segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A MULHER ENCURVADA

Há um ditado que diz que depois da tempestade vem a bonança. Este ditado é bem real em nossas vidas.
Sempre depois de uma forte chuva vem o sol e o arco-íris. Sempre depois de dias chuvosos o verde fica mais verde as plantas começam a brotar e o agricultor passa a plantar.
O salmista diz que o choro pode durar uma noite mais a alegria vem pela manhã (Sl 30.5).

Por isso, quando o sofrimento é longo não se pode achar que não passará, ao contrário, com base na duração, devemos pensar que a benção está próxima.

O texto que lemos fala de uma mulher que vivia encurvada. Porem, um dia essa mulher, teve um encontro com Jesus e teve sua saúde restabelecida.
Para compreendermos bem a história e tirarmos boas lições para nossas vidas vamos examinar as seguintes cenas:

1. UM ESTRAGO – Causado pela obra maligna (10-11).
Na vida de uma mulher:
• Pode-se imaginar que, quando menina, os seus passos eram firmes e ligeiros, que tinha belo sorriso, olhos brilhantes e andar ereto. Mas, com o tempo este estado foi dando espaço para a enfermidade.
• Uma enfermidade que a rebaixava. Sua coluna se curvou, seus músculos apertaram, de modo que ela sentia seu corpo cada vez mais penso para frente.
• Assim sendo, ela não podia contemplar a beleza do céu ensolarado nem as estrelas numa noite enluarada. O seu horizonte era limitado. Talvez, sua vista, por mais que tentasse, alcançava apenas alguns metros adiante.
• Seu problema se tornou crônico. Já fazia parte da sua vida. Dezoito anos! Poderiam ser anos de felicidade de vida alegre. No entanto, foram dezoito anos de dor, encurvados até a terra.
Oprimida pelo inimigo:
• Porém este estado físico que tanto atormentava esta mulher não foi causado por um problema comum, um acidente ou uma doença, seu problema de saúde tinha causa espiritual.
• Havia um espírito maligno que mantinha encurvada para baixo, em direção ao pó da terra. Num momento da sua vida, o Diabo deu um nó que ela sozinha não conseguia desatar. A ação e maldade do Diabo causaram o estrago e dor no seu coração e ela ficou atada sem poder levantar a cabeça por dezoito anos. Aqui não se trata de possessão, mas opressão. Satanás não tomou posse dela, ele a oprimia.
• Satanás fizera muita coisa contra a pobre mulher, mas já realizara tudo o que podia. Assim como aconteceu na vida de Jô, onde sua ação era limitada. Também no caso dessa mulher; Satanás a sujeitara, mas sem matá-la.
• Podia encurvá-la em direção à sepultura, mas não podia forçá-la a entrar nela; podia fazê-la encurvar-se até ficar dobrada pela metade, mas não podia lhe tirar a pobre vida; com toda a astúcia infernal, não podia fazê-la morrer antes do tempo.
A verdade é que existem muitos que estão na mesma situação desta mulher. Pessoas que no passado foram saudáveis e alegres e hoje andam encurvadas e tristes.
Raras vezes, ou nunca lêem a Bíblia, raras vezes oram, raras vezes vêem à igreja. Nessas vidas não existem mais comunhão com o Pai nem com o seu povo. Assim como esta mulher, parecem crescer para baixo, se afundam cada vez mais.
Mas, assim como acontecia com aquela mulher, o Diabo não poderá destruir você, filho de Deus. Ele pode feri-lo, mas não matá-lo. Você pertence a Cristo, e ninguém poderá arrancá-lo das mãos dele.

2. UMA RESTAURAÇÃO – Operada pela mão divina (12-13).
Quando a mulher entrou na sinagoga:
• O texto inicia dizendo: “Certo sábado Jesus estava ensinando numa das sinagogas, e ali veio uma mulher”.
• A opressão trazia vários problemas àquela mulher:
• Problema espiritual, pois ele vivia debaixo de um governo maligno – atormentada e oprimida;
• Problema físico, pois sua enfermidade muitas dores e desconforto.
• Problemas emocionais, pois por ser notada apenas por sua deformidade física ela sentia excluída, humilhada e abatida. Esses sentimentos davam a ela complexo de inferioridade e baixa auto-estima.
• Mesmo assim ela teve força para ir à sinagoga
• Aonde mais ela poderia ter ido? Qual proveito obteria ao permanecer em casa? Na casa do pai, embora estivesse encurvada, ao menos poderia sentir um pouco de consolo.
• Ela poderia ter dito: "Para mim é muito difícil ir à um lugar público; devo ser isentada disso". Mas não, ali estava ela.
• Durante todo esse tempo, mesmo oprimida, ela permanecia filha de Abraão. O Diabo a amarrara como boi ou jumento, mas não podia lhe tirar a filiação. Ela permanecia filha de Abraão, continuava uma crente que confiava em Deus.
• O Diabo sabe que o oprimido, ao ouvir a palavra de Deus, pode escapar de suas mãos. Por isso, ele não quer ninguém não tenha contato com ela.
• O Diabo pode construir sua masmorra com alicerces profundos e pesadas pedras. Ele pode prender e escravizar por dezoito anos, mas toda obra diabólica pode ser totalmente destruída pelo Senhor num segundo.
Mas, quando entrou na casa de oração recebeu a liberdade porque ali.
E foi vista pelo restaurador:
• Os outros até poderiam vê-la, porém a ignorava, ela não tinha nenhuma importância para eles. No entanto, o olhar gracioso do Senhor recaiu com atenção sobre ela. Você se sente sozinho mesmo entre a multidão? Porém, não se desespere, pois ainda lhe sobrou um amigo.
• A primeira coisa que lemos a respeito de Jesus é que ele a viu. Seus olhos vivos não a deixaram passar despercebida. Mas, ele não a viu da mesma maneira como os outros viam. Ele viu o seu caráter e sua história.
• Ninguém contara a Jesus, mas ele sabia dos dezoito anos, ele sabia como ela foi atada, o quanto sofrera, e como a enfermidade a oprimia dia após dia.
• Ele conhecia cada pensamento do seu coração, cada desejo da sua alma. Em um só minuto ele lera sua história e lhe compreendera o caso.
• Jesus ocupa a posição de onde consegue perceber os que estão encurvados. Por isso, Ele a chamou para si. A mulher, mesmo encurvada até o chão, subiu até onde o senhor estava. Movimentando com dificuldade, envergonhada, mas na direção de quem a chamou. Assim como estava, tal como era, encurvada e enferma chegou ao Mestre. Não disse nada, não deu nada e foi curada e liberta.
Os dezoito anos de cativeiro serviram para demonstrar o poder da graça de Jesus. O grande pregador do passado Spurgeon ao pregar sobre este texto diz: “Eu gostaria de ter estado presente naquele dia para poder ouvi-la”. O Diabo sentiu, por certo, que desperdiçara todos os seus esforços. Ele deve ter lastimado pelos dezoito anos perdidos, pois, assim ele só a reservou para proclamar o poder maravilhoso de Jesus na sua vida.
Seu coração estava de bem com Deus, pois no momento em que foi curada, começou a glorificar a Deus. O louvor estava aguardando, em seu espírito, a alegre oportunidade.
Meu irmão, o Diabo às vezes sugere que você é inútil e que deve continuar sendo inútil, mas Deus acha. Embora você se considere entre os últimos Jesus te ama de modo nenhum te lançara fora.
3. UMA VERGONHA – Sentida por um homem insensato (14-17).
Insatisfeito com a cura:
• O dirigente da sinagoga, zangado porque Jesus havia curado a mulher enferma no dia de sábado. Indiretamente ele atacou Jesus ordenando ao povo que não fosse no sábado para pedir uma cura qualquer.
• Ele quis por dia para a cura. Para a benção. Para Deus atender. Hoje se vê também esta pratica: DIA DA PROSPERIDADE- DA LIBERTAÇÃO – DO NAMORO etc
• Existem correntes que duram vários dias se você faltar um dia não recebe mais a benção. Hoje em dia tem igrejas evangélicas fazendo ATÉ novenas. NÃO SE DEVE MARCAR DIA PARA A BENÇÃO.
E pela resposta de Jesus;
• Está história termina dizendo que um dos grupos que ali estavam ficou envergonhado e o outro alegre. Porém, o causou vergonha em um dos grupos foi a cura da mulher e sim a resposta dada por Jesus àqueles que o criticavam.
• Se um homem, por pecador que seja não “deixaria um boi amarrado passar sede". Assim também é imaginável que Jesus não venha a se compadecer de uma vida que está presa.
• A vida de um homem vale mais do que a de um animal. A bondade de Cristo é infinitamente maior do que a do homem. Se Jesus Cristo veio ao mundo com o propósito de desfazer a obra do Diabo; e assim, quando viu a mulher como se fosse um boi amarrado, disse: "Vou soltá-la”.
Conclusão:
• O Senhor, ao contrário do Diabo, que escraviza, liberta. Ao contrário que diz que não tem mais jeito ele dá cura. Ao contrário do Diabo que diz que já é tarde ele diz “não importa o tempo (dezoito anos) de sofrimento, de escravidão, eu vim para que tenha vida e vida abundante”.
• Jesus o ama com amor eterno: ele não o desamarrará? Você pertence a ele. É ele quem percorre colinas e vales para achar a ovelha perdida? É ele quem espera o filho arrependido voltar. Sendo assim, não livrará a filha cativa? Seguramente que sim. Pode confiar que sim.
Deus abençoe
Pr Saulo César

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