segunda-feira, 28 de junho de 2010

Icabode


A Glória Perdia
1Sm 4.5--22



Na Bíblia a glória sempre aparece para mostrar a majestade, o poder e o brilho da presença de Deus. No entanto o termo que aparece no texto que lemos "Icabode", aparece aqui, para mostrar a falta da glória, ou seja, alguém “sem glória”.

Icabode foi o nome dado por uma mãe a um filho que acabara de nascer. Porque esta mãe chamou seu filho de “sem glória”?
Olhando para os fatos que antecederam o nascimento da criança
verificamos dois motivos:

1. Porque a Arca de Deus foi tomada (5-11).
A arca ficava no lugar chamado santo dos santos. Dentro da Arca estavam os três objetos que eram testemunhos da relação de Deus com seu povo: as tábuas da Lei, uma porção do pão que caiu do céu para alimentá-los no deserto e o cajado de Arão. Uma nuvem de glória era vista sobre tabernáculo no lugar em que ela ficava simbolizando a presença de Deus.
a. Deram mais valor ao símbolo do que ao simbolizado (1-3).
• Havia uma guerra de Israel com os filisteus que já se arrastava por quarenta anos. ISRAEL É INVADIDA PELOS FILISTEUS e neste confronto morreram 4.000 israelitas. Uma vez que eles haviam sido derrotados e que quatro mil homens estavam mortos eles tinham que se perguntar o que aconteceu de errado. O verso 3 nos diz que eles decidiram trazer a arca da aliança para aí garantir que o Senhor fosse para batalha com eles os livrasse das mãos inimigas. No entanto, eles esqueceram que a derrota não era devido a presença da arca e sim pelo não cumprimento da lei.
Ao fazerem acompanhar da arca, julgaram-na como um talismã capaz de lhes dar a vitória. Que loucura! Acreditarem mais nos símbolos do que no arrependimento do coração!
b. Os condutores da arca eram indignos (4):
• Em Juízes 17.6 somos informados que “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que achava mais reto”. Não havia liderança em Israel. Não havia padrões de conduta. A Lei de Moisés não era considerada, não era obedecida. Prevalecia o individualismo. Cada um agia de acordo com a sua própria consciência. E como conseqüência de toda esta desordem, Israel sofreu uma expressiva derrota na guerra contra os filisteus. Afinal é sempre isso que acontece quando cada faz o que “dá na telha”: Desordem, confusão e grandes transtornos.
c. Por que Deus não estava com eles (5-11):
• Como nação, Israel sabia que onde estava a arca a glória de Deus se manifestava. No entanto, Israel por fazer escolhas erradas não estava com Deus. Por isso, a arca foi levada, mas, Deus já não estava entre eles. Por ser símbolo da presença de Deus e testemunha das vitórias do seu povo até os próprios filisteus se atemorizaram, ao saber que a arca estava entre os hebreus. Sabiam das maravilhas efetuadas por Jeová no deserto, mas, apesar disso, recobraram ânimo e, caindo sobre os israelitas, deixaram no campo 30.000 mortos entre os quais Hofni e Finéias.
• Deus permanece com o povo somente quando este povo procura sua presença. Em nenhum momento vemos o povo recorrer a Deus por Deus não estava com eles.

2. Porque a família foi destruída (12-22).
Eli com noventa e oito anos, velho e pesado, estava assentado à porta do tabernáculo, aguardando notícias da batalha e preocupado com a arca. Mas, quando o mensageiro chegou, cansado e coberto de poeira trouxe, más notícias. Israel foi derrotado. Além dos 4000 que haviam morrido antes de levarem a arca, mais 30000 morreram depois, mesmo com presença da arca. Os teus filhos Hofni e Finéias que conduziam a arca foram mortos e a arca foi tomada pelos inimigos.
a. Por que marido era desobediente a Deus:
Eli tinha dois filhos um se chamava Hofni e o outro Finéias. Estes rapazes, apesar de estarem investidos de uma missão sagrada, eram pecadores inveterados. Por isso foram chamados de Filhos de Belial ou "Filhos da indignidade".
1. Eles comiam as ofertas antes de ofertarem (1Sm 2.11-17): Segundo a lei os sacerdotes os sacerdotes teriam direito de comer parte da vitima que iria ser sacrificada. Mas, os filhos de Eli, Hofni e Finéias, pegavam e comiam antes de sacrificar e, se o ofertante não desse, eles pegavam a força. Ao fazerem isso eles privavam o povo do perdão e roubavam o que era para sacrificar.
2. Eles se deitavam com as mulheres que serviam no Tabernáculo (1Sm 2.22):
Este pecado estava tão patente que todo o povo sabia, pois a fama dos rapazes se alastrava como praga. É como noticia ruim que chega logo ao conhecimento de todos. Ao fazerem isso: Profanavam o ofício e contaminavam um lugar santo.
b. O sogro preocupado com a aparência do que em disciplinar os filhos (2.23-26):

Apesar do escândalo e do mau exemplo que os filhos davam a palavra de repreensão de Eli aos filhos não foi tão enérgica. Ao ouvir acerca do procedimento de seus filhos vemos:
1. Um sogro preocupado com a aparência: Eli mostra mais preocupação com a fama ruim que os rapazes passaram a ter entre o povo do que o desrespeito a Deus. Expressa angustia por eles, mas se angustia pelas implicações das suas ações no meio do povo. (2.23) . Mesmo a orgia sendo praticada e misturada aos rituais santos no lugar dedicado a Deus, Eli questionava: “Não, filhos meus, porque não é boa a vossa fama, esta que ouço estais fazendo transgredir o povo do Senhor” (2.24).
2. Um sogro sem coragem para disciplinar os filhos: Eli não temia o que o povo pensava do que as conseqüências que poderiam vir sobre os filhos da parte de Deus. Foi como se dissesse: “Meus filhos se vocês querem aprontar, então, que o façam longe daqui. “Pois, o pecado em relação ao próximo, dá-se um jeito. Mas contra Deus não há saída”. Porém, não se pode brincar com as coisas de Deus. A Bíblia nos diz: “Deus não se deixa escarnecer. Porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7.) Ninguém ouse pensar que se possa driblar o Senhor ou “tapar os seus olhos”. Eli não disciplinou seus filhos por isso veio a tragédia. “Disse o SENHOR a Samuel: Eis que vou fazer uma coisa em Israel, a qual todo o que a ouvir lhe tinirão ambos os ouvidos. Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa; começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei a sua casa para sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele os não repreendeu” (1Sm 3.11-14).
c. Pelo sofrimento de uma mulher sem esperança:
A esposa de Finéias deveria ser jovem e bela. Por ter se casado com um dos filhos do sacerdote, provavelmente também era levita e conhecedora da Lei e da vontade de Deus.
1. Porém ela era uma mulher sofrida: A esposa de Finéias não teve um bom marido. Ela deveria morar em uma casa confortável com todos os bens materiais; deveria ter boas roupas, boa comida, mas faltava-lhe o essencial – um marido honrado e temente a Deus. Estando grávida, deveria ter sonhos para seu filho, como toda jovem mãe. Porém sofria por saber do péssimo testemunho do seu marido. A gravidez por si só deixa a mulher fragilizada. Por isso ao ouvir as tristes notícias das mortes dos homens de influência nacional, seu sogro e os dois filhos, a esposa de Finéias, aquela jovem mãe, entrou em trabalho de parto.
2. E uma mãe sem esperança: Mas além das dores do parto, da morte do esposo e do sogro, a dor ainda era por causa da arca da aliança ter sido levada pelos inimigos. A nação agora estava desamparada. “Foi-se a glória de Deus”. A arca foi construída no tempo de Moisés, foi conduzida durante a viagem no deserto e atravessou o Jordão, rodeou a cidade de Jericó e estava em Siló cerca de 300 anos. A Arca de Deus era importante na vida de Israel e também na vida desta mulher. Mas, quando foi tomada, ela se expressou de maneira triste e dolorosa ao dar a luz ao seu filho. A pobre mulher estava sem esperança, por isso antes de morrer coloca o nome no filho de “Icabode”. Que significa “sem nenhuma glória”.
• “Icabofe” é o desfecho de um processo de desobediência, insubmissão e corrupção. É chegar no limite. Sem qualquer força, disposição ou coragem. Quando se chega ao ponto de Icabô, acabou-se mesmo. Nada é mais triste para a vida da igreja, e do crente, quando a glória de Deus se vai.
Os resultados são os piores possíveis, pois sem a glória de Deus não podemos sobreviver como crentes.
QUANDO SE PERDE A GLÓRIA DE DEUS
• Perde-se a força; Perde-se a alegria; Perde-se a esperança; Perde-se a vida;

NOS NOSSOS DIAS O IKABODE ACONTECE QUANDO:
• Deixamos o mundo entrar em nossa vida; Em nossa casa; Em nossa igreja.
• Aconteceu com Ló: Com Judas; Com Ananias e Safira; Com o filho pródigo;
• Fale do presbítero que foi levado para lugares de prostituição e drogas e viu a situação que sua filha poderia estar no futuro.
• Paulo escreve: “Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei,” (2Co 6.16-17).
• Tiago 4.4 nos adverte: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois que quer ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus”.
Deus abençoe
Pr Saulo César ICE Campo Grande

O Sumo sacerdote restaurado

Restauração
Zc 3.1-10
• No dicionário restaurar significa: Reparar, recuperar, restabelecer, reanimar, consertar ou pôr em bom estado qualquer coisa desgastada pelo uso. Pode-se restaurar um móvel, um imóvel, uma pintura, um objeto, um corpo doente, uma ordem ou um reino. No Livro de Zacarias vemos o profeta encorajando o povo para que retomem a reconstrução do Templo, pois a obra estava paralisada cerca de quinze anos.
Nesta visão Zacarias nos revela duas situações:
1. O Restaurado (1-7).
a. O Sumo sacerdote acusado por usar vestes sujas:

• O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo. Porém, antes entrar no santíssimo, teria que sacrificar por si mesmo para que seus pecados fossem purificados, pois se entrasse no Santo dos Santos “sujo” certamente morreria. Nesta ocasião Josué, que foi cativo na Babilônia, era o sumo-sacerdote. A cena vista por Zacarias sugere um julgamento judaico, com um juiz, um réu, o advogado e o acusador.
No caso Josué de pé era o réu, o Anjo do Senhor seu defensor, o Senhor era o Juiz e Satanás seu acusador. Josué estava a ponto de iniciar seus deveres quando "o adversário" interveio a fim de acusá-lo. Dizia: Ele não está capacitado à executar seu oficio, pois, está com as vestes sujas.
• A veste do Sacerdotal era revestida de símbolos. Ela destacava a honra e a glória do oficio. Todo o material e cores simbolizam Cristo em seu ministério Sacerdotal. O Cristo que leva o seu povo nos seus ombros e intercede por ele.
• Mas, segundo o Diabo, Josué não podia interceder. As vestes sujas simbolizavam o pecado de Josué e o pecado da nação que ele representava. Pois, Josué, aparece nesta visão, representando não apenas o sacerdócio, mas também a nação inteira.
b. Mas, foi purificado pelo Senhor:
• O "adversário", foi imediatamente silenciado. Ele que ao dirigir a acusação não fazia apenas a Josué, mas também ao povo judeu ouviu que o Senhor, escolheu, não só Josué, mas também Jerusalém, como “um tição tirado do fogo, pois havia retirado seu povo da fornalha da Babilônia.
Então diante do acusador a purificação acontece:
• Retirem as vestes sujas pelo pecado. “Josué agora está limpo” “Agora te vestirei com vestes limpas”. Agora coloquem o turbante sobre a cabeça dele. Enfim ele foi lavado, vestido e coroado pelo Senhor. Então o Anjo lhe disse: “Se andar nos caminhos do Senhor e observar seus mandamentos poderá julgar a minha casa, guardar os meus jardins e será bem aceito.
2. O Restaurador (8-10).
a. Anunciado como renovo:
• O Anjo do Senhor, falando em lugar de Deus Pai, o Senhor dos Exércitos, anuncia Seu propósito de enviar o RENOVO. Esse título messiânico outorgado ao Cristo que haveria de vir. Pois, o messias seria o Broto Novo.
“Portanto, disse o Anjo: “Josué você e todos os sacerdotes que estão com você. Vocês são um sinal de que eu vou enviar. O meu servo que se chama “Ramo Novo” (8).
• A promessa de Sua vinda é predita a Josué e seus companheiros porque eram "tipos de Cristo" visto que o sacerdócio era simbólico do ministério de reconciliação do Messias.
b. Que trará paz ao povo;
• Aquele que "Ao Senhor agradou moê-lo" a "pedra que os Edificadores rejeitaram"
se tornou principal "pedra da esquina". Os sofrimentos do Messias dariam em resultado a remoção da iniqüidade desta terra num dia, com a volta eventual da paz e da prosperidade a um povo arrependido. A Bíblia aponta o sacerdote como um tipo de Jesus Cristo. Tipo sim, pois só Jesus é Eterno.
Cristo é o nosso sumo sacerdote (Hb 8.1);
Como sacerdote, Cristo se identifica como homem (Hb 2.17,18);
Ele ofereceu a si mesmo, como oferta pelo pecado (Hb 7.26-28; 10.14,18);
Cristo é o único mediador entre Deus e o homem (1Tm 2.5).
Deus abençoe
Pr Saulo César ICE Campo Grande

Carta aos Filipenses

A arte de escrever em cadeias
Fp 1.12-26
• Os últimos vessiculos do Livro de Atos (30-31) diz que Paulo ficou preso em Roma por dois anos. Provavelmente 61 e 62 AD, Paulo permaneceu preso na casa que alugara. Ali ele teve licença para receber visitas onde pregava e ensinava sobre o reino de Deus. A história da Igreja Primitiva escrita por Lucas terminava ali. Mas, a história do Apostolo e da Igreja continuou. Geralmente se crê é que durante os dois anos Paulo escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Nestas cartas temos o cap. 29, 30, 31 dos Atos Apostólicos.
No texto encontramos pelo menos duas afirmações que refletem o estado que Paulo se encontrava.
1. Estou preso, porém alegre (12-20).
O tom que entoa a melodia da carta é a alegria. Alegria no Senhor! Os teólogos intitulam Filipenses a “Epistola da Alegria. Se fosse ter um tema para esta carta seria “ Alegria está no coração de quem já conhece a Jesus”. Penso que se Paulo estivesse cantando uma musica seria “satisfação é ter a cristo”. Paulo, também fala sobre outros assuntos, mas talvez pela por causa do amor e comunhão que tinha com a igreja, ele sempre voltava enfocar a alegria. Esta Tonica é vista não só neste parágrafo mais em toda epistola: (Fp 1.4), 1.18), (2.2), ( 2.18), (2:29), (3.1), ( 4.1) “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (4.4). Mas, por que Paulo estava alegre?
a. Porque o Evangelho está sendo pregado:
• Pregado entre os guardas romanos (12-13);
• Pregado por irmãos de boa vontade que foram estimulados pelo seu testemunho (14);
• Pregado por invejosos que tentavam levar discórdia nas igrejas e tribulações à Paulo na prisão (15-17);
“Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei.” (1:18)
b. Porque em Cristo sinto plena liberdade:
• Pela suplica dos irmãos que intercediam por ele (19);
• Pela provisão que a igreja enviou para ele (19);
• Pela glória que o espera (20);
O modo de pensar de Paulo, e conseqüentemente de todos os crentes, difere todos os demais. Porque sua “ardente expectativa” estava na terra, no seu engrandecimento ou prosperidade
O coração e desejo de Paulo era que Cristo “seja engrandecido”. Quer no viver ou no morrer. Por isso temos:
A segunda afirmação de Paulo:
2. Estou preso, porém confiante (20-26).
a. Porque vivo para Cristo:
• Na seqüência aparece aquela breve frase que se tornou uma das mais conhecidas de todo o NT. Inúmeras vezes ela foi recitada, inúmeras vezes cantada: “Porque para mim o viver é Cristo”.
• Nesta frase Paulo enfatiza a atividade de viver e não a sua existência.
• Paulo enfoca a forma ativa e intensa que vive. Eu vivo Cristo. Eu respiro Cristo. Eu estou em Cristo. Por isso, não sei de que consiste a vida de outros, e isto tampouco me importa agora – mas, “para mim” ela é “Cristo”.
b. Porque morrerei em Cristo:
• Já que para Paulo o “Viver era Cristo” o morrer significava lucrar.
• Paulo não tinha dúvidas que assim que seu coração parasse de bater estaria com Cristo.
• Como isto poderá suceder? Não por meio de artifícios ou heroísmo, mas por um presente do Libertador e soberano. Aqui cai por terra toda a doutrina do “sono da alma”. Pois, no momento em que o viver para nós passa a ser Cristo o morrer tornará um “partir” para Cristo.
• No entanto, Paulo não era nenhum individualista! De forma ele pensava “Já que estarei com Cristo” posso deixar de lado a expectativa de futuro para as demais coisas.
• Não, pois para ele a igreja, a consumação da obra de Jesus, a honra de Deus não deveria ser abandonada. E isso não seria conseguido por ele se fosse estar com Cristo e viver em condição muito melhor.
Paulo, em outras palavras, testifica o mesmo que Jó: “Quem me dera fossem agora escritas as minhas palavras! Quem me dera fossem gravadas em livro! Que, com pena de ferro e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha! Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 19:2e-25).
• Por volta de 63 AD. Paulo foi absolvido e solto continuou seu trabalho missionário. Alguns dizem que talvez tenha chegado até à Espanha conforme tinha planejado (Rm 15.28). O certo, porém, que depois desse tempo escreveu as Epistolas Pastorais 1 Timóteo e Tito. Preso novamente por volta de 67 AD., foi levado à Roma lá escreve 2 Timóteo e segundo a tradição, pouco tempo depois, foi decapitado. “ATOS DOS APÓSTOLOS” terminam aqui, mas os Atos do Espírito continuam através da igreja ao longo dos séculos até a volta de Cristo. Que tal deixar que o Espírito Santo te use para fazer parte desta história.
Deus abençoe
Pr Saulo César ICE Campo Grande

Apocalipse 5.1-10

O mistério de Deus revelado
Ap 5.1-10
Apocalipse significa revelação. No passado tinha a ver como retirar algo de uma cova ou de uma caverna. Mais com passar do tempo passou-se a pensar em algo tirado debaixo de um véu.
No passado Deus já havia falado sobre coisas ocultas e reveladas:
Falou através de Moisés: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” (Dt 29.29).
Falou através de Daniel: “Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus para sempre. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, pois com ele mora a luz.” (Dn 2.20-22)
Falou através de Cristo: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai. Estai de sobreaviso, vigiai e orai; porque não sabeis quando será o tempo” (Mc 13.31-33)
“Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade” (At 1.7)
Em Apocalipse os mistérios de Deus, referente ao que vai acontecer no fim dos tempos, são revelados.
O texto que lemos nos traz as seguintes revelações:
1. A dignidade de cristo (1-5).
• Na antiguidade havia dois procedimentos que usavam selos. O primeiro era usado em cartas que continham dinheiro, neste caso carta era selada com cinco selos. O segundo era usado para selar pergaminhos ou rolos que continha um testamento. Neste caso eram usados sete selos.Quando um testador morria, era trazido o testemunho e aberto na presença das sete testemunhas que selaram e então lido em voz alta e executado.
a. Dignidade buscada no céu, na terra e debaixo da terra: Na visão de João o Senhor segurava um livro selado com sete selos. Neste livro estava o testamento de Deus símbolo da promessa de um futuro reino. Promessa feita há muito tempo, documentada e selada, aguardando o dia para ser executada. O livro estava escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos. Do lado de fora se anotava resumidamente o conteúdo que havia por dentro de forma que todos podiam lê-lo sem que se desfizessem os selos. No entanto este era selado por dentro e por fora.
• Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos? Proclamava o anjo. O chamado ecoa por todo o céu, a terra e debaixo da terra (mundo dos mortos). Houve uma busca grandiosa por alguém digno.
b. Mas, somente encontrada Nele: A humanidade enfim terá enfrentar uma questão que a muito é anunciada na Bíblia. Não há justo, nenhum sequer. De todos os lados deve ter se ouvido sugestões sobre quem seria o correto. Contudo, não foi achado. Ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele (“para dentro dele”). Três vezes ninguém: no céu sequer os anjos estão à altura da tarefa. Ninguém no mundo inferior. Neste silêncio João chora muito. Aos seus olhos o mundo corre o risco de tornar-se sem Deus, sem sentido e sem controle. Ele sofre como um que lutou com feras para que o homem fosse salvo. Porém um dos anciãos que assiste diante de Deus (cf. o exposto a Ap 4.4) tem a incumbência de enxugar as lágrimas de João. Não chore disse ele tem alguém que pode abrir o selo e ver o que tem dentro.
c. O único digno de abrir o livro e os seus sete selos: O próprio Deus responde por um mundo calado. Pois, não há outra maneira de Deus responder a não ser pela magnífica obra. João é informado do duplo nome do vitorioso. Primeiro: o Leão da tribo de Judá. Expressão com base em Gn 49.8-10 onde Jacó ao abençoar Judá disse que seu descendente seria louvado. O segundo nome deriva-se dos profetas (Is 4.2; 11.10; Jr 33.15; 23.5; Zc 3.8; 6.12) é colocado de forma estreita e independente, a Raiz de Davi. Este descendente de Davi “Jesus” que morre em favor de todos os povos e em virtude da sua morte, o Leão de Judá e a Raiz de Davi tornou-se Senhor do mundo.
O Cordeiro não se dirige dizendo “sou digno” ou “minha fama”, porém “o teu nome, tua vontade e o teu reino!” E, por se portar desta maneira, ele é digno perante Deus.
2. O poder de Cristo (6-7).
• Agora, além das designações Leão da tribo de Judá e Raiz de Davi, são acrescentadas outras características que enfatizam ainda mais o seu poder.
a. Que foi enxotado para fora, mas, agora é visto no centro do trono: Antes de mencionar o que viu João destaca o posicionamento do Cordeiro dando o maior ênfase possível: Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro.
b. Que foi sacrificado, mas, agora ressurge poderoso: É preciso dar atenção à indicação feita como tendo sido morto. O Cordeiro foi sacrificado, as marcas são vistas e relacionada ao derramamento de seu sangue.
• Tinha sete chifres. Chifres são sinal do poder e sete chifres demonstram plenitude de poder, ou seja, poderoso e onipotente. Aquele que tem “Toda a autoridade no céu e na terra”.
• Sete olhos. Aquele que está em constante vigilância e previdência.
• Os sete Espíritos. Significam plenitude de sabedoria, que juntamente com os sete olhos acompanha seus discípulos enviados ao mundo cumprindo assim a promessa: “Eis que estou convosco todos os dias”.
c. Antes desqualificado, agora toma (recebe) o livro da mão do Pai: Jesus, não foge da sua tarefa, não fugiu antes e não fugira depois. Ele completa todo que para ele foi designado. Como se tivesse pressa ele toma o livro da mão do pai e Pai sem nenhum problema deixa o Filho prosseguir com sua obra.
Cristo é o Senhor da história. Um Senhor que ama os pecadores. Ele governa diferente dos demais poderosos. Ele governa do alto da cruz. E com suas mãos perfuradas que toma o rolo do livro.
3. A obra de Cristo (8-10).
• Os versículos seguintes confirmam a obra do Cordeiro na ação salvadora e purificadora da igreja.
a. Reconhecida e proclamada no céu: No céu inicia um movimento que se expande para todos os lados, prolongando-se do céu dos anjos a terra de João. Na verdade a prostração e o louvor dos dois outros grupos nitidamente pressupõem a submissão. Um grupo impele o outro a exaltar o Cordeiro, de maneira que a adoração se avoluma e finalmente não se ouve mais nenhuma dissonância no universo inteiro. O Cordeiro governa de forma incontestável. Os anjos anciãos munidos da harpa e das taças de ouro, objetos que faziam parte do culto no AT, fazem do céu o Templo. Aqui contém as são as orações dos santos. Por meio destas orações a igreja da terra aparece, ainda que não em pessoa, mas em espírito, adorando nas cercanias do trono. João vê suas orações, dizendo aos que oram que seu louvor e suas súplicas causam efeito num lugar central. Elas, as orações, possuem participação essencial na execução do senhorio do Cordeiro.
b. Realizada e anunciada na terra: Segue-se a adoração do céu citando as obras do cordeiro na Terra. Porque foste morto. Ressalta-se que a morte do DIGNO trouxe destruição ao domínio de Satanás. Inaugurando a soberania de Deus na forma da igreja: E com o teu sangue compraste para Deus: Jesus recebe louvor por ser o Salvador ressuscitado que se sacrificou para oferecer salvação a todos.
c. Constituída por reis e sacerdotes em todos os povos: Por ser digno e poderoso ele convocou todos ao arrependimento, e pessoas de todas as nações foram atraídas a Ele. Esta expressão quádrupla, que faz lembrar os quadrantes do céu, significa a totalidade da população da terra. O fruto da morte de Jesus é a igreja única formada de todos os povos. O fato de que o Cordeiro forma para si uma igreja é o fato mais importante que qualquer outra coisa. Em todo lugar onde isto acontece, mesmo que seja apenas com dois ou três, no mundo inteiro o novo cântico pode ser entoado, o cântico da derrubada de Satanás, da inauguração do senhorio do Cordeiro e da nova humanidade sob Deus.
• Jesus estabeleceu o seu reino e fez sacerdotes de todos discípulos.
• O reino de Cristo existe atualmente, e os salvos fazem parte dele.
• Quando nós somos convertidos a Cristo, tornamo-nos o sacerdócio santo dele, com o privilégio de lhe oferecer sacrifícios (1 Pedro 2:5,9).
Deus abençoe
Pr Saulo César - ICE Campo Grande

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Grande Banquete

Vai ter churrasco?
Lc 14.15-24
Como as pessoas gostam de churrasco. Daqueles que onde tem comida a vontade muita coca-cola. Jesus também participou de muitos banquetes. No inicio do capitulo 14 Lucas informa que num dia de sábado Jesus foi casa de dos principais dos fariseus para “comer pão”.
É bom entendermos que da mesma forma que quando vamos à casa de alguém para comermos um churrasco, junto com o churrasco também vinagrete, arroz, mandioca e refrigerante, também na época de Jesus o “comer pão” era acompanhado de um belo banquete.
Durante o banquete alguém faz uma observação: “bem-aventurado aquele que comer pão no reino de Deus”. A partir desta observação Jesus conta a parábola da grande ceia.
Esta parábola nos ensina as seguintes lições:
1. No reino haverá um grande banquete (15-16).
Um banquete anunciado e previamente preparado.
• Segundo comentaristas, na cultura oriental era comum, e ainda persiste nas regiões mais conservadoras, o costume do hospedeiro mandar um convite prévio. Este convite é levado por um servo para todos os amigos chegados da família. Aqueles que recebem o convite, depois de lerem, assinam confirmando sua presença. Só assim, depois de saber quantos confirmaram a presença, que o anfitrião passa a preparar a festa. Todos os animais, bois, os bezerros, as ovelhas, as galinhas, os patos são mortos e preparados mediante o numero de convites aceitos. Da mesma forma Deus no seu infinito amor tem anunciado e preparado um grande Banquete que será realizado num Reino futuro. O Reino de Deus. Por isso os convidados ao aceitarem o convite devem se julgar privilegiados, porém com a responsabilidade e a obrigação de comparecerem a festa.
2. Os convidados são chamados (17-20).
O servo é enviado e o convite recusado.

• O homem terminara seu serviço. Sua luta foi grande, pois os preparativos para receber os muitos convidados exigiam trabalho e muita dedicação. Então ele chama seu melhor servo dizendo: “vai aos nossos amigos e anuncie que enfim chegou o grande dia da festa”. Venham e desfrutem da comunhão a muito esperada. Dizem os comentaristas que até os dias de hoje, no oriente, esse costume é praticado. “Os nobres do oriente que fazem um convite, algum tempo depois, assim que tudo estiver pronto, mandam um mensageiro com o segundo convite que anuncia a hora do banquete”. E este informa “vinde, pois a ceia está pronta”. Assim sendo, a aceitação inicial obriga o convidado a aceitar ao chamado na hora marcada. Mas, neste caso, foi diferente. Os convidados tomam uma decisão totalmente inesperada. Todos, sem exceção, recusam o convite usando desculpas. O primeiro disse que comprou um imóvel, precisava ir vê-lo, por isso não podia ir ao banquete. Mentira, dizem os comentaristas, nenhum oriental compra imóvel ser vê-lo. O segundo disse que tinha comprado cinco juntas de bois e está indo experimentá-las. Mentira, dizem os comentaristas, no oriente os bois são experimentados antes de serem comprados. O terceiro disse que estava em lua-de-mel, portanto não poderia ir. Mentira, pois no costume oriental, ninguém contrai núpcias no dia em que está reservada uma grande festa. Este convite representa a primeira mensagem do Evangelho feito à nação judaica, tal como foi pronunciada: “Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mt 3.1-2).
3. O dono da festa foi insultado (21-24).
O banquete é oferecido aos rejeitados e para além dos muros.

• O servo anuncia a rejeição e o Anfitrião irado, porém agindo com graça e misericórdia diz ao servo: “Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. Este primeiro grupo representa os desprezados e rejeitados de Israel. Publicanos e pecadores. Homens desprezados que ficavam nas ruas e becos da cidade. O servo obediente trouxe todos que encontrava pelo caminho. Pecadores e rejeitados como Mateus, Zaqueu, a adúltera que ia ser apedrejada, a mulher samaritana os dez leprosos entre outros. Mas, depois de trazê-los disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa. Este segundo grupo representa os que vivem além dos muros os que vivem fora da comunidade de Israel. As zonas além da cidade, representando o mundo dos gentios. Obriga todos a entrar (23); ou melhor, "constrange-os", usando persuasão, não compulsão.
Aplicação:
• Deus oferece o banquete, porém exige lealdade e exclusividade dos convidados. Aceita-lo significa rejeitar outras coisas, pois nenhuma porção será enviada àqueles que participam de outras festas.
• O banquete está preparado. Mas, aqueles que presumem que sempre haverá lugar à mesa reservado para eles ficarão chocados quando os convites se cessarem.
• Aqueles que livremente rejeitam o convite também livremente excluem-se da comunhão com o anfitrião e com seus convidados.
• O banquete está preparado, porém ninguém entra na festa como “penetra”. Só quem foi convidado e aceita o convite pode entrar.

Deus abençoe
Pr Saulo Cesar