Vocês devem orar assim
Mt 6.5-13
A oração do Pai Nosso está inserida dentro do Sermão do Monte. No inicio do Sermão o Evangelista Mateus escreve: “Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e assim que assentou seus discípulos se aproximaram e ele passou a ensina-los (Mt 5.1-2). Em meio a este ensino, baseado nas orações que tinha presenciado, Jesus destaca dois grupos. O primeiro era aquele que orava para ser notado e aplaudido. Jesus chama este grupo de “hipócritas”. O segundo era aquele que orava de forma mecânica usando “vãs repetições”. Jesus chama este grupo de “pagãos”.
O apóstolo Tiago diz: “Não conseguem o que querem porque não pedem a Deus. E, quando pedem, não recebem porque pede errado, pedem para esbanjar em prazeres terrenos” (Tg 4.2-3).
Ao apresentar este dois grupos aos seus discípulos Jesus enfatizou que os verdadeiros discípulos tinham que ser diferentes. Disse Jesus: “sejam diferentes deles” (Mt 6.8). Vocês não podem ser fingidos como os “hipócritas” nem tagarelas como os pagãos. “Não sejam como eles! Vocês devem orar assim.”
Mt 6.5-13
A oração do Pai Nosso está inserida dentro do Sermão do Monte. No inicio do Sermão o Evangelista Mateus escreve: “Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e assim que assentou seus discípulos se aproximaram e ele passou a ensina-los (Mt 5.1-2). Em meio a este ensino, baseado nas orações que tinha presenciado, Jesus destaca dois grupos. O primeiro era aquele que orava para ser notado e aplaudido. Jesus chama este grupo de “hipócritas”. O segundo era aquele que orava de forma mecânica usando “vãs repetições”. Jesus chama este grupo de “pagãos”.
O apóstolo Tiago diz: “Não conseguem o que querem porque não pedem a Deus. E, quando pedem, não recebem porque pede errado, pedem para esbanjar em prazeres terrenos” (Tg 4.2-3).
Ao apresentar este dois grupos aos seus discípulos Jesus enfatizou que os verdadeiros discípulos tinham que ser diferentes. Disse Jesus: “sejam diferentes deles” (Mt 6.8). Vocês não podem ser fingidos como os “hipócritas” nem tagarelas como os pagãos. “Não sejam como eles! Vocês devem orar assim.”
Na oração do “Pai Nosso”
Jesus ensina aos seus discípulos duas lições:
1. Dirijam suas orações ao Pai.
Jesus inicia a oração chamando Deus de Pai. Por isso o “Pai Nosso” só pode ser proferido de forma verdadeira por quem é “renascido”, somente o filho de Deus pode dizer “Pai”. Por outro lado, o indivíduo ao orar, ora como membro de uma comunidade. Quando se ora “Pai nosso” o cristão é desviado do eu e direcionado para Deus e para a comunidade que pertence. O termo “nosso” transcende do quarto de oração para o Trono de Deus e vai além, contagiando toda a Igreja de Cristo e se estendendo por toda a Terra. Assim, a oração em secreto torna-se a “oração que alcança o mundo”.
Mas, também ao dizer “Pai que estás nos céus” estamos impedidos de banalizar o nome de Deus (paizão ou o cara lá de cima). A expressão “Pai nos céus” combina a bondade, que gera confiança, com o respeito devido àquilo que é mais sagrado, ou seja, o nome de Deus. Qualquer intimidade grotesca e falsa deve ser excluída. A confiança e intimidade com Pai jamais pode tornar irreverente.
A prioridade não é tratar da minha pessoa e da minha vontade e sim da pessoa de Deus e da sua vontade.
Pai teu nome é santo (9): Isto é, considerado com todo o respeito. O nome de Deus não é uma simples combinação de letras D,E,U,S. Seu nome revela seu caráter sua essência sua atividade. Portanto o nome de Deus revela Deus. Quando eu oro “santificado seja teu nome” está implícito que eu quero que sua santidade se manifeste em mim e seja vista em mim.
Que venha o teu reino (10a). Assim como Deus é Santo ele também é Rei. Ele reina com poder absoluto sobre TODA a criação e sobre TODA a historia. E quando eu oro que seu reino venha significa que eu desejo verdadeiramente que seu governo cresça em mim e por toda a Terra. Implica também que este reino inicia agora e se estende para a eternidade. É o já e o ainda não. Já o temos, convivemos com ele, mas não o temos totalmente.
Que tua vontade seja feita (10b): A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. Portanto resistir a sua vontade é loucura e aceita-la é sabedoria. Está vontade é tão sublime que Jesus orienta para orar pedido que a vida na terra se aproxime o máximo possível da vida no céu. Ou seja, assim como a perfeita vontade do pai é aceita e praticada no céu, ela também precisa ser aceita e praticada em minha vida e também na terra.
Quando nos conformamos com os conceitos do mundo ficamos preocupados com o nosso nome com nosso reino e com a nossa vontade. Os cidadãos do reino de Deus têm de santificar o nome de Deus, deixar que o reino de Deus se torne realidade entre eles, e fazer com que a vontade de Deus atinja validade absoluta já agora na vida diária. Não podem apenas dizer: “Senhor, Senhor”, mas precisam fazer a vontade do Pai (Mt 7.21).
Jesus inicia a oração chamando Deus de Pai. Por isso o “Pai Nosso” só pode ser proferido de forma verdadeira por quem é “renascido”, somente o filho de Deus pode dizer “Pai”. Por outro lado, o indivíduo ao orar, ora como membro de uma comunidade. Quando se ora “Pai nosso” o cristão é desviado do eu e direcionado para Deus e para a comunidade que pertence. O termo “nosso” transcende do quarto de oração para o Trono de Deus e vai além, contagiando toda a Igreja de Cristo e se estendendo por toda a Terra. Assim, a oração em secreto torna-se a “oração que alcança o mundo”.
Mas, também ao dizer “Pai que estás nos céus” estamos impedidos de banalizar o nome de Deus (paizão ou o cara lá de cima). A expressão “Pai nos céus” combina a bondade, que gera confiança, com o respeito devido àquilo que é mais sagrado, ou seja, o nome de Deus. Qualquer intimidade grotesca e falsa deve ser excluída. A confiança e intimidade com Pai jamais pode tornar irreverente.
A prioridade não é tratar da minha pessoa e da minha vontade e sim da pessoa de Deus e da sua vontade.
Pai teu nome é santo (9): Isto é, considerado com todo o respeito. O nome de Deus não é uma simples combinação de letras D,E,U,S. Seu nome revela seu caráter sua essência sua atividade. Portanto o nome de Deus revela Deus. Quando eu oro “santificado seja teu nome” está implícito que eu quero que sua santidade se manifeste em mim e seja vista em mim.
Que venha o teu reino (10a). Assim como Deus é Santo ele também é Rei. Ele reina com poder absoluto sobre TODA a criação e sobre TODA a historia. E quando eu oro que seu reino venha significa que eu desejo verdadeiramente que seu governo cresça em mim e por toda a Terra. Implica também que este reino inicia agora e se estende para a eternidade. É o já e o ainda não. Já o temos, convivemos com ele, mas não o temos totalmente.
Que tua vontade seja feita (10b): A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. Portanto resistir a sua vontade é loucura e aceita-la é sabedoria. Está vontade é tão sublime que Jesus orienta para orar pedido que a vida na terra se aproxime o máximo possível da vida no céu. Ou seja, assim como a perfeita vontade do pai é aceita e praticada no céu, ela também precisa ser aceita e praticada em minha vida e também na terra.
Quando nos conformamos com os conceitos do mundo ficamos preocupados com o nosso nome com nosso reino e com a nossa vontade. Os cidadãos do reino de Deus têm de santificar o nome de Deus, deixar que o reino de Deus se torne realidade entre eles, e fazer com que a vontade de Deus atinja validade absoluta já agora na vida diária. Não podem apenas dizer: “Senhor, Senhor”, mas precisam fazer a vontade do Pai (Mt 7.21).
2. Façam seus pedidos ao Pai.
Após serem colocadas nossa preocupação em relação à gloria de Deus, seguem as questões pessoais. Momento de expressar toda nossa humildade e dependência diante do pai. Nota-se que, ao colocar Deus em primeiro lugar, não significa eliminar nossas necessidades pessoais. Visto que Deus é nosso Pai, como Pai ele está preocupado com o bem estar de seus filhos. Portanto, deixar de citá-las em oração é tão errado quanto coloca-las em primeiro plano.
Novamente o indivíduo está situado diante do “Pai do Céu”, mas ele também é membro da comunidade, por isso se repete a palavra: “nosso” nas petições seguintes.
Pai dá-nos o pão de cada dia (11): Conta-se a história de um homem que fazia sua primeira viagem de navio. Os passageiros perceberam que ele não aparecia para comer às refeições, ao invés disso viram comendo bolachas. Só no último dia é que o viajante soube que, ao comprar a passagem ele tinha direito às refeições. Era necessário apenas pedir o alimento. Ele deixou de comer porque deixou de pedir. Muitos cristãos são como esse homem a bordo do navio. Passam fome porque não pedem o pão de cada dia ao Pai Celestial. A palavra “Pão” deixa de lado o luxo e o consumismo e exorta para a simplicidade e o controle dos nossos desejos. Lutero considerava o “pão nosso de cada dia” simbolizava todas as necessidades básicas desta vida, tais como: alimento, a saúde, a moradia, a bem estar da família, o bom tempo e um bom governo. Mas, além da palavra “Pão” Jesus acrescenta “de cada dia”, sugerindo "rações diárias" ou seja, dependência diária. Se usado de manhã "o pão de hoje" e se usado à noite "o pão de amanhã". Assim, devemos viver um dia de cada vez.
Perdoe nossas dívidas (12): O perdão é tão necessário para a saúde da alma como o alimento é para o corpo. Progride do material para o espiritual, “do pão para o perdão.” Esse duplo pedido constitui todo o anseio do ser humano. Pois, o homem é corpo e alma. Todo pecado constitui uma dívida perante Deus. E está divida deve ser paga. Porém ao calcular o custo desta divida percebe-se que é impagável. Por isso, o Pai nos dá o perdão gratuito. Um perdão ilimitado, compassivo e divino. Ao conceder o perdão o pai anula a acusação e cancela toda a pena imposta aos devedores. Porém este pedido está condicionado ao meu procedimento em relação ao próximo. Ou seja, para que o perdão e a graça de Deus atuem em mim é imprescindível que eu também perdoe. Contudo, persiste o fato indiscutível de que entre o meu perdão e o perdão do Pai existe uma grande diferença. É impossível comparar o perdão de Deus com o nosso.
Mas, livra-nos do mal (13): Que mal é este? É o mal que, mesmo depois de ser perdoado, rodeia a vida do crente. É como se o mal estivesse sempre presente dia após dia. Ao pedir ao Pai que não nos deixe cair em tentação (algumas traduções diz: não nos induza à tentação), mas livra-nos do mal, devemos entender que: o mal vem do maligno e não de Deus. Tiago diz: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta” (Tg 1.13). O maligno que arrebata a boa semente que foi semeada no coração (Mt 13.19). Por isso este último pedido deve ser feito assim: Pai livra-nos de cair nas tentações que o maligno nos traz. Cônscio de sua própria impotência e fraqueza, o filho de Deus volta-se ao Pai, pedindo que ele livre seu filho do poder aliciador do maligno. Permanecer longe do mal só é possível pela mão salvadora e protetora de Deus.
Por isso O “Pai nosso” é mais que uma oração. É uma lição de como devemos orar.
A partir do momento que eu buscar a Deus não para ser visto pelos homens e ser aplaudido por eles, mas para ser visto por Deus. Para honrá-lo, glorifica-lo e humildemente pedir suas benções então serei um verdadeiro filho. Serei abençoado. A partir do momento que eu buscar a Deus não de forma mecânica e vazia, usando palavras sem pensar, que não significam nada para mim, que não quer dizer o que realmente sou e o que sinto. Mas, para dizer verdadeiramente que ele é meu Pai e que eu sou teu filho. Por isso ele tem primazia e eu dependo dele. Então serei abençoado.
Após serem colocadas nossa preocupação em relação à gloria de Deus, seguem as questões pessoais. Momento de expressar toda nossa humildade e dependência diante do pai. Nota-se que, ao colocar Deus em primeiro lugar, não significa eliminar nossas necessidades pessoais. Visto que Deus é nosso Pai, como Pai ele está preocupado com o bem estar de seus filhos. Portanto, deixar de citá-las em oração é tão errado quanto coloca-las em primeiro plano.
Novamente o indivíduo está situado diante do “Pai do Céu”, mas ele também é membro da comunidade, por isso se repete a palavra: “nosso” nas petições seguintes.
Pai dá-nos o pão de cada dia (11): Conta-se a história de um homem que fazia sua primeira viagem de navio. Os passageiros perceberam que ele não aparecia para comer às refeições, ao invés disso viram comendo bolachas. Só no último dia é que o viajante soube que, ao comprar a passagem ele tinha direito às refeições. Era necessário apenas pedir o alimento. Ele deixou de comer porque deixou de pedir. Muitos cristãos são como esse homem a bordo do navio. Passam fome porque não pedem o pão de cada dia ao Pai Celestial. A palavra “Pão” deixa de lado o luxo e o consumismo e exorta para a simplicidade e o controle dos nossos desejos. Lutero considerava o “pão nosso de cada dia” simbolizava todas as necessidades básicas desta vida, tais como: alimento, a saúde, a moradia, a bem estar da família, o bom tempo e um bom governo. Mas, além da palavra “Pão” Jesus acrescenta “de cada dia”, sugerindo "rações diárias" ou seja, dependência diária. Se usado de manhã "o pão de hoje" e se usado à noite "o pão de amanhã". Assim, devemos viver um dia de cada vez.
Perdoe nossas dívidas (12): O perdão é tão necessário para a saúde da alma como o alimento é para o corpo. Progride do material para o espiritual, “do pão para o perdão.” Esse duplo pedido constitui todo o anseio do ser humano. Pois, o homem é corpo e alma. Todo pecado constitui uma dívida perante Deus. E está divida deve ser paga. Porém ao calcular o custo desta divida percebe-se que é impagável. Por isso, o Pai nos dá o perdão gratuito. Um perdão ilimitado, compassivo e divino. Ao conceder o perdão o pai anula a acusação e cancela toda a pena imposta aos devedores. Porém este pedido está condicionado ao meu procedimento em relação ao próximo. Ou seja, para que o perdão e a graça de Deus atuem em mim é imprescindível que eu também perdoe. Contudo, persiste o fato indiscutível de que entre o meu perdão e o perdão do Pai existe uma grande diferença. É impossível comparar o perdão de Deus com o nosso.
Mas, livra-nos do mal (13): Que mal é este? É o mal que, mesmo depois de ser perdoado, rodeia a vida do crente. É como se o mal estivesse sempre presente dia após dia. Ao pedir ao Pai que não nos deixe cair em tentação (algumas traduções diz: não nos induza à tentação), mas livra-nos do mal, devemos entender que: o mal vem do maligno e não de Deus. Tiago diz: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta” (Tg 1.13). O maligno que arrebata a boa semente que foi semeada no coração (Mt 13.19). Por isso este último pedido deve ser feito assim: Pai livra-nos de cair nas tentações que o maligno nos traz. Cônscio de sua própria impotência e fraqueza, o filho de Deus volta-se ao Pai, pedindo que ele livre seu filho do poder aliciador do maligno. Permanecer longe do mal só é possível pela mão salvadora e protetora de Deus.
Por isso O “Pai nosso” é mais que uma oração. É uma lição de como devemos orar.
A partir do momento que eu buscar a Deus não para ser visto pelos homens e ser aplaudido por eles, mas para ser visto por Deus. Para honrá-lo, glorifica-lo e humildemente pedir suas benções então serei um verdadeiro filho. Serei abençoado. A partir do momento que eu buscar a Deus não de forma mecânica e vazia, usando palavras sem pensar, que não significam nada para mim, que não quer dizer o que realmente sou e o que sinto. Mas, para dizer verdadeiramente que ele é meu Pai e que eu sou teu filho. Por isso ele tem primazia e eu dependo dele. Então serei abençoado.
Deus abençoe
Pr Saulo César
Pr Saulo César
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