quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A HISTÓRIA DE JÓ


O livro de Jó inicia com a seguinte informação: “Havia um homem na terra de Uz e o seu nome era Jó” (Jó 1.1). A partir daí recebemos a informação de que Jó era um homem justo reto e temente a Deus. Toda a sua moralidade e espiritualidade tinham reflexo na sua vida. Jó tinha uma família abençoada, possuía grandes riquezas e tão integro que Deus usou sua vida como exemplo de bom testemunho diante de Satanás: “Observaste o servo Jó como é integro”. Mas, a história se Jó não termina aqui. Aqui foi só um belo começo.
Em breves cenas vamos analisar alguns episódios da vida de Jó.

A primeira cena:
1. AS AFLIÇÕES DO JUSTO (1.6-2.10). Em alguns casos, o sofrimento pode ser usado por Deus para disciplinar o homem que está em pecado. Porém, no caso de Jó é diferente, ele estava bem com Deus. Portanto, ao contrário de Deus que usa as adversidades para fortalecer seus servos, Satanás as usa para afastar Jó de Deus. Pois, enquanto que Deus dá vida abundante o Diabo quer matar, roubar e destruir.
JÓ FOI PERSEGUIDO PELO ACUSADOR
a. Ele perdeu todos os bens;
b. Ele perdeu todos os filhos;
c. Ele perdeu toda a saúde;

Sua resposta ao diabo foi: “Nu sai do ventre da minha mãe e nu voltarei”.
Jó continuou firme. Através da sua firmeza ele nos ensina que a presença de Deus na vida do justo, traz mais conforto e alivio, do que os seus favores e as suas bênçãos.

A segunda cena:
2. A ESPERANÇA DO CRENTE (19.14-27). A esperança faz com que o crente adore a Deus em toda e qualquer circunstância, de livre espontânea vontade e sem necessidade de troca. Os sofrimentos não devem ser motivos para afastar o justo de Deus e sim para enchê-lo de esperança, pois, dias melhores viram. Foi essa esperança que Jeremias teve quando disse: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lm 3.21-24).
JÓ CHEIO DE ESPERANÇA AGUARDAVA SEU LIBERTADOR
a. Mesmo desamparado pelos parentes;
b. Mesmo desonrado pelos servos;
c. Mesmo desfigurado pela doença;
Sua base de fé foi: “Porque eu sei que meu Redentor vive”.
Jó estava preso na armadilha do acusador, mas tinha plena convicção no seu “resgate”. Com sua atitude Jó nos ensina que o Senhor está no controle e que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).

A terceira cena:
3. O TRIUNFO DO FIEL (42.1-17). Paulo escrevendo à Igreja de Corinto diz: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento” (2Co 2.14). Através da vida de Jó Deus exalou a flagrância do seu conhecimento. Nas suas palavras Jó deixa claro que Deus o conhecia, mas ele não conhecia a Deus. Pois, apesar de toda sua integridade e justiça ele ainda não havia compreendido tanto a grandeza como os planos de Deus Dele para sua vida. Baseado nesta falta de entendimento ele revela: “Por não Te conhecer como deveria eu falava o que não entendia” e “Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos. Por isso, estou envergonhado de tudo o que disse e me arrependo, sentado aqui no chão, num monte de cinzas” (Jó 42:5-6).
JÓ AGORA ERA O ABENÇOADO DE DEUS
a. Ele foi restaurado na vida espiritual;
b. Ele foi restaurado na vida material;
c. Ele foi restaurado na vida familiar;
Sua maior recompensa foi: “Eu Te conhecia só de ouvir, agora meu olhos Te vêem”.
Jó entendeu que, apesar de ser justo e temente a Deus, faltava-lhe ainda o conhecimento de Deus e a intimidade com ele. Agora num nível mais elevado, o tempo passado lhe trazia vergonha e arrependimento. Foi baseado neste conhecimento que Deus alertou o povo em Oseias: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” (Os 6.6).
CONCLUSÃO: Com Jó aprendemos que maior triunfo do crente não é a restituição dos seus bens ou dos seus entes queridos que se foram, mas sim, um conhecimento maior de Deus; uma maior comunhão com Deus e uma certeza de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus;

Deus abençoe: Pr Saulo César

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