No Monte Sião haverá livramento
Ob 1.1-21
A profecia de Obadias fala sobre o conflito entre duas nações irmãs: Edom e Israel. Os edomitas eram descendentes de Esaú e os israelitas de Jacó, filhos de Isaque e Rebeca que antes de nascer já lutavam no ventre da mãe (Gn 25.23). Edom significa vermelho. Apelido dado a Esaú por ter trocado seu direito de primogenitura por um prato de cozido vermelho feito de lentilhas (Gn 25.30-34). Esaú firmou sua morada ao sul de Judá na montanha de Seir, região que com o tempo passou a se chamar Edom. O primeiro problema entre Israel e Edom foi registrado em Nm 20.14-22, quando Israel ao sair do Egito para a Terra Prometida pediu permissão para passar por Edom e foi barrado pelos edomitas. O segundo incidente foi este registrado em Obadias e também no salmo 137, fato ocorrido na ocasião da invasão babilônica em Judá no ano de 586 aC. quando os edomitas, não só se alegraram com a derrota dos seus parentes judeus, mas também aproveitaram a oportunidade para roubar os bens dos moradores de Jerusalém. Neste contexto de inveja, intrigas e satisfação pelo mal alheio, o Senhor intervém na história, punindo os culpados e restaurando os arrependidos.
O livro apresenta duas razões para este livramento:
1. O sofrimento causado pela soberba e
Ob 1.1-21
A profecia de Obadias fala sobre o conflito entre duas nações irmãs: Edom e Israel. Os edomitas eram descendentes de Esaú e os israelitas de Jacó, filhos de Isaque e Rebeca que antes de nascer já lutavam no ventre da mãe (Gn 25.23). Edom significa vermelho. Apelido dado a Esaú por ter trocado seu direito de primogenitura por um prato de cozido vermelho feito de lentilhas (Gn 25.30-34). Esaú firmou sua morada ao sul de Judá na montanha de Seir, região que com o tempo passou a se chamar Edom. O primeiro problema entre Israel e Edom foi registrado em Nm 20.14-22, quando Israel ao sair do Egito para a Terra Prometida pediu permissão para passar por Edom e foi barrado pelos edomitas. O segundo incidente foi este registrado em Obadias e também no salmo 137, fato ocorrido na ocasião da invasão babilônica em Judá no ano de 586 aC. quando os edomitas, não só se alegraram com a derrota dos seus parentes judeus, mas também aproveitaram a oportunidade para roubar os bens dos moradores de Jerusalém. Neste contexto de inveja, intrigas e satisfação pelo mal alheio, o Senhor intervém na história, punindo os culpados e restaurando os arrependidos.
O livro apresenta duas razões para este livramento:
1. O sofrimento causado pela soberba e
pela maldade do homem (1-14).
A soberba é enganosa, dá falsa segurança e trás destruição e vergonha (1-9). Os primeiros versículos descrevem um terrível desastre que estava para desabar sobre Edom. As palavras “Assim diz o Senhor” sugere que Obadias está profetizando um fato que anteriormente ouviu do Senhor e acredita que será cumprido. Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela (Edom) para a guerra (1). O principal motivo para a orgulhosa confiança de Edom era sua posição quase inatingível. Porém, nem sua forte posição e nem sua sabedoria puderam livrá-los. Edom poderia estar tão alto o ninho da águia ou até entre as estrelas, Deus diz: “dali te derrubarei” (4). Os ladrões que visitaram Edom não foram pequenos ladrões que visitam os lares de noite e só pegam pequenos objetos que podem carregar. Nem tampouco ladrões de pomares que levam frutas (melancias, laranjas, goiabas etc), que furtam somente o que matam sua fome e deixam muito fruto ainda atrás de si. Não foi assim, Edom é "deixada limpa". Os seus esconderijos e suas inacessíveis e misteriosas fortalezas (6) foi tudo esquadrinhado e deixado vazio. Visto que o julgamento de Edom é visto aqui no contexto do julgamento final do dia do Senhor, é certo dizer que no seu juízo Deus trará "à luz as coisas ocultas das trevas" (1Co 4.5). A falsa segurança está implícita no vs 7, pois os próprios vizinhos e aliados dos edomitas estavam se voltando contra eles. Edom se vangloriava em sua sabedoria, poder e riquezas (cfr.Jr 9.23 e segs.); mas os seus esconderijos foram achados e expostos (6) seus sábios haveriam de perecer (8), e seus valentes ficariam atemorizados (9). Você que diz a si mesmo: ‘Quem pode me derrubar?” (3) atente para o que Deus diz “eu te derrubarei”. Spurgeon citou uma frase sábia de T. Watson: “Deus habita em dois lugares: no céu e no coração arrependido, o Diabo também: no inferno e no coração orgulhoso”.
A mal fecha a porta, se alegra, toma proveito e oprime o angustiado (10-14): O prazer e cumplicidade com o mal levaram condenação de Edom. Foi Por causa da violência feita a teu irmão Jacó (11-12). Os nomes Jacó e Edom são usados a fim de relembrar a relação entre as duas nações. Edom, porém, não demonstrara qualquer senso de relação fraternal (G. W. Wade). Não foi apenas nos tempos do deserto, quando Edom se recusou a permitir passagem a Israel por seu território (Nm 20.20 ), mas, conforme mostra o versículo 11, o conflito entre as nações atingiu seu clímax durante o saque de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 A. C. A participação de Edom, nessa ocasião, foi longa e amargamente relembrada pelos judeus. No exílio, ao longo dos rios da Babilônia, eles clamavam: "Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, porque diziam: Arrasai-a, arrasai-a até aos seus alicerces" (Sl 137.7). Em meio a destruição de Jerusalém, Edom poderia ajudar ou pelo menos se entristecer, porém se fez como um deles, ou seja um destruidor (11). A indiferença contrapõe ao que deveria ter sido feito (tal como o sacerdote e o levita "passaram de largo", na história do bom samaritano), subentende oposição ativa. Em primeiro lugar eles exultaram e não mostraram piedade em vista da queda de Jerusalém (12); em seguida, entraram pela porta da cidade e se aliaram aos atacantes (13); finalmente impedia aqueles que tentavam escapar e aprisionaram quaisquer que encontraram livres (14). Por isso uma série de repreensões (tu não devias olhar, nem alegrar-te, etc) foi lançada sobre Edom.
2. O Senhor fará justiça, julgará Edom, restaurará Judá e
A soberba é enganosa, dá falsa segurança e trás destruição e vergonha (1-9). Os primeiros versículos descrevem um terrível desastre que estava para desabar sobre Edom. As palavras “Assim diz o Senhor” sugere que Obadias está profetizando um fato que anteriormente ouviu do Senhor e acredita que será cumprido. Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela (Edom) para a guerra (1). O principal motivo para a orgulhosa confiança de Edom era sua posição quase inatingível. Porém, nem sua forte posição e nem sua sabedoria puderam livrá-los. Edom poderia estar tão alto o ninho da águia ou até entre as estrelas, Deus diz: “dali te derrubarei” (4). Os ladrões que visitaram Edom não foram pequenos ladrões que visitam os lares de noite e só pegam pequenos objetos que podem carregar. Nem tampouco ladrões de pomares que levam frutas (melancias, laranjas, goiabas etc), que furtam somente o que matam sua fome e deixam muito fruto ainda atrás de si. Não foi assim, Edom é "deixada limpa". Os seus esconderijos e suas inacessíveis e misteriosas fortalezas (6) foi tudo esquadrinhado e deixado vazio. Visto que o julgamento de Edom é visto aqui no contexto do julgamento final do dia do Senhor, é certo dizer que no seu juízo Deus trará "à luz as coisas ocultas das trevas" (1Co 4.5). A falsa segurança está implícita no vs 7, pois os próprios vizinhos e aliados dos edomitas estavam se voltando contra eles. Edom se vangloriava em sua sabedoria, poder e riquezas (cfr.Jr 9.23 e segs.); mas os seus esconderijos foram achados e expostos (6) seus sábios haveriam de perecer (8), e seus valentes ficariam atemorizados (9). Você que diz a si mesmo: ‘Quem pode me derrubar?” (3) atente para o que Deus diz “eu te derrubarei”. Spurgeon citou uma frase sábia de T. Watson: “Deus habita em dois lugares: no céu e no coração arrependido, o Diabo também: no inferno e no coração orgulhoso”.
A mal fecha a porta, se alegra, toma proveito e oprime o angustiado (10-14): O prazer e cumplicidade com o mal levaram condenação de Edom. Foi Por causa da violência feita a teu irmão Jacó (11-12). Os nomes Jacó e Edom são usados a fim de relembrar a relação entre as duas nações. Edom, porém, não demonstrara qualquer senso de relação fraternal (G. W. Wade). Não foi apenas nos tempos do deserto, quando Edom se recusou a permitir passagem a Israel por seu território (Nm 20.20 ), mas, conforme mostra o versículo 11, o conflito entre as nações atingiu seu clímax durante o saque de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 A. C. A participação de Edom, nessa ocasião, foi longa e amargamente relembrada pelos judeus. No exílio, ao longo dos rios da Babilônia, eles clamavam: "Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, porque diziam: Arrasai-a, arrasai-a até aos seus alicerces" (Sl 137.7). Em meio a destruição de Jerusalém, Edom poderia ajudar ou pelo menos se entristecer, porém se fez como um deles, ou seja um destruidor (11). A indiferença contrapõe ao que deveria ter sido feito (tal como o sacerdote e o levita "passaram de largo", na história do bom samaritano), subentende oposição ativa. Em primeiro lugar eles exultaram e não mostraram piedade em vista da queda de Jerusalém (12); em seguida, entraram pela porta da cidade e se aliaram aos atacantes (13); finalmente impedia aqueles que tentavam escapar e aprisionaram quaisquer que encontraram livres (14). Por isso uma série de repreensões (tu não devias olhar, nem alegrar-te, etc) foi lançada sobre Edom.
2. O Senhor fará justiça, julgará Edom, restaurará Judá e
Cristo reinará (15-21).
No Dia do Senhor Deus o julgará Edom, restaurará Judá. Colheremos aquilo que semeamos - "Como tu fizeste, assim se fará contigo". Note-se o emprego da palavra "dia", como o dia de teu irmão (12). A expressão "o dia de Jerusalém", já citado na passagem de Sl 137.7é freqüentemente usada para denotar a ocorrência de sorte boa ou má (Wade). O dia do Senhor (15) é um dos grandes temas do Antigo Testamento. Embora se trate de um fato que parece que vai se desenrolar no final da história é geralmente tratado com um perigo ou um fato iminente. Visto que "só o Senhor será exaltado naquele dia" (Is 2.11), trata-se de um dia de justa retribuição contra "todas as gentes que se esquece de Deus" (Sl 9.17). Parece que o versículo 16 é um golpe de ironia. O profeta, relembrando-se do modo pelo qual os edomitas folgaram e beberam em Jerusalém, depois da pilhagem da cidade, declara que as nações pagãs realmente beberam, mas de uma tal bebida e engolindo de tal maneira, que serão como se nunca tivessem sido. Entretanto, haverá um lugar seguro: “no monte de Sião haverá livramento” (17). Ali, "os da casa de Jacó" se congregarão. A frase: e ele será santo, não se refere à qualidade moral, mas à segurança contra a contaminação, e assim, contra o assalto dos pagãos, tal como em Jl 3.17. O mais importante de tudo é que o remanescente salvo da casa de Jacó seria reinstalado nos territórios que desde os dias antigos lhe tinham sido dados por Deus. Neste Dia haverá uma restauração do reino do norte, Israel, e do reino do sul, Judá. Isso foi somente através de um único israelita fiel, Jesus Cristo, "o Leão da tribo de Judá" (Ap 5.5). Por Sua morte, o Cristo de Deus haveria de "reunir em um corpo os filhos de Deus, que andavam dispersos" (Jo 11.52); e, nos propósitos de Deus, o Israel espiritual, o escolhido, estará completo em todas as suas tribos.
E Cristo reinará: O versículo final da profecia de Obadias reúne os temas principais do livro em duas notáveis afirmações. Os salvadores virão para Jerusalém. Tais salvadores serão libertadores ou defensores para os judesu e para com os edomitas serão executores da justiça. E o reino será do Senhor. Como Rei, conforme Ap 11.15 "os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre". O Senhor reinará sobre todos. “E o reino será do Senhor” (21). Por isso nosso dever é orar: “Venha o teu reino”. Devemos ser fiéis a Deus hoje, pois assim reinaremos com ele no futuro. Quando a igreja sofre nas mãos dos inimigos de Deus, ela precisa voltar-se para a profecia de Obadias e renovar sua fé no Deus justo ali revelado. Ele se preocupa com o seu povo perseguido e sempre trabalha por ele. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”.
Conclusão: Obadias ensina que devemos estar atentos para que não venhamos a desprezar as benções de Deus e procurar ter paz com todos, pois aqueles que são levados pelo caminho da soberba, da amargura e da maldade acabam sendo exterminados como Edom (Hb 12 12-16).
No Dia do Senhor Deus o julgará Edom, restaurará Judá. Colheremos aquilo que semeamos - "Como tu fizeste, assim se fará contigo". Note-se o emprego da palavra "dia", como o dia de teu irmão (12). A expressão "o dia de Jerusalém", já citado na passagem de Sl 137.7é freqüentemente usada para denotar a ocorrência de sorte boa ou má (Wade). O dia do Senhor (15) é um dos grandes temas do Antigo Testamento. Embora se trate de um fato que parece que vai se desenrolar no final da história é geralmente tratado com um perigo ou um fato iminente. Visto que "só o Senhor será exaltado naquele dia" (Is 2.11), trata-se de um dia de justa retribuição contra "todas as gentes que se esquece de Deus" (Sl 9.17). Parece que o versículo 16 é um golpe de ironia. O profeta, relembrando-se do modo pelo qual os edomitas folgaram e beberam em Jerusalém, depois da pilhagem da cidade, declara que as nações pagãs realmente beberam, mas de uma tal bebida e engolindo de tal maneira, que serão como se nunca tivessem sido. Entretanto, haverá um lugar seguro: “no monte de Sião haverá livramento” (17). Ali, "os da casa de Jacó" se congregarão. A frase: e ele será santo, não se refere à qualidade moral, mas à segurança contra a contaminação, e assim, contra o assalto dos pagãos, tal como em Jl 3.17. O mais importante de tudo é que o remanescente salvo da casa de Jacó seria reinstalado nos territórios que desde os dias antigos lhe tinham sido dados por Deus. Neste Dia haverá uma restauração do reino do norte, Israel, e do reino do sul, Judá. Isso foi somente através de um único israelita fiel, Jesus Cristo, "o Leão da tribo de Judá" (Ap 5.5). Por Sua morte, o Cristo de Deus haveria de "reunir em um corpo os filhos de Deus, que andavam dispersos" (Jo 11.52); e, nos propósitos de Deus, o Israel espiritual, o escolhido, estará completo em todas as suas tribos.
E Cristo reinará: O versículo final da profecia de Obadias reúne os temas principais do livro em duas notáveis afirmações. Os salvadores virão para Jerusalém. Tais salvadores serão libertadores ou defensores para os judesu e para com os edomitas serão executores da justiça. E o reino será do Senhor. Como Rei, conforme Ap 11.15 "os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre". O Senhor reinará sobre todos. “E o reino será do Senhor” (21). Por isso nosso dever é orar: “Venha o teu reino”. Devemos ser fiéis a Deus hoje, pois assim reinaremos com ele no futuro. Quando a igreja sofre nas mãos dos inimigos de Deus, ela precisa voltar-se para a profecia de Obadias e renovar sua fé no Deus justo ali revelado. Ele se preocupa com o seu povo perseguido e sempre trabalha por ele. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”.
Conclusão: Obadias ensina que devemos estar atentos para que não venhamos a desprezar as benções de Deus e procurar ter paz com todos, pois aqueles que são levados pelo caminho da soberba, da amargura e da maldade acabam sendo exterminados como Edom (Hb 12 12-16).
Deus abençoe
Pr Saulo César
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: