A carta do Ancião para a Senhora Eleita
2Jo 1-13
A 2º carta de João, assim como os demais livros escritos por ele, o nome do autor é omitido. A autoria das suas cartas somente pode ser identificada pela forma e estilo de escrita que se assemelha ao Evangelho escrito por ele, no qual João se identifica como "o discipulo a quem Jesus amava". É provável que as três epístolas tenham sido escritas por volta dos anos 90 dc em Éfeso, onde João viveu depois que voltou do exílio.
A segunda carta de João nos revela duas verdades:
2Jo 1-13
A 2º carta de João, assim como os demais livros escritos por ele, o nome do autor é omitido. A autoria das suas cartas somente pode ser identificada pela forma e estilo de escrita que se assemelha ao Evangelho escrito por ele, no qual João se identifica como "o discipulo a quem Jesus amava". É provável que as três epístolas tenham sido escritas por volta dos anos 90 dc em Éfeso, onde João viveu depois que voltou do exílio.
A segunda carta de João nos revela duas verdades:
1. O amor do Presbítero para com a Senhora Eleita (1-4).
a. Amor revelado no carinho: O Presbítero, no grego “o ancião” ou “o mais velho” era conhecido respeitosamente como “o velho João”. A “Senhora eleita” seria uma igreja da Asia e os seus filhos seriam os membros desta igreja. Nos comentários surgem alguma dificuldade em definir quem seja esta "senhora eleita". Porém eu acho mais importante não é descobrir quem seria esta “senhora eleita”, mas sim, a forma carinhosa de se tratarem. Pois, quando eu falo com alguém que tenho carinho e afinidade não há necessidade de dizer o meu nome ou perguntar o nome com eu estou falando. Reconhece-se apenas pela voz ou como, no caso de uma carta, pelos traços da letra e particularidades que há entre as partes. Por isso “O Ancião” ao escrever a “Senhora eleita e aos seus filhos” tinha absoluta certeza de que seria reconhecido por ela e por todos da sua casa, sem necessitar de cerimônias e apresentações formais. Quando o “ancião” escrevia, todos sabiam de quem se tratava, pois “o velho” João se relacionava de forma intima com eles.
b. Amor fundamentado na verdade: Quando o “ancião” escreve a Senhora eleita e aos seus filhos, lhes assegura seu amor: “a quem eu amo na verdade”. Neste particular duas palavras se destacam: primeiro o “eu” que demonstra um sentimento pessoal, algo próprio de João. Segundo a “verdade”, ou seja, a pura realidade, algo legitimo. A igreja que recebeu a carta teve o privilégio de saber que João “realmente” a amava. Contudo ele não está sozinho nesse amor. O amor que João sentia não era restrito e centralizado, ele era um amor família. João fez questão de dizer que todos que estavam com ele amavam a Senhora Eleita e amavam verdadeiramente. No verso DOIS João diz que ama essa igreja “por causa da verdade que permanece”. João, “o ancião” expõe a verdade divina que é permanente perante a perigosa proposta da se deixarem atrair por novas correntes e tendências. E ACRESCENTA: “verdade que estará conosco eternamente.” Se não a abandonarmos por causa de novas “verdades”, ela não só “permanece em nós”, mas também há de “estar conosco”. Isso que dizer que a “verdade” não é inativa mas, atua em nós, ela molda todo o nosso pensar, falar e agir. E não somente hoje e amanhã, mas, até a “eternidade”. Esse amor real é algo diferente de simpatia humana. É amor baseado sobre a “verdade” e que não pode ser separado dessa verdade. Pois, quando a verdade de Deus não “permanece em nós” o verdadeiro “amor” já não existe. É justamente essa “verdade” que está em jogo – até os dias de hoje.
A razão para João dar tanto destaque à “verdade” na sua carta reside na situação da igreja, não só daquele tempo, mas, também de hoje de estar vivendo um amor passageiro frouxo e vazio.
2. O cuidado do presbítero para com a senhora eleita (5-13).
a. Cuidado para não se desviarem da verdade: A conduta correta é determinada por “um mandamento” que “recebemos do Pai”. Não são ideais próprios, ou moral humana que torna verdadeira e certa a vida do cristão e da igreja. João apresenta um pensamento centralizado em Deus. Por isso, a única vontade que deve ser determinante em nossa vida é a de Deus e este fundamento não é novo diz João “mas, existe desde o principio". João pede a igreja que mantenha o passo firme o tempo todo. Deste modo o apóstolo protege a pureza e a verdade do “amor” contra todas as deturpações humanas.
b. Cuidado com as falsas doutrinas. Na época de João havia um movimento intelectual e religioso chamado “gnosticismo” que pregava que no corpo não havia nada de bom e somente a alma era santa e pura. Baseados neste princípio os adeptos desta filosofia pagã praticavam orgias e desfraldavam o corpo. Alguns "cristãos" influenciados por esta filosofia começaram a divulgar nas igrejas a pratica de um cristianismo “superior”, ou seja, a crença que a alma é santa e o corpo é mal. Era nisso que residia o perigo. João escreve que esses “sedutores sairam para o mundo fora pregando que Cristo não veio em carne”. Com orgulho esses falsos mestre se apresentavam nas casas como os "superiores" que traziam algo puro e muito melhor. João assinala que é possível alguém adiantar-se, ir além, desviar-se do Cristianismo ao se enveredar por novidades. Os “sedutores” não pregavam ensinos que podiam ser tolerados. Sua proclamação ataca o cerne da mensagem apostólica, fere mortalmente “a verdade”, pois, “não confessam Jesus Cristo como aquele que vem na carne”. Seu “Cristo intelectual” não é o Redentor do pecador por intermédio da morte na cruz. Ao oferecer um Cristo maior e mais perfeito se equivocam em relação ao envio real e indispensável do Filho de Deus “na carne”. Ao deixar a verdade e se enveredar pelo novo negam o real amor de Deus, que enviou seu Filho para a reconciliação por nossos pecados. Portanto não está em jogo opiniões que poderiam representar riqueza teológica, mas a própria salvação, ameaçada por enganadores e anticristo. “Acautelai-vos” diz João “Para que não percais o que alcançamos com esforço". A igreja não se deve deixar iludir por tudo isso. “Todo aquele que vai além e não permanece na doutrina do Cristo, não tem a Deus.” Independentemente do que as igrejas possam “ganhar” com os novos ensinamentos, elas perdem a Deus, o Deus real e seu verdadeiro amor. Por isso ele enfatiza “não deve acolher os que não trazem essa doutrina”. Porque recebê-los significa dar apoio. Não sejam cúmplices de suas obras más diz João.
a. Amor revelado no carinho: O Presbítero, no grego “o ancião” ou “o mais velho” era conhecido respeitosamente como “o velho João”. A “Senhora eleita” seria uma igreja da Asia e os seus filhos seriam os membros desta igreja. Nos comentários surgem alguma dificuldade em definir quem seja esta "senhora eleita". Porém eu acho mais importante não é descobrir quem seria esta “senhora eleita”, mas sim, a forma carinhosa de se tratarem. Pois, quando eu falo com alguém que tenho carinho e afinidade não há necessidade de dizer o meu nome ou perguntar o nome com eu estou falando. Reconhece-se apenas pela voz ou como, no caso de uma carta, pelos traços da letra e particularidades que há entre as partes. Por isso “O Ancião” ao escrever a “Senhora eleita e aos seus filhos” tinha absoluta certeza de que seria reconhecido por ela e por todos da sua casa, sem necessitar de cerimônias e apresentações formais. Quando o “ancião” escrevia, todos sabiam de quem se tratava, pois “o velho” João se relacionava de forma intima com eles.
b. Amor fundamentado na verdade: Quando o “ancião” escreve a Senhora eleita e aos seus filhos, lhes assegura seu amor: “a quem eu amo na verdade”. Neste particular duas palavras se destacam: primeiro o “eu” que demonstra um sentimento pessoal, algo próprio de João. Segundo a “verdade”, ou seja, a pura realidade, algo legitimo. A igreja que recebeu a carta teve o privilégio de saber que João “realmente” a amava. Contudo ele não está sozinho nesse amor. O amor que João sentia não era restrito e centralizado, ele era um amor família. João fez questão de dizer que todos que estavam com ele amavam a Senhora Eleita e amavam verdadeiramente. No verso DOIS João diz que ama essa igreja “por causa da verdade que permanece”. João, “o ancião” expõe a verdade divina que é permanente perante a perigosa proposta da se deixarem atrair por novas correntes e tendências. E ACRESCENTA: “verdade que estará conosco eternamente.” Se não a abandonarmos por causa de novas “verdades”, ela não só “permanece em nós”, mas também há de “estar conosco”. Isso que dizer que a “verdade” não é inativa mas, atua em nós, ela molda todo o nosso pensar, falar e agir. E não somente hoje e amanhã, mas, até a “eternidade”. Esse amor real é algo diferente de simpatia humana. É amor baseado sobre a “verdade” e que não pode ser separado dessa verdade. Pois, quando a verdade de Deus não “permanece em nós” o verdadeiro “amor” já não existe. É justamente essa “verdade” que está em jogo – até os dias de hoje.
A razão para João dar tanto destaque à “verdade” na sua carta reside na situação da igreja, não só daquele tempo, mas, também de hoje de estar vivendo um amor passageiro frouxo e vazio.
2. O cuidado do presbítero para com a senhora eleita (5-13).
a. Cuidado para não se desviarem da verdade: A conduta correta é determinada por “um mandamento” que “recebemos do Pai”. Não são ideais próprios, ou moral humana que torna verdadeira e certa a vida do cristão e da igreja. João apresenta um pensamento centralizado em Deus. Por isso, a única vontade que deve ser determinante em nossa vida é a de Deus e este fundamento não é novo diz João “mas, existe desde o principio". João pede a igreja que mantenha o passo firme o tempo todo. Deste modo o apóstolo protege a pureza e a verdade do “amor” contra todas as deturpações humanas.
b. Cuidado com as falsas doutrinas. Na época de João havia um movimento intelectual e religioso chamado “gnosticismo” que pregava que no corpo não havia nada de bom e somente a alma era santa e pura. Baseados neste princípio os adeptos desta filosofia pagã praticavam orgias e desfraldavam o corpo. Alguns "cristãos" influenciados por esta filosofia começaram a divulgar nas igrejas a pratica de um cristianismo “superior”, ou seja, a crença que a alma é santa e o corpo é mal. Era nisso que residia o perigo. João escreve que esses “sedutores sairam para o mundo fora pregando que Cristo não veio em carne”. Com orgulho esses falsos mestre se apresentavam nas casas como os "superiores" que traziam algo puro e muito melhor. João assinala que é possível alguém adiantar-se, ir além, desviar-se do Cristianismo ao se enveredar por novidades. Os “sedutores” não pregavam ensinos que podiam ser tolerados. Sua proclamação ataca o cerne da mensagem apostólica, fere mortalmente “a verdade”, pois, “não confessam Jesus Cristo como aquele que vem na carne”. Seu “Cristo intelectual” não é o Redentor do pecador por intermédio da morte na cruz. Ao oferecer um Cristo maior e mais perfeito se equivocam em relação ao envio real e indispensável do Filho de Deus “na carne”. Ao deixar a verdade e se enveredar pelo novo negam o real amor de Deus, que enviou seu Filho para a reconciliação por nossos pecados. Portanto não está em jogo opiniões que poderiam representar riqueza teológica, mas a própria salvação, ameaçada por enganadores e anticristo. “Acautelai-vos” diz João “Para que não percais o que alcançamos com esforço". A igreja não se deve deixar iludir por tudo isso. “Todo aquele que vai além e não permanece na doutrina do Cristo, não tem a Deus.” Independentemente do que as igrejas possam “ganhar” com os novos ensinamentos, elas perdem a Deus, o Deus real e seu verdadeiro amor. Por isso ele enfatiza “não deve acolher os que não trazem essa doutrina”. Porque recebê-los significa dar apoio. Não sejam cúmplices de suas obras más diz João.
Conclusão: João, mesmo avançado em idade, se preocupou com a "Senhora Eleita" e seus filhos ecrevendo uma maravilhosa carta. Porém, sua preocupação não se limitava apenas à esta carta, a sua vontade era escrever mais, pois tinha muito que escrever. Mas, quero continuar a falar do meu amor e dar-te os meus conselhos pessoalmente, boca a boca, frente a frente. Quero abraçar-te e me alegrar contigo "Senhora Eleita". Assim o meu gozo será completo diz o "ancião". Aprendamos com João. Amemo-nos uns aos autros e tomemos cuidado com as falsas doutrinas que pregam por ai.
Deus vos abençoe
Pr Saulo César.
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