O entendimento entre duas pessoas é muito difícil. Principalmente quando houve ofensa entre as partes envolvidas. Olhando nas Escrituras encontramos muitos princípios para que haja entendimento e perdão. Em Mateus: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mt 6:14-15). Em Marcos: “E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas.” (Mc 11:25). Em Lucas: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados;” (Lc 6:37). Na carta aos efésios: “Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Ef 4.31-32). Na carta aos colossenses: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;” (Cl 3.13).
Porém a pergunta que se faz é até quantas vezes devemos perdoar? Qual o número certo, o ideal o limite para o perdão? No texto que lemos Jesus ensina a Pedro a medida certa, a quantia exata para o exercício do perdão. Diante deste ensino quero compartilhar três aspectos desta medida.
1. A medida do perdão é ilimitada (21-27);
· Pedro pergunta: “Perdoar sete vezes é suficiente? É o numero certo, o ideal, o limite”? Jesus responde: “Não Pedro, não apenas sete, mas setenta vezes sete”. Isso significa que para o perdão não deve haver limites (21-22).
a. Porque a dívida é impagável (23-24); Imagine um casal que possui uma única filha. Um dia esta filha sai de casa para visitar uma amiga e no caminho é atacada, violentada e morta por um homem que já vinha praticando este ato já algum tempo na cidade. Mais tarde o assassino foi preso e condenado a muitos anos de prisão. Porém havia muita mágoa no coração daquele casal, pois não havia nada que fizessem contra aquele homem, ou que ele poderia fazer que pagasse o mal cometido. Nada iria trazer a filha de volta. Nenhum dinheiro e nem mesmo a morte do bandido.. A divida era impagável. O homem da parábola havia pedido um empréstimo ao seu patrão. Com o tempo a divida aumentou numa proporção que não havia como pagar. DEZ MIL TALENTOS era a soma da sua divida. Dizem os comentaristas que um talento equivale a 6.000 denários, um denário era um dia de trabalho, então só um talento seria 6.000 dias de trabalho. Então como pagar DEZ MIL TALENTOS? Era só trabalhar 60 milhões de dias. Você pagaria esta divida? Nem eu!!! A divida era impagável.
b. Porque a sua ação é restauradora (25-27): Não tendo como pagar, diz a parábola. Então o patrão ordenou que fosse vendido o empregado, a esposa, os filhos e tudo que possuía para que assim a divida fosse paga. E agora o que fazer? O empregado querendo ganhar tempo correu ao patrão “prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei.”. Porém a divida era grande e impagável. Não havia possibilidade nenhuma de pagamento. Tanto o Senhor quanto o empregado sabia disso. Então o senhor tomou uma decisão sabia e restauradora. “E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida.” (Mt 18.25-27). O perdão beneficia tanto o credor quando o devedor. Quando acontece o perdão o fardo é tirado. A divida é esquecida. As barreiras da amargura e do ódio são quebradas. O perdão trás saúde, alegria, comunhão, paz. O perdão é restaurador. Somente o perdão possibilita um verdadeiro acerto de contas entre credor e o devedor, entre criminoso e vitima, entre ofendido e ofensor. Nos momentos mais difíceis da vida, Jesus disse: “ Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34). Da mesma forma também Estevão exclamou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7:60 ). Ambos, Jesus e Estevão partiram para a glória exalando o perdão restaurador, sem magoa e em paz,
Se não existisse a possibilidade de um perdão ilimitado dificilmente haveria coragem de reaproximação com alguém que eu ofendi ou que me ofendeu. Por isso que A MEDIDA DO PERDÃO NÃO TEM LIMITES.
2. A medida do perdão é compassiva.
· Vimos que o rei da parábola à principio exerceu uma atitude de direito. A Lei lhe concedia o direito de receber e ao devedor o dever de pagar. Pela Lei a dívida é reconhecida e cobrada. Contudo vimos que o senhor não exerceu este direito, ele perdoou.
Porém o servo beneficiado pelo perdão não colocou em prática o mesmo beneficio recebido. Ele ficou conhecido na história como O CREDOR INCOMPASSIVO. Porém, a medida do perdão é compassiva.
a. Pela compassividade se vê a gratidão o arrependimento (28). Na lei o direito deve ser exercido. A lei defende a cobrança da dívida. O credor tem todo o direito de cobrar, executar e penhorar o devedor.
b. Pelo compassividade a dívida é reconhecida e cancelada (29-30). Tanto a dívida praticada, por mim, quanto a divida praticada contra mim pelo perdão é reconhecida e cancelada. Se eu peço perdão eu estou reconhecendo a minha culpa e se eu perdôo estou cancelando a culpa de alguém. Na lei do homem todo o direito deve ser exercido e executado, mas na lei de Deus, onde impera o perdão, a graça a misericórdia este direito deve ser trocado pelo amor. Na lei de Deus nem todo o meu direito deve ser exercido. O perdão encobre, passa a borracha.
3. A medida do perdão é divina (31-35).
· Jesus nesta parábola ensina que o perdão é divino, pois embora concedido gratuitamente também condiciona o perdoado a perdoar seu próximo. Uma pessoa pode ficar sem o perdão divino se tiver amargura no coração e não perdoar aquele que lhe pede perdão.
a. Por isso deve ser valorizada. Momentos depois após ter sido isentado da enorme dívida o empregado da parábola vai e procede de modo contrário com um colega. Assume diante dele uma atitude legal, apesar das muitas súplicas do devedor e de se tratar de uma pequena soma e 100 denários, o direito legal persiste. Vemos nessa atitude uma atitude comum ao seres humanos. Costumamos ser muito “justos“ com os outros. Consideramos gigantescas as faltas contra nós e não “queremos“ perdoar. Esta indisposição nos coloca num terrível contraste com Deus. Pois, enquanto nós vivemos incessantemente e totalmente dependentes de seu perdão, numa medida que nem se pode comparar com o que devemos uns aos outros, não queremos saber nada de perdoar e clamamos pelo direito e pela condenação, como se fossem valores absolutamente necessários.
b. Por isso será recompensada. “Quem não se torna misericordioso com a misericórdia de Deus e não aprende a perdoar a partir do perdão de Deus, desperdiça a graça de Deus”. Graça desperdiçada, por sua vez, provoca condenação. A graça de Deus transforma-se na ira de Deus. Veja como é séria a palavra de Jesus sobre o perdão mútuo! “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores”. Desta feita, a formulação é: “Tu nos perdoaste a nossa culpa, por isso também queremos perdoar àqueles que se tornaram culpados em relação a nós”. Para essa questão, cf. o exposto sobre Mt 6.12-15, não há como negar que o perdão é um dos princípios básicos da família cristã. Quando cada irmão perdoa o outro de coração, então dois podem se unir em oração, corrigir-se mutuamente, buscar o desgarrado, superar o que é pernicioso, proteger os pequenos, e honrar os humilhados; então Jesus está no meio deles!
Conclusão: Achamos que Deus precisa nos suportar e não importamos nem um pouco com sua opinião, mas nós não suportamos aquele que não dá atenção suficiente à nossa opinião. Diante de Deus afirmamos, sem temor, muitas coisas erradas, mas vingamos qualquer palavra errada de outros sobre nós. Para Deus não temos tempo, nem dinheiro, nem coração. No entanto, quando alguém não nos agradece e não nos concede o amor devido, consideramo-lo insuportável. Está parábola ensina que o ressentimento e rancor são sentimentos incompatíveis com a verdadeira vida cristã, portanto devem ser extintos da nossa vida.
Porém a pergunta que se faz é até quantas vezes devemos perdoar? Qual o número certo, o ideal o limite para o perdão? No texto que lemos Jesus ensina a Pedro a medida certa, a quantia exata para o exercício do perdão. Diante deste ensino quero compartilhar três aspectos desta medida.
1. A medida do perdão é ilimitada (21-27);
· Pedro pergunta: “Perdoar sete vezes é suficiente? É o numero certo, o ideal, o limite”? Jesus responde: “Não Pedro, não apenas sete, mas setenta vezes sete”. Isso significa que para o perdão não deve haver limites (21-22).
a. Porque a dívida é impagável (23-24); Imagine um casal que possui uma única filha. Um dia esta filha sai de casa para visitar uma amiga e no caminho é atacada, violentada e morta por um homem que já vinha praticando este ato já algum tempo na cidade. Mais tarde o assassino foi preso e condenado a muitos anos de prisão. Porém havia muita mágoa no coração daquele casal, pois não havia nada que fizessem contra aquele homem, ou que ele poderia fazer que pagasse o mal cometido. Nada iria trazer a filha de volta. Nenhum dinheiro e nem mesmo a morte do bandido.. A divida era impagável. O homem da parábola havia pedido um empréstimo ao seu patrão. Com o tempo a divida aumentou numa proporção que não havia como pagar. DEZ MIL TALENTOS era a soma da sua divida. Dizem os comentaristas que um talento equivale a 6.000 denários, um denário era um dia de trabalho, então só um talento seria 6.000 dias de trabalho. Então como pagar DEZ MIL TALENTOS? Era só trabalhar 60 milhões de dias. Você pagaria esta divida? Nem eu!!! A divida era impagável.
b. Porque a sua ação é restauradora (25-27): Não tendo como pagar, diz a parábola. Então o patrão ordenou que fosse vendido o empregado, a esposa, os filhos e tudo que possuía para que assim a divida fosse paga. E agora o que fazer? O empregado querendo ganhar tempo correu ao patrão “prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei.”. Porém a divida era grande e impagável. Não havia possibilidade nenhuma de pagamento. Tanto o Senhor quanto o empregado sabia disso. Então o senhor tomou uma decisão sabia e restauradora. “E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida.” (Mt 18.25-27). O perdão beneficia tanto o credor quando o devedor. Quando acontece o perdão o fardo é tirado. A divida é esquecida. As barreiras da amargura e do ódio são quebradas. O perdão trás saúde, alegria, comunhão, paz. O perdão é restaurador. Somente o perdão possibilita um verdadeiro acerto de contas entre credor e o devedor, entre criminoso e vitima, entre ofendido e ofensor. Nos momentos mais difíceis da vida, Jesus disse: “ Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34). Da mesma forma também Estevão exclamou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7:60 ). Ambos, Jesus e Estevão partiram para a glória exalando o perdão restaurador, sem magoa e em paz,
Se não existisse a possibilidade de um perdão ilimitado dificilmente haveria coragem de reaproximação com alguém que eu ofendi ou que me ofendeu. Por isso que A MEDIDA DO PERDÃO NÃO TEM LIMITES.
2. A medida do perdão é compassiva.
· Vimos que o rei da parábola à principio exerceu uma atitude de direito. A Lei lhe concedia o direito de receber e ao devedor o dever de pagar. Pela Lei a dívida é reconhecida e cobrada. Contudo vimos que o senhor não exerceu este direito, ele perdoou.
Porém o servo beneficiado pelo perdão não colocou em prática o mesmo beneficio recebido. Ele ficou conhecido na história como O CREDOR INCOMPASSIVO. Porém, a medida do perdão é compassiva.
a. Pela compassividade se vê a gratidão o arrependimento (28). Na lei o direito deve ser exercido. A lei defende a cobrança da dívida. O credor tem todo o direito de cobrar, executar e penhorar o devedor.
b. Pelo compassividade a dívida é reconhecida e cancelada (29-30). Tanto a dívida praticada, por mim, quanto a divida praticada contra mim pelo perdão é reconhecida e cancelada. Se eu peço perdão eu estou reconhecendo a minha culpa e se eu perdôo estou cancelando a culpa de alguém. Na lei do homem todo o direito deve ser exercido e executado, mas na lei de Deus, onde impera o perdão, a graça a misericórdia este direito deve ser trocado pelo amor. Na lei de Deus nem todo o meu direito deve ser exercido. O perdão encobre, passa a borracha.
3. A medida do perdão é divina (31-35).
· Jesus nesta parábola ensina que o perdão é divino, pois embora concedido gratuitamente também condiciona o perdoado a perdoar seu próximo. Uma pessoa pode ficar sem o perdão divino se tiver amargura no coração e não perdoar aquele que lhe pede perdão.
a. Por isso deve ser valorizada. Momentos depois após ter sido isentado da enorme dívida o empregado da parábola vai e procede de modo contrário com um colega. Assume diante dele uma atitude legal, apesar das muitas súplicas do devedor e de se tratar de uma pequena soma e 100 denários, o direito legal persiste. Vemos nessa atitude uma atitude comum ao seres humanos. Costumamos ser muito “justos“ com os outros. Consideramos gigantescas as faltas contra nós e não “queremos“ perdoar. Esta indisposição nos coloca num terrível contraste com Deus. Pois, enquanto nós vivemos incessantemente e totalmente dependentes de seu perdão, numa medida que nem se pode comparar com o que devemos uns aos outros, não queremos saber nada de perdoar e clamamos pelo direito e pela condenação, como se fossem valores absolutamente necessários.
b. Por isso será recompensada. “Quem não se torna misericordioso com a misericórdia de Deus e não aprende a perdoar a partir do perdão de Deus, desperdiça a graça de Deus”. Graça desperdiçada, por sua vez, provoca condenação. A graça de Deus transforma-se na ira de Deus. Veja como é séria a palavra de Jesus sobre o perdão mútuo! “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores”. Desta feita, a formulação é: “Tu nos perdoaste a nossa culpa, por isso também queremos perdoar àqueles que se tornaram culpados em relação a nós”. Para essa questão, cf. o exposto sobre Mt 6.12-15, não há como negar que o perdão é um dos princípios básicos da família cristã. Quando cada irmão perdoa o outro de coração, então dois podem se unir em oração, corrigir-se mutuamente, buscar o desgarrado, superar o que é pernicioso, proteger os pequenos, e honrar os humilhados; então Jesus está no meio deles!
Conclusão: Achamos que Deus precisa nos suportar e não importamos nem um pouco com sua opinião, mas nós não suportamos aquele que não dá atenção suficiente à nossa opinião. Diante de Deus afirmamos, sem temor, muitas coisas erradas, mas vingamos qualquer palavra errada de outros sobre nós. Para Deus não temos tempo, nem dinheiro, nem coração. No entanto, quando alguém não nos agradece e não nos concede o amor devido, consideramo-lo insuportável. Está parábola ensina que o ressentimento e rancor são sentimentos incompatíveis com a verdadeira vida cristã, portanto devem ser extintos da nossa vida.
Deus abeçoe
Pr Saulo César
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