quinta-feira, 26 de maio de 2011

MEFIBOSETE

A forma bondosa com que Davi tratou Mefibosete ilustra a maneira como o Senhor Jesus Cristo trata conosco.

Mas, para entender bem a história entre Davi e Mefibosete quero analisar os dois personagens:


Primeiro personagem

MEFIBOSETE – Um jovem marcado pela tragédia
Pois, havia perdido sua família, sua nobreza e sua agilidade:

Mas. em Mefibosete vemos que as tragédias nunca representam o fim.

Porque na história havia um segundo personagem

DAVI – Um rei marcado pelo compromisso
Ele havia se comprometido com Jonatas; ele tinha um compromisso com Deus e ele tinha um compromisso com o amor;

APLICAÇÃO:
• Mefibosete representa o pecador restaurado. Pois, assim como sem nenhuma obra sua, mas somente pela graça de Davi, ele foi reconduzido ao palácio; assim também nós, pela graça de Jesus, somos reconduzidos à presença de Deus.

• A aliança de Davi com Jonatas representa a aliança de Deus com o homem. Assim como a Davi não se esqueceu da promessa, sendo bondoso e misericordioso para com Mefibosete; assim também Deus tem cumprido seu acordo dando-nos seu amor e sua misericórdia.

• Assim como Davi deu a Mefibosete a honra de assentar-se à sua mesa, tratou-o como um filho e deu-lhe provisão perpetua; assim também Deus faz conosco; o Senhor nos trata como filhos, faz-nos assentar à sua mesa e nos dá a promessa da vida eterna.

Deus Abençoe - Pr Saulo César

segunda-feira, 16 de maio de 2011

EU UM CRENTE?


O que é ser Crente?
Ser Crente na época de Daniel representava ser jogado na cova dos leões;
• Ser crente na época de Pedro e Paulo representava ser torturado e devorado por feras;

E hoje o que é ser Crente?
• Será que é ler a Bíblia ou orar todos os dias?
• Será que é ir aos cultos da igreja aos domingos, às quartas e nos lares?
Será que ser crente se resume a apenas isto?

No texto que lemos encontramos dos grupos de seguidores de Cristo:

Primeiro Grupo
OS QUE APENAS PARTICIPAVAM

a. Seguindo a Jesus por conveniência;
• Era a multidão que seguia Jesus pelo alimento e milagres;

b. Seguindo a Jesus sem obediência;
• Eram os doutores da lei, fariseus e escribas que seguiam Jesus pela curiosidade ou para colocá-lo à prova ou apenas para encontrarem nele motivos para a condenação;

c. Seguindo a Jesus só de aparência;
• Era Judas que seguia pela ganância e pelo lucro que poderia obter ao lado do mestre;

ESTES, NO MOMENTO DE PROVAREM SUA FÉ, O ABANDONARAM

Segundo Grupo
OS QUE ERAM COMPROMETIDOS

a. Que deixaram tudo por Jesus;
• Homens que tinham empresa de pesca como Pedro, João, Tiago e André. Eles, assim que receberam o chamado “vinde e eu vos farei pescadores de homens”, deixaram rede, os barcos e a família para seguirem o mestre. Homens que tinham emprego e grandes lucros como Mateus assim que ouviu de Jesus “segue-me”, deixou seu lucro para seguir o Mestre.

b. Que estariam sempre com Jesus;
• Homens que por três longos anos caminharam pelo deserto, pelas vilas, vales e montanhas ouvindo e aprendendo do Mestre;

c. Que dariam a vida por Jesus;
• Homens que morreram apedrejados como Estevão, pela espada como Tiago, Crucificado de cabeça para baixo como Pedro, degolado como Paulo.

ESTES CRERAM E PERMANECERAM COM JESUS, POIS ENTENDERAM SER ELE O ÚNICO CAMINHO.

Deus abençoe - Pr Saulo César

segunda-feira, 9 de maio de 2011

MENSAGEM PREGADA NO DIA DAS MÃES


A história que lemos, narrada somente por Lucas no seu Evangelho, aconteceu em Naim. Naim, que ficava cerca de 50 km ao sul de Cafarnaum, era uma pequena vila localizada numa planície, ao sul da Galiléia. Talvez fosse necessária uma caminhada de dois dias para ir de Cafarnaum até Naim. Nos tempos bíblicos, os judeus não permitiam que os mortos fossem sepultados dentro da cidades. Por isso, os moradores de Naim, usavam os penhascos que ficavam fora do portão da cidade para sepultar ali seus mortos.

Lucas relata que Jesus, um dia depois de ter curado o servo de um centurião em Cafarnaum, dirigiu-se para Naim com uma grande multidão. Ao aproximar da porta da cidade, ele e a multidão se deparam com um funeral que havia saído da cidade.
O que aconteceu, a partir daí na porta da pequena Naim, foi em muitos sentidos, uma das mais belas histórias contadas nos evangelhos.
Nela se destacam três marcas.

1. PRIMEIRA MARCA: Um coração marcado pela dor (12).
Estava morto o “filho único de uma viúva”.
• A Vida de viúva era muito dura em Israel. Em numerosas passagens bíblicas é dito que uma viúva depende da compaixão, porque fica sem assistência e ajuda (Rt 1.20s; 1Tm 5.5).
• Seu filho era único. Quando se perde um filho a dor é imensa. Porém, quando se perde o único filho a dor é maior. Em vista disso, em Israel, a amargura por causa da dor pela perda de um único filho era motivo de luto extraordinário.
• Seu filho era jovem. Ele não tinha esposa e filhos. A mãe, diante deste fato, não só poderia estar sofrendo pela morte de um filho, mas também porque ele ainda era jovem e não teve tempo de constituir família nem tampouco ter deixado herdeiro.
"Estava morto o filho único de uma viúva".
Lucas resume nesta frase se resume toda a dor que aquela mãe tinha no coração. Sendo viúva ela necessitava de ajuda para sobreviver. Sua esperança estava no filho.
Um filho ainda jovem, e que agora estava morto.

2. SEGUNDA MARCA: Um coração marcado pelo amor (13).
O Senhor a viu e compadecido disse: “não chores”.
• Lucas relata que vendo a mulher “o Senhor se compadeceu Dela e disse: não chores”. No idioma grego não existe uma palavra mais forte que possa expressar o sentimento de piedade e misericórdia que a palavra COMPAIXÃO.
• A palavra compaixão tem a ver com ser gracioso, ser misericordioso e ser piedoso. Portanto aquele que necessita de compaixão é alguém que precisa receber favor, receber consideração. É aquele que busca e implora o favor.
Com as simples palavras “não chores” Jesus expressa o mais intenso consolo que aquela mãe poderia receber. O “não chores” foi o testemunho do amor compassivo.
Amor declarado a todos àqueles que choram.

3. TERCEIRA MARCA: Um coração marcado pela alegria (14-15).
O que estava morto foi entregue a mãe.
• Jesus se aproximou e tocou a maca que estava o jovem morto e disse: “Jovem, eu te digo: levanta-te!” O jovem sentou-se, passou a falar e Jesus o devolveu a mãe.
• Não sabemos quem contou esta história para Lucas, pois El não estava lá. Porém, o que sabemos, é que alguém que estava no meio da multidão viu tudo, ouviu tudo e se maravilhou. Pois, através do grande profeta “Deus visitou o seu povo” (16).
Da mãe não se ouviu nada, talvez naquele momento, o choro da alegria falasse mais alto que as palavras. Pois, o morto reviveu. A morte se rendeu a vida. A tristeza e a dor deram lugar à esperança. “Deus visitou seu povo”. O Senhor visitou em Naim uma mãe sofrida.

Deus abençoe
Pr Saulo César

terça-feira, 3 de maio de 2011

O BOM SAMARITANO

 
Antes de analisar as lições que o texto ensina vamos ver sua estrutura e seu contexto.

PRIMEIRA PARTE DO DIÁLOGO (25-28).
"Eis que certo homem interprete da lei, se levantou
com o intuito de colocar Jesus à prova".

1. Primeira pergunta do Interprete:
“O que preciso fazer para herdar a vida eterna?”

2. Jesus responde ao interprete com outra pergunta:
“O que diz a lei?”

3. O interprete responde a Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

4. Jesus responde ao interprete:
“Faça isto e viverás”

SEGUNDA PARTE DO DIÁLOGO (29-37)
"O interprete da lei querendo se justificar":

1. Primeira pergunta do Interprete:
“Quem é meu próximo?”

2. Jesus responde ao interprete com outra pergunta (parábola): “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó...”. "Qual destes três foi o próximo do necessitado?”

3. O interprete responde a Jesus:
“Aquele que foi misericordioso para com ele”.
4. Jesus responde ao interprete:
“Vai e faça da mesma forma”.

NESTE DIÁLOGO DE JESUS COM O INTERPRETE DA LEI TEMOS AS SEGUINTES LIÇÕES:

1. Que do amor a Deus e ao próximo subsiste a lei. Toda a lei e obediência se assentam sobre o alicerce do amor. Portanto, o amor ao próximo só é possível se existir amor à Deus. No entanto, a única forma que alguém pode provar que ama a Deus é mostrando que ama ao próximo.

2. Que para o amor não deve haver justificativas. O amor não objetiva interesse próprio, pois para Deus a vida consiste na execução contínua de atos de amor. Portanto, qualquer pessoa, independente de ser parente ou amigo que está em necessidade é nosso próximo. No entanto, só é possível encontrar o próximo quando existe o verdadeiro amor.

3. Que para o amor não deve haver limites. Não existe parâmetro para o amor, ou seja: “amarei até este ponto depois você se vira”. Com o amor vai se descobrindo as necessidades e os objetivos vão se ampliando. Ao contrário dos ladrões que viram e roubaram, do sacerdote e do levita que viram e foram embora, o samaritano viu e prestou ajuda.

Conclusão: O comportamento do samaritano é exemplar que ele faz tudo o que era necessário naquela situação. O vinho misturado ao óleo para desinfetar a ferida e a continuidade da ajuda mostra que tinha um coração misericordioso. A pergunta feita ao interprete fecha a questão: “Quem foi o próximo do necessitado”? O rabino teve que admitir, mesmo omitindo sua origem: “Aquele que exerceu a misericórdia nele”.

Deus abençoe
Pr Saulo César