Quantos serão salvos?
Lc 13.22.30
Lc 13.22.30
• O texto que lemos nos informa que Jesus viajava pelas cidades e aldeias, ensinando e caminhando sempre em direção a Jerusalém. Sua viagem seguia um plano. Ele ensinava em locais em que ainda não havia ensinado com o objetivo de chegar a Jerusalém e ali sofrer e morrer. Jesus já tinha dito: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino.” (Lucas 12:32 ). Nas duas parábolas anteriores Jesus expressa claramente que o reino de Deus parte de uma coisa pequena como um grão de mostarda que depois de plantado faz-se uma grande arvore e como uma pequena medida de fermento que colocada numa grande quantidade de farinha faz com que ela cresça.
Nesta caminhada foi-lhe feita uma pergunta: “Senhor são poucos os que vão ser salvos?”
No texto Jesus não dá uma resposta direta à pergunta, mas enfoca
três aspectos importantes para aqueles que querem ser salvos.
1. A salvação não é tão fácil como parece (24).
• Lucas não identifica a pessoa que pergunta. Porém pela resposta do Senhor pode-se concluir que a pergunta não foi feita por algum leviano e sim por alguém que tinha intenções sérias. Porém, Jesus não se dirige particularmente à pessoa que perguntou, mas exorta os presentes a se empenharem seriamente para alcançar a salvação.
a. A salvação é pelo esforço:
• Para Jesus era certo que o reino de Deus cresceria sem cessar e que chegaria à perfeição, porém sabia que o ódio das autoridades judaicas não descansaria a ponto de se entender que somente os persistentes e esforçados alcançariam a salvação. No original o termo “esforçai” tem a ver com “entrar em uma competição”; “lutar com adversários”; “com dificuldades, perigos e com zelo extremo”. Por isso ao contrario do que muitos pensam, os discípulos do Senhor teriam que superar duras provas de fé em todos os tempos.
b. Porque a porta é estreita:
• A porta estreita é uma metáfora para a seriedade do ingresso no reino. Como a porta é estreita não se pode passar levando consigo o mundo e as vontades da carne. Temos de deixar tudo para traz: o pecado, as riquezas, os amigos, a família e a si mesmo. Muitos tentarão entrar por ela e não conseguirão, porque tentaram entrar sem empenho e seriedade. João Bunyan autor do clássico “O peregrino” diz: “existe uma entrada para o inferno junto as portas do céu”. A porta é Jesus. Ele diz: “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo” (Jo 10:7-9). Não há meio termo ou alternativa. Só existe esta porta e ela é estreita.
2. A salvação não deve ser deixada para depois (25).
• Jesus alertou para que as pessoas se preocupassem com sua própria salvação, pois viria o tempo quando seria tarde demais e elas estariam completamente fora.
a. Porque a porta vai se fechar:
• O homem, em geral, gosta de ter muitas opções. Em matéria de religião é a mesma coisa. Muitos entendem que todas as religiões são boas e saudáveis e acabam participando de todas. Outros para não terem dificuldades fundem todas as religiões em uma e passa a viver um sincretismo religioso. Outros procuram deixar para pensar em religião noutra oportunidade. A cena é retratada pelo dono de casa que não abre a porta aos que querem entrar. Esta recusa está baseada no fato de que ele esperou até uma determinada hora. Vencido esse prazo ele se levanta, tranca a porta e nega qualquer outra entrada. Em termos figurados, trancar a casa significa o término da presente era mundial, quando já não será viável participar do reino de Deus. Por isso ninguém deve deixar passar o prazo atual de clemência. Cada um é exortado a converter-se antes que seja tarde demais.
b. E muitos ficarão de fora:
• Jesus descarta as possibilidades e opções que propomos. Pois de acordo com Ele existem somente duas possibilidades, ou entramos pela porta ou ficamos fora dela. Ou ficamos perto dele ou longe dele e sem Ele. Por isso ele insiste que devemos fazer uma escolha, pois, não se pode andar com ele num momento e depois noutro andar fazendo coisas que o desagrada. É significativo que Jesus expressa esse anseio na forma futura. Todos os que hoje não lutarem seriamente ficarão completamente decepcionados no futuro. Seus desejos e súplicas tardias serão sem êxito. Chegará a hora em que a porta estará fechada e os que batem nela serão rejeitados, ou seja, a hora em que será tarde demais. A duração do prazo de clemência não é definida com precisão, porém o Novo Testamento ensina que no retorno do Senhor ele virá para julgar e consumar seu reino então se encerrará este prazo. Quando o dono da casa fechar a porta, acaba o prazo da graça para o indivíduo.
3. A salvação não se consegue sem conversão (26-30).
a. Quem viver na superficialidade:
• O Senhor não reconhece demonstrações exteriores ou aqueles que apenas participam sem se envolver e se comprometer. Por meio das palavras “afastai-vos todos de mim, vós praticantes da injustiça!” ele revela a dura situação de que eles não têm o direito de invocá-lo como Senhor. Esse juízo severo consiste em não terem dado ouvidos ao chamado para o arrependimento e à pregação do Evangelho. Eles desprezaram a exortação de Jesus para um arrependimento íntegro e oportuno.
b. Não será reconhecido;
• As palavras de Jesus “Não vos conheço, não sei donde sois” provavelmente dirigem-se contra o orgulho. O povo judeu acreditava que, por ser povo de Deus e descender de Abraão, as pessoas chegariam sem problemas ao reino de Deus e não poderiam perder-se. Porém o Senhor pondera: “Eu sou o bom pastor e eu conheço os meus e os meus me conhecem” (Jo 10.14). Os excluídos que baterão sem sucesso à porta da casa ficarão fora da comunhão com os patriarcas e profetas e longe de Jesus viverão “o choro e o ranger dos dentes”. Ainda que muitos do povo judeu sejam excluídos da bem-aventurança, o número dos que alcançará a salvação não será insignificante. Do Poente, do Norte e do Sul, de toda a terra “senta-se à mesa” com os patriarcas no reino de Deus. João descreve este momento em apocalipse: “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (Ap 7:9-10). “E o Anjo lhe falou: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus.” (Apocalipse 19:9).
CONCLUSÃO:
• A narrativa não diz nada sobre a impressão que o ensinamento de Jesus causou no desconhecido que fez a pergunta. Talvez, pelo fato de não ter tanta “luz”, luz que temos nos dias de hoje, ele não tenha sido capaz de entender todo o sentido das palavras de Cristo. Mas, é digno de nota que as palavras aqui expressas servem de alerta para todos que levam a vida de crente na brincadeira achando que a salvação, por ser de graça, pode se brincar com ela. João escreve: “Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.” (1 João 3:6)
Deus abençoe
Pr Saulo César – ICE Campo Grande – Saulo@icecampogrande.com.br
• A narrativa não diz nada sobre a impressão que o ensinamento de Jesus causou no desconhecido que fez a pergunta. Talvez, pelo fato de não ter tanta “luz”, luz que temos nos dias de hoje, ele não tenha sido capaz de entender todo o sentido das palavras de Cristo. Mas, é digno de nota que as palavras aqui expressas servem de alerta para todos que levam a vida de crente na brincadeira achando que a salvação, por ser de graça, pode se brincar com ela. João escreve: “Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.” (1 João 3:6)
Deus abençoe
Pr Saulo César – ICE Campo Grande – Saulo@icecampogrande.com.br
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