é um Deus de honra e que o homem pode ter a certeza que será ouvido. Pois, um filho necessitado sempre encontrará em Deus um Pai amoroso.
* A oração é uma atitude de confiança do filho em relação ao Pai. Ninguém pede ajuda para alguém que não confia.
*A oração mostra a dependencia e a humildade do filho dinate do Pai.
Precisamos ser humildes para buscarmos ajuda. Não semanal, dominical, de vez em quando mas, constante.
Deus Abençoe
Pr Saulo César - Ice Campo Grande
saulo@icecampogrande.com.br

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