terça-feira, 3 de maio de 2011

O BOM SAMARITANO

 
Antes de analisar as lições que o texto ensina vamos ver sua estrutura e seu contexto.

PRIMEIRA PARTE DO DIÁLOGO (25-28).
"Eis que certo homem interprete da lei, se levantou
com o intuito de colocar Jesus à prova".

1. Primeira pergunta do Interprete:
“O que preciso fazer para herdar a vida eterna?”

2. Jesus responde ao interprete com outra pergunta:
“O que diz a lei?”

3. O interprete responde a Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

4. Jesus responde ao interprete:
“Faça isto e viverás”

SEGUNDA PARTE DO DIÁLOGO (29-37)
"O interprete da lei querendo se justificar":

1. Primeira pergunta do Interprete:
“Quem é meu próximo?”

2. Jesus responde ao interprete com outra pergunta (parábola): “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó...”. "Qual destes três foi o próximo do necessitado?”

3. O interprete responde a Jesus:
“Aquele que foi misericordioso para com ele”.
4. Jesus responde ao interprete:
“Vai e faça da mesma forma”.

NESTE DIÁLOGO DE JESUS COM O INTERPRETE DA LEI TEMOS AS SEGUINTES LIÇÕES:

1. Que do amor a Deus e ao próximo subsiste a lei. Toda a lei e obediência se assentam sobre o alicerce do amor. Portanto, o amor ao próximo só é possível se existir amor à Deus. No entanto, a única forma que alguém pode provar que ama a Deus é mostrando que ama ao próximo.

2. Que para o amor não deve haver justificativas. O amor não objetiva interesse próprio, pois para Deus a vida consiste na execução contínua de atos de amor. Portanto, qualquer pessoa, independente de ser parente ou amigo que está em necessidade é nosso próximo. No entanto, só é possível encontrar o próximo quando existe o verdadeiro amor.

3. Que para o amor não deve haver limites. Não existe parâmetro para o amor, ou seja: “amarei até este ponto depois você se vira”. Com o amor vai se descobrindo as necessidades e os objetivos vão se ampliando. Ao contrário dos ladrões que viram e roubaram, do sacerdote e do levita que viram e foram embora, o samaritano viu e prestou ajuda.

Conclusão: O comportamento do samaritano é exemplar que ele faz tudo o que era necessário naquela situação. O vinho misturado ao óleo para desinfetar a ferida e a continuidade da ajuda mostra que tinha um coração misericordioso. A pergunta feita ao interprete fecha a questão: “Quem foi o próximo do necessitado”? O rabino teve que admitir, mesmo omitindo sua origem: “Aquele que exerceu a misericórdia nele”.

Deus abençoe
Pr Saulo César

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