terça-feira, 1 de junho de 2010

O Grande Banquete

Vai ter churrasco?
Lc 14.15-24
Como as pessoas gostam de churrasco. Daqueles que onde tem comida a vontade muita coca-cola. Jesus também participou de muitos banquetes. No inicio do capitulo 14 Lucas informa que num dia de sábado Jesus foi casa de dos principais dos fariseus para “comer pão”.
É bom entendermos que da mesma forma que quando vamos à casa de alguém para comermos um churrasco, junto com o churrasco também vinagrete, arroz, mandioca e refrigerante, também na época de Jesus o “comer pão” era acompanhado de um belo banquete.
Durante o banquete alguém faz uma observação: “bem-aventurado aquele que comer pão no reino de Deus”. A partir desta observação Jesus conta a parábola da grande ceia.
Esta parábola nos ensina as seguintes lições:
1. No reino haverá um grande banquete (15-16).
Um banquete anunciado e previamente preparado.
• Segundo comentaristas, na cultura oriental era comum, e ainda persiste nas regiões mais conservadoras, o costume do hospedeiro mandar um convite prévio. Este convite é levado por um servo para todos os amigos chegados da família. Aqueles que recebem o convite, depois de lerem, assinam confirmando sua presença. Só assim, depois de saber quantos confirmaram a presença, que o anfitrião passa a preparar a festa. Todos os animais, bois, os bezerros, as ovelhas, as galinhas, os patos são mortos e preparados mediante o numero de convites aceitos. Da mesma forma Deus no seu infinito amor tem anunciado e preparado um grande Banquete que será realizado num Reino futuro. O Reino de Deus. Por isso os convidados ao aceitarem o convite devem se julgar privilegiados, porém com a responsabilidade e a obrigação de comparecerem a festa.
2. Os convidados são chamados (17-20).
O servo é enviado e o convite recusado.

• O homem terminara seu serviço. Sua luta foi grande, pois os preparativos para receber os muitos convidados exigiam trabalho e muita dedicação. Então ele chama seu melhor servo dizendo: “vai aos nossos amigos e anuncie que enfim chegou o grande dia da festa”. Venham e desfrutem da comunhão a muito esperada. Dizem os comentaristas que até os dias de hoje, no oriente, esse costume é praticado. “Os nobres do oriente que fazem um convite, algum tempo depois, assim que tudo estiver pronto, mandam um mensageiro com o segundo convite que anuncia a hora do banquete”. E este informa “vinde, pois a ceia está pronta”. Assim sendo, a aceitação inicial obriga o convidado a aceitar ao chamado na hora marcada. Mas, neste caso, foi diferente. Os convidados tomam uma decisão totalmente inesperada. Todos, sem exceção, recusam o convite usando desculpas. O primeiro disse que comprou um imóvel, precisava ir vê-lo, por isso não podia ir ao banquete. Mentira, dizem os comentaristas, nenhum oriental compra imóvel ser vê-lo. O segundo disse que tinha comprado cinco juntas de bois e está indo experimentá-las. Mentira, dizem os comentaristas, no oriente os bois são experimentados antes de serem comprados. O terceiro disse que estava em lua-de-mel, portanto não poderia ir. Mentira, pois no costume oriental, ninguém contrai núpcias no dia em que está reservada uma grande festa. Este convite representa a primeira mensagem do Evangelho feito à nação judaica, tal como foi pronunciada: “Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mt 3.1-2).
3. O dono da festa foi insultado (21-24).
O banquete é oferecido aos rejeitados e para além dos muros.

• O servo anuncia a rejeição e o Anfitrião irado, porém agindo com graça e misericórdia diz ao servo: “Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. Este primeiro grupo representa os desprezados e rejeitados de Israel. Publicanos e pecadores. Homens desprezados que ficavam nas ruas e becos da cidade. O servo obediente trouxe todos que encontrava pelo caminho. Pecadores e rejeitados como Mateus, Zaqueu, a adúltera que ia ser apedrejada, a mulher samaritana os dez leprosos entre outros. Mas, depois de trazê-los disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa. Este segundo grupo representa os que vivem além dos muros os que vivem fora da comunidade de Israel. As zonas além da cidade, representando o mundo dos gentios. Obriga todos a entrar (23); ou melhor, "constrange-os", usando persuasão, não compulsão.
Aplicação:
• Deus oferece o banquete, porém exige lealdade e exclusividade dos convidados. Aceita-lo significa rejeitar outras coisas, pois nenhuma porção será enviada àqueles que participam de outras festas.
• O banquete está preparado. Mas, aqueles que presumem que sempre haverá lugar à mesa reservado para eles ficarão chocados quando os convites se cessarem.
• Aqueles que livremente rejeitam o convite também livremente excluem-se da comunhão com o anfitrião e com seus convidados.
• O banquete está preparado, porém ninguém entra na festa como “penetra”. Só quem foi convidado e aceita o convite pode entrar.

Deus abençoe
Pr Saulo Cesar

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