No caminho do povo pelo deserto Deus ordenou a Moisés que
construísse o tabernáculo. Nele deveria ser colocado um véu de cor azul
avermelhado, feito de linho fino retorcido, medindo cerca de 20m de comprimento
com quatro dedos de espessura. O propósito do véu era separar o lugar chamado "Santo dos Santos",
pois nele seria colocado a arca do
Testemunho com acesso restrito somente ao Sumo Sacerdote uma vez por ano. Ocasião
que intercedia pelo pecado do povo (Lv 16.32-34). Diferentemente, o
Calvário, lugar do sofrimento e morte do Senhor Jesus, foi onde o perdão e o
amor de Deus se estendeu ao mundo em toda sua plenitude. No calvário, após a morte de Cristo, o véu se rasgou. Com o véu
rasgado, o "Santo dos Santos", tornou-se um lugar vazio, pois Deus
não estava mais representado ali, e sim, lá fora na cruz, concedendo o perdão
ao pecador arrependido. Com o rasgar do véu o
homem pecador passou a ter acesso direto ao Pai. Um
novo culto se estabeleceu, sem a necessidade de intermediação humana e tampouco
um espaço apropriado, pois Jesus é nosso mediador e em todo lugar, onde quer
que estejamos, é nosso templo. Este culto foi
simbolicamente iniciado com o centurião romano, símbolo do pecador arrependido que
confessa sua fé em Jesus (Conf. Hb 12.1-2). Porém, para
desfrutarmos destas bênçãos, Cristo requer de nós duas atitudes. A primeira é
entrar na presença de Deus com convicção e coragem, de forma aberta e
confiante. Sabendo que em Cristo a sombra deu lugar à realidade e o caminho da
graça foi aberto. Você não precisa mais conjecturar sobre um Deus escondido
atrás de um véu, mas apropriar-se Dele com fé em Jesus. A segunda é levar Deus
consigo, dentro do coração. Falar do seu amor da sua salvação. Praticar a
comunhão e o amor ao próximo. Em suma, você não deve somente entrar além do
véu, mas também sair detrás dele, proclamando Seu amor e Sua salvação onde quer
que vá. Que tal ir além do véu?
Pr.
Saulo César
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