segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

NATAL


· Certo casal muito bem vestido estava almoçando em um restaurante caro em uma movimentada Rua de São Paulo quando uma amiga aproximou da mesa e perguntou: “Qual é o motivo da comemoração?” O marido respondeu: “o aniversário de um ano de nosso primeiro filho”. “Mas, onde está o bebê?” Perguntou a amiga. Então a mãe respondeu: “Deixamos na casa da minha mãe. Se viesse conosco não nos deixaria aproveitar a festa”.
· Que ridículo. Comemorar a festa de aniversário sem o aniversariante. Porém é real. Muitos comemoram o nascimento de Jesus sem a sua presença.
MAS, A VERDADEIRA MENSAGEM DO NATAL É CHEIA DE BOAS ESPECTATIVAS.
Quais eram as suas expectativas para este natal? O que você esperava? O que você esperava aconteceu?
Quando lemos a historia que envolve o nascimento de Jesus vemos que Deus muda as expectativas humanas.

Ele mudou os planos de Maria e José

1. UMA VIRGEM GRÁVIDA - Maria ainda noiva e virgem fica grávida (Lc 1.26-38);
· Imaginamos uma linda jovem, ainda virgem, noiva e de um jovem carpinteiro chamado José, numa cultura onde os noivos eram protegidos e vigiados pela família, pela sociedade e pelos religiosos.
· A família por mais humilde que fosse queria para a filha um casamento honroso com um homem bom e trabalhador. A sociedade também queria participara deste momento alegre aceitando o convite para as núpcias e aguardando ansiosamente o momento da festa do casamento.
· Em Israel um noivado significa muito mais que entre nós. Pois, mesmo antes das núpcias a noiva já era considerada legalmente esposa do noivo. Tanto que se um noivo morria, a mulher era considerada “viúva”! O casamento propriamente consistia apenas na solene cerimônia de levar a noiva para a casa do noivo.
· A tradição da religião judaica que prezava um casamento onde os noivos deveriam se manter puros, sob pena de apedrejamento, caso descumprissem as leis.
José queria deixá-la, porém Deus interferiu (foi orientado ficar) (Mt 1.19-25);
· Maria, a única que sabia da verdadeira situação, não foi capaz de convencer José da decisão de deixa - lá. Para isso José pensava distanciar-se de sua noiva em secreto para que ela não fosse difamada,
· Nessa circunstância incrivelmente tensa, na qual pareciam sobrar para José e Maria apenas o adultério e a vergonha, tornava-se necessária a intervenção de um poder maior, a saber, o poder do próprio Deus!
· José ouviu da boca do anjo do Anjo que o filho não é uma criança de origem pecaminosa mais milagrosa, ou seja, era gerada pela ação do Espírito Santo.

2. UMA VIAGEM INESPERADA - O casal deixa Nazaré e vai para Belém (2.1-5);
· “Naqueles dias” é uma expressão geral que não informa nem o dia nem o mês nem ano do nascimento de Jesus
· Parece que os evangelistas que escreveram acerca de Jesus não estavam nem um pouco preocupados com os dia e hora do nascimento, mas, unicamente despertar fé a fé do povo.
· Sabe-se que foi “na plenitude do tempo” (Gl 4.4). Na época do mais poderoso e extenso império mundial, o Império Romano.
· Nesta época o Imperador César Augusto decreta que todos que fazem parte do império alistarem-se nas suas cidades de origem. José e Maria que eram descendentes de Davi saíram de Nazaré e caminharam cerca de 50 Km, com Maria perto de dar a luz, para se alistarem em Belém.
3. UMA MATERNIDADE IMPROVISADA - Em Belém Maria dá à luz numa estrebaria(2.6-7);
· Lucas assinala “não havia lugar para eles (autois) na hospedaria”. Essa forma de expressão chama a nossa atenção, pois se Lucas tivesse apenas afirmar que a hospedaria não era capaz de acolher mais ninguém, teria escrito: “Não havia mais lugar na hospedaria”. Mas, enfatiza que para eles não havia lugar.
· Talvez pela condição que se encontrava o casal, em vista da iminente hora de nascimento do menino Jesus, para eles não havia lugar.
· Por meio do fato de que para o Senhor não havia qualquer hospedaria, cumpriu-se também a palavra: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11). Por isso tiveram seu filho numa estrebaria.
· Outra consideração além do local do nascimento é o local que Jesus foi colocado após o nascimento. Qualquer casal, por mais pobre que seja, deseja que seu filho seja colocado num berço macio e quente.
· Mas, nosso redentor teve uma manjedoura (um coxo de comida para o gado) como local do seu primeiro repouso.

APLICAÇÃO:
1. Para a gravidez Maria disse sim: “Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.” (Lucas 1:38).
2. Para desejo de ir embora e deixar Maria grávida José disse não: “Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.” (Mateus 1:24-25).
3. Para o decreto imperial de ir para Belém o casal disse sim: “José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.” (Lucas 2:4-5);
4. Para o lugar do nascimento do filho na estrebaria o casal disse sim: “Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lucas 2:6-7).
É impressionante a grande falta recursos humanos para o nascimento do salvador. O mundo deu as boas-vindas ao salvador com uma manjedoura e o despediu com uma cruz!

Será que estamos (como indivíduos, como família, como igreja) preparados para mudar nossos planos e projetos e ajusta-los de acordo com as expectativas de Deus.
Deus abençoe
Pr Saulo César

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

TESTEMUNHANDO O DEUS VERDADEIRO

Don Richardson em seu livro fator Melquisedeque conta que certa tribo da América Central que adorava o Deus sol mudou de idéia, pois certa vez quando estavam cultuando o sol uma simples nuvem cobriu a sua luz. Então levados pela lógica passaram a cultuar o Deus que criou o sol. Porém nem todos chegam a esta conclusão, muitos povos, assim como foi na época de Paulo, ainda hoje, não conhecem à Deus. Povos que acreditam que comendo os corpos das pessoas que morrem faz com que estas permaneçam sempre com elas. Casais que quando nascem filhos gêmeos, sacrificam um deles por acreditarem que um é amaldiçoado. Pessoas que roubam e matam crianças para sacrificar a Deuses estranhos. Pessoas que querem reverenciam seres extraterrestres, animais e duendes.


Disse Jesus: “E recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santos e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judéia, Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

COMO TESTEMUNHA DE DEUS EM ATENAS
Paulo vivencia dois momentos:
1. O momento do Deus anunciado (16-21).
“Por que não era conhecido”
a. Apesar da intensa religiosidade:

· Atenas = "incerteza": Famosa cidade da Grécia, capital de Ática, e a pricipal sede de ensino e civilização durante o período de ouro da história da Grécia.
· Certo historiador afirmou que em Atenas tinha mais imagens de deuses espalhados pela cidade do que em todo o resto do país. Estimava que em toda cidade tinha mais de 30.000 imagens de deuses.
· Outro disse que em Atenas era mais fácil achar um deus do um homem.
· Para os atenienses ter somente um deus era sinal ignorância. Tanto que quando Paulo disse sobre Jesus e a ressurreição eles ação que se tratava de dois deuses. Um era Jesus e outro ressurreição.
Dizem que todas religiões são boas e levam a Deus. Isso é uma armadilha do Diabo.
· “Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus, não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo” (1 Jo 4:2-3).
· “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” (Tg 1:27)
A única religião verdadeira é aquela que aquela que confessa que Cristo veio ao mundo enviado pelo Pai para salvar a humanidade e toda aquele que aceitar a Ele como salvador terá seu pecado purificado e aquele que não aceitar será condenado!
b. Apesar da busca por novidades:
· O texto diz que Paulo teve problema com os filósofos epicureus e estóicos.
· Os epicureus entendiam que o prazer deveria ser o alvo do homem. Por isso buscavam a total ausência da dor.
· Os estóicos viviam na busca da auto-suficiência. Para eles o homem racional era totalmente auto-suficiente.
· Quando estes dois grupos se encontraram com Paulo disseram que ele era um tagarela, ou seja, alguém que fala como um papagaio, e propaga idéias sem importância.
· Porém, tinham também um enorme gosto por novidades: ”Então, tomando-o consigo, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas? Posto que nos trazes aos ouvidos coisas estranhas, queremos saber o que vem a ser isso. Pois todos os de Atenas e os estrangeiros residentes de outra coisa não cuidavam senão dizer ou ouvir as últimas novidades.

2. O momento do Deus rejeitado (22-34).
“Por que não era conveniente”
a. Pregado por Paulo, mas escarnecido pelo povo (23-31):
· Os atenienses colocavam Deus, em um canto, talvez para ser usado ou lembrado num momento em que os outros “deuses” não os atendessem.
· O Senhor estava abaixo da linha de consideração deles.
· Era como aquele time ruim que chuta para onde está virado. Eles chutavam para todo o lado. “Quem sabe, nenhum Deus que conhecemos e o verdadeiro! Vamos fazer mais um altar”.
Foi nesta brecha que deram Paulo entrou para falar do Deus verdadeiro.
· Paulo diferenciou o “Senhor” dos outros deuses. Pois, este Deus que para eles era desconhecido, Paulo conhecia muito bem. Atenas precisava conhecer o que Paulo anunciava.
a. Ele é o Criador, Senhor, é ilimitado no tempo e espaço (24-26);
b. Ele se faz presente e sustenta a todos, mas não pode ser visto nem tocado (27-28);
c. Ele não se assemelha aos ídolos humanos, pois é misericordioso e justo (29-31);
Assim como Jó que antes conhecia o Senhor somente pelo ouvir falar e depois passou a conhecê-lo por que teve mais contato com Ele, os atenienses também precisavam contatar o Deus verdadeiro.
Assim como os conterrâneos da mulher samaritana passaram a conhecer Jesus somente depois de ter um maior contato com Ele, assim também eles precisam deste contato.

b. Por não aceitarem mudar de vida deixaram Deus para mais tarde (32-34):
· Existem pessoas que adoram vários deuses por não conhecer o Deus verdadeiro.
· Outros adoram o Senhor de forma equivocada por ainda não terem o total conhecimento da verdade.
· Porém, tanto um grupo com o outro, na maioria das vezes, quando o Deus verdadeiro é apresentado, recusam a aceita-lo por não ser conveniente.
· Dizem que estão bem assim e que vão pensar em aceitar esse “Deus” mais tarde.
· Tem pessoas que morrem deixando Deus para mais tarde.
· Assim foi com os atenienses. Eles não quiseram mudar de vida. Ter somente um Deus era sinal de ignorância e retrocesso.

· O salmista orienta: “Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade. Por que diriam as nações: Onde está o Deus deles? No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada. Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam” (Sl 115.1-8).

· CONCLUSÃO: Não há Deus maior. Na verdade, há um único Deus digno de ser adorado - os ídolos dos povos são deuses falsos. Hoje Ele se dá a conhecer a você! “Todo o que Vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” - “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” - Ele convida: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados...”
Se você já serve ao Deus verdadeiro, abra ainda mais o seu coração. Busque sempre uma experiência maior! Disse o Senhor: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”.

Deus Abençoe
Pr Saulo César

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Igreja Cristã Evangélica de Campo grande

23 Anos – Crescendo em Serviço e Santidade

Foi em janeiro/1987 quando o Pr Natalício e sua família chegaram a Campo Grande que nossa história teve início. Depois de muitas visitas aconteceu o primeiro culto no dia 13 de setembro/87. Em março/89 juntou-se à equipe a Educadora Lourdes Severino e um ano depois a Educadora Ieda Rafael também veio para ajudar na obra. Em Julho/95 o Pr Natalício retornou para Goiás e o trabalho ficou sob a responsabilidade das duas irmãs.
Em setembro/99 o Pr Sidney Bichofe foi empossado pastor da igreja e no ano 2000 as irmãs Lourdes e Ieda Rafael retornaram para o estado de Goiás. No ano de 2005 passa a ter ajuda do Pr Paulo C. Andrade, que por dois anos auxiliou nos ministérios de evangelismo e adolescentes. No mês de janeiro/2006 chegou à igreja o Pr Saulo César, a esposa Fran e os filhos Lucas e André.
Seis meses depois, em Julho/2006, o Pr Saulo foi empossado pastor da ICE Campo Grande. Os anos seguintes foram trabalhosos, principalmente na área administrativa. No dia 11 de novembro/2007 foi realizada a Assembléia para aprovar o estatuto e eleger a Diretoria Administrativa. No ano seguinte, em Outubro/2008, o estatuto foi registrado, a igreja obteve CNPJ e conta bancária. No mês seguinte, em 16 de novembro/2008, foi realizado o Culto de Emancipação, dirigido pelo Presidente da MEAR_VP, Pr Antonio Vieira.
Vemos que no decorrer dos anos o Senhor tem derramando chuvas de benções sobre nós. Hoje, com a nossa arrecadação de dízimos e ofertas, além de cumprir sem atrasos, com as nossas obrigações mensais, podemos realizar com recursos das nossas promoções e ofertas especiais de alguns irmãos, as reformas e as melhorias no templo.
Mas, além do crescimento financeiro, nossa igreja também tem crescido em número e espiritualidade. A Igreja atualmente possui 90 membros ativos e 29 congregados distribuídos em 17 famílias com adultos, jovens, adolescentes e crianças. Temos um conselho espiritual, uma diretoria administrativa e todos os ministérios em plena atividade. Irmãos tudo isso vem do Senhor. A Ele toda honra e Gloria. Para todo o sempre. Amem!!!

Pr Saulo César da Silva

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O DOM DE DEUS

· Éfeso era uma cidade muito importante da Ásia os historiadores calculam que no primeiro século a população da cidade chegou entre 250.000 a 500.000. Havia na cidade teatros, bibliotecas, mercados e o grande Templo de Diana, a deusa grega da fertilidade, este Templo foi uma das sete maravilhas do mundo antigo.

· Em Éfeso, Paulo fundou uma Igreja que floresceu e teve dias de grande alegria na presença de Deus. Tanto que estando na prisão em Roma manda-lhe uma carta e nesta carta declara:
“E (Jesus) para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” (Ef 1.22-23).

Para a Igreja de Éfeso pudesse reconhecer a realidade de Deus dentro dela, a seguir, Paulo relata, DUAS AÇÕES NECESSÁRIAS DE DEUS.
1. DEUS CONCEDEU VIDA
“Ao homem que estava morto” (1-3).
a. VIVENDO NO PECADO:
· O principal verbo da sentença inicial é “nos deu vida”. Porém, o teor do pensamento é de algum modo interrompido por uma longa explanação do que significa mortos e as implicações do estado no qual o termo se refere (2-3).
· A vida originalmente preparada por Deus ao homem foi estragada pela sua queda por isso e sua condição natural foi deteriorada e arruinada: estando nós mortos em nossos delitos (5).
· Sua origem se encontra na queda do homem e em sua conseqüente separação de Deus (Gn 3); sua cura está na união com Cristo (5).
· A morte aqui colocada não é uma condição física, mas o estado espiritual produzido pelos delitos e pecados e pode levar também a morte física, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6.23).
b. CONDUZIDO PELO MAL:
· Tem a influencia do mundo – a tentação e as silados diabolicas – a propria natureza humana que é inclinada para os desejos da carne e a prática do mal.
· Tem a ver com a história passada, o estado presente, e a perspectiva futura e as palavras “o curso deste mundo” da a ideia de com é essa história.
· Os leitores poderão apreender melhor o que Paulo quer dizer, consultando a sua própria experiência no passado, quando era governado pelo próprio mundo, o que lhes parecia perfeitamente natural.
· Paulo afirma que o pecado não contamina apenas uma área da vida, mas toda ela. É como um vírus que invade e destrói tudo aquilo de bom que ele possui. A aparente liberdade do homem antes de ter um encontro com Cristo, não passava de escravidão. O verbo “andar” representa a totalidade da vida, ou seja, moral, espiritual e física.
· O impulsionador Desta vida não regenerada foi o próprio Satanás, o príncipe das potestades do ar, a força controladora do curso deste mundo.
· Essas forças se definem como o espírito que agora atua nos filhos da desobediência (2).
· Na verdade, não fosse a intervenção de Deus a história do homem seria irremediável, teria, há muito tempo a humanidade teria se auto-destruido, pois “com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém”.
· Paulo até procura aliviar a tristeza e a magoa que ela possa causar quando fala do pecado alheio, se incuindo no grupo de pecadores ao trocar o vós andastes do vers. 2, (que se refere aos gentios), pelo nós andamos no vers. 3 (que inclui a raça especialmente favorecida dos judeus).
c. MERECEDOR DO CASTIGO:
· Por ter essa natureza pecaminosa a expressão filhos da ira (uma expressão é judaica) que asseverando a depravação que se seguiu "queda do homem" era comumente chamada de "pecado original".
· A VIDA sem Deus e sem fé em Cristo também não acontece em terreno neutro. Pelo contrário, trata-se de uma escravização sob o poderio intelectual do mal, que prende pessoas na rebeldia e desobediência contra Deus. Disso resultam as múltiplas variedades do pecado, com as quais os humanos destroem mutuamente suas vidas. Portanto, merecedores do castigo.
Sempre digo para àqueles que visito: “Se você estiver procurando uma Igreja perfeita não vá à minha”.
Eugene Peterson Escreve: “A igreja irmãos é constituída de pecadores dos quais o pastor e é o principal”.
· A Igreja apesar de ser constituída de homens pecadores ela é lavada pelo sangue de Cristo
· As portas do inferno não prevalecerão sobre ela.
· Ela deve se deixar corrigir por Cristo:

Os apóstolos deixaram claro nas suas epístolas:
· “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” (1Co 15.22)
· “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito” (1Pe 3.18).
· O quadro sombrio que Paulo pinta do homem, cujo estado natural fica sob este domínio, agora serve como pano de fundo contra o qual as gloriosas riquezas da misericórdia de Deus são expostas:
POSSIVEL SÓ PELA SEGUNDA AÇÃO DE DEUS
2. DEUS AGIU COM GRAÇA
“dando ao homem salvação” (4-10).
a. POR MEIO DA FÉ:
· Depois das frases vós e nós todos, segue-se o, mas Deus. Nada, a não ser a intervenção de Deus pode reorientar a vida do homem para evitar o irreparável desastre, e assegurar-lhe um nobre destino.
· Pois, a fé, parte fundamental à salvação do homem, é um presente divino: “e isto não vem de vós, é dom de Deus”. Visto que a fé nasce de ouvir a palavra de Deus (Rm 10.17), ela não é algo humanamente possível.
· Dom de Deus refere-se ao dar em dose médica. Ou seja. um presente soberano que somente Deus como dono de todas as coisas pode conferir.
· Assim como homem sob a tutela do pecado é refém da morte, quando ele está sob a tutela da graça torna-se refém da misericórdia de Deus. Paulo coloca o “porém” da misericórdia divina.
· Visto que “todos” viviam segundo os padrões do pecado (“da carne”), a graça também é estendida a todos.Por meio de seu agir misericordioso Deus transformou mortos em vivos.
b. PARA NÃO SE GLORIAR NAS OBRAS:
· Paulo salienta a grandeza do amor de Deus, em empreender a salvação do homem inteiramente pela graça (8). Ele faz isso por livre e imerecida clemência. Nenhuma obra humana teria sido capaz de merecer o amor de Deus.
· Entendemos a partir daí que a plenitude de Deus na vida do homem não é um direito, mas dádiva. É unicamente graça.
· Não das obras, ou seja, “não vem de vós”, pois a tendência do homem natural e de vangloria-se daquilo que tem e do faz. Mas, no plano da redenção divina esta gloria não tem vez.
· O “não de vós” e “não por obras” refuta tudo o que o ser humano visa realizar “a partir de si” para sua salvação. Com isso Deus exclui e torna vã todo e qualquer “gloriar-se”
c. E NÃO BARETEAR A GRAÇA:
· DEVEMOS REALIZAR AS OBRAS: Porém, Paulo traz um novo ensino ao homem pleno. Ou seja, ao criar o novo ser humano em Jesus Cristo, também abre o espaço para a realização das obras, as quais anteriormente ele devia ter andado.
· As obras das quais Paulo fala neste verso não são inventadas pelos crentes, mas dadas pela direção de Deus, que Deus previamente estabeleceu e preparou para que andássemos nelas".
· PAULO DISCORRE SOBRE ESTE TEMA EM ROMANOS: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.” (Rm 6:1-13)

Conclusão: Aquele que recebeu vida pela ação da graça de Deus deve ser grato à Ele e se entregar por inteiro, sem restrições. Deve ser operoso, produzir bons frutos, pois pelos frutos se conhece a boa árvore (Mt 7.18-20).
Deus abençoe
Pr Saulo César

ELISEU

·Você já passou por situações que teve que decidir entre o certo e o errado? Você já pegou troco errado e pensou que era Deus que abençoava. Ou colou na prova e pediu para Deus te ajudar? Ou mentiu e orou para ninguém descobrir. Ou fez algo errado e incluiu Deus no seu erro. Lembra de Jacó. “Deus me ajudou e eu consegui logo a caça” (Gn 27.20).

· Eliseu, um dos maiores profetas de Deus sobre Israel, discípulo de Elias, teve um ministério marcado por muitos milagres e maravilhas. Tudo isso foi porque Eliseu soube como ninguém tratar os assuntos terrenos numa esfera superior, pois entendia que tudo que fazia estava acima das questões terrenas.
Por viver bem pertinho de Deus e por estar em plena comunhão com o Senhor, Eliseu vivia literalmente em lugares altos.
O texto que lemos registra uma história fascinante. Eram tempos de batalha entre a Síria e Israel.
Mas, em três momentos desta história, Eliseu pode interferir e agir com sabedoria.
Por estar em lugares altos, em plena comunhão com o senhor:
1. ELISEU ALERTOU O REI (DE ISRAEL).
“Não tome este caminho” (8-14).
O (plano) inimigo foi frustrado e povo de Deus salvo.

· O rei da Síria depois de se aconselhar com seus oficiais, determinou que em tal lugar faria emboscada contra o exercito de Israel. Mas o profeta Elizeu mandou dizer ao rei de Israel que evitasse esse local, pois ali estava a emboscada. E assim foram várias vezes.
· OUVIR O PROFETA FEZ TODA A DIFERENÇA: Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e sereis bem sucedidos. (2Cr 20.20b).
· O rei sírio inconformado e irado determinou a seus oficiais que descobrissem o delator. Aquele que o traia, pois seus planos eram todos frustrados.
· Então um dos seus servos lhe informou que em Israel havia um profeta de Deus chamado Eliseu e este sabe tudo o que fazes e conta ao rei de Israel até o que o senhor fala no teu quarto.
· O servo usa uma figura de linguagem que se refere aos pensamentos e palavras mais pessoais. Ou seja, o rei precisava saber que tudo que fazia não era segredo pára Deus.
· Ao ser informado sobre o papel de Elizeu o rei da Síria determinou a seus soldados que o buscassem e o levassem preso e o entregassem em suas mãos. Parece que o comportamento do rei sírio ultrapassa a lógica ao caminhar para uma irracionalidade meramente humana, pois se o profeta adivinhava os seus planos, adivinharia também a sua intenção de aprisioná-lo.
DEUS SABE TODAS AS COISAS: Precisamos lembrar de que nada do que fazemos, dizemos, ou pensamos é oculto do Senhor. “Todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hb 4.13).
HENRY BLUNT (escritor inglês) afirma: “Dizemos que Deus vê tudo, ouve tudo, sabe tudo e vivemos como se Ele fosse absolutamente cego, surdo e ignorante”.
Por ver acima dos limites dos olhos:
2. ELISEU ENCORAJOU O MOÇO.
“Não temas, pois somos muitos” (15-18).
O moço viu o exército de Deus e o exército inimigo ficou cego.
Eliseu disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.
· Como não temer? Os sírios cercaram Dotã com cavalos e carros e um numeroso exército. O jovem servo de Eliseu ficou apavorado, pois não podiam escapar. Mas, o profeta tinha uma visão que o seu servo não tinha. Podia ver um exército muito mais forte numeroso e que os defendia. Os cavalos de Deus são de fogo e mais poderosos do que os cavalos de carne, e os carros de fogo mais temíveis do que os carros de ferro.
O livro dos salmos diz: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Sl 34.7).
O salmista da a certeza: “Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o Senhor, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre” (Sl 125.2).
Paulo diz: “A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Ef 6.12);
· “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” (Rm 8.35-37)
João expressou: “Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo 4.4).
O mesmo acontece hoje em dia. Os inimigos do crente e da igreja são fortes e numerosos. Eles querem destruir o povo de Deus. Mas, o servo de Deus não tem por que temer. Ao nosso lado se encontra forças invisíveis e poderosas.
Precisamos considerar que nossos aliados são mais numerosos e poderosos do que as forças do diabo.
Por andar acima das questões terrenas:
3. ELISEU SEMEOU A PAZ (NA TERRA)
“Dê aos inimigos pão e água” (19-23).
Ao invés da espada foi oferecido o perdão.
Samaria, capital do reino do norte (Israel), ficava a cerca de quinze quilômetros de Dotã. E foi para lá que Eliseu conduziu o cego exército sírio. Lá chegando Eliseu abriu-lhes os olhos e eles passaram a ver e o rei pretendia mata-los.
Mas, atendendo a sugestão de Eliseu o rei ofereceu um grande banquete;
· O perdão que o rei de Israel concedeu aos soldados proporcionou uma vitória maior do que a que ele esperava ganhar se os tivesse matado.
· O sábio disse em provérbios: “Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber, porque assim amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça, e o SENHOR te retribuirá.” (Pv 25.21-22).
· Jesus disse: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.
· Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” (Mt 5.35-45)
· Paulo disse: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” (Rm 12.21).

Conclusão: “O SENHOR é a minha fortaleza, faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente” (Hc 3.19).
Deus abençoe
Pr Saulo César

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A multiplicação dos pães os fariseus e os discípulos

Jesus havia acabado de oferecer um belo banquete no deserto a uma grande multidão que viera de longe e não comia havia três dias.
· Lá no deserto, os discípulos fizeram uma pergunta ao Mestre: “poderá alguém fartar de pão esta multidão?”. Ao alimentar a multidão com sete pães e alguns peixinhos Jesus responde: SIM TEM ALGUÉM QUE PODE.
Mas, depois de um belo banquete Jesus teve que promover duas belas faxinas
A primeira com os fariseus e a segunda com os discípulos.
Com os fariseus temos:

1. UM PEDIDO NEGADO (11-13).
POR SER MAL INTENSIONADO.
a. FEITO COM A INTENÇÃO DE DESAFIAR E TENTAR:
Desafiavam porque não entendiam os milagres como divinos, mas como um desafio à sua autoridade. Por isso, como alguém que aceita um desafio, eles vão ao encontro de Jesus assim que ele pisa na praia.
· O encontro não teve uma conversa educada, como se pedisse: “Mestre, por favor, mostre um sinal para gente”, não era nada disso a idéia era de uma discussão hostil, desqualificada e desafiadora, tipo: “se não mostrar não creremos”.
· Eles não exigiram o sinal porque duvidavam da capacidade de Jesus, mas exatamente porque seus sinais se tornara fato. Os milagres eram notórios.
Mas, além de desafiar, o pedido também tinha a intenção de tentar. Buscavam “um sinal”, não um que ocorreu antes, mas um sinal feito agora, diante dos seus olhos. Por encomenda. "Ou faz ou é desacreditado".
· Se Jesus atendesse o pedido, algo que eles não consideravam, ele também seria refutado, pois em Dt 13.2-6 existem dois fatos que poderiam desacreditar um profeta o primeiro era anunciar um sinal e prodígio e o segundo era depois que o prodígio se realizasse levar o povo a se afastar de Deus. Por isso, para desacreditar e influenciar o público de que Jesus era o maioral dos demônios era necessário encontrar fatos que comprovasse que Ele era contrário a Deus.
A solicitação deles não era honesta e por isso foi recusada.
b. PORQUE FOI FEITO POR QUEM NÃO MERECIA CRÉDITO: O fato de pedir sinal não constitui pecado. Moisés pediu sinal, Gideão pediu um sinal, o salmista pediu sinal (Sl 86.17). A própria cura do paralítico em Mc 2.10 foi para dar aos incrédulos a prova que Ele tinha poder. Mas, a estes Jesus não deu nenhum sinal.
· Houve um gemido, como "um inspirar", tirando do intimo a força para questionar e negar uma proposta absurda: “Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que esta geração (perversa) não receberá sinal algum". Diante dele havia apenas um grupo, porém, por traz havia uma geração. Geração que tinha atrás de si um caminho repleto de milagres, porém resistente perversa e corrompida como diz Paulo (Fp 2.15). Que vêem, mas não enxergam e, em meio à sua escuridão, dizem: “Nós vemos!” (Jo 9.39-41). Que fazem proposta indecente como a da cruz em 15.32: “Desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos!”
Tanto aqui como lá na cruz temos de considerar que o maligno estava presente.
Por serem assim Jesus diz não e se retira do meio deles.
Com os discípulos temos:
2. UM CONSELHO ESCLARECIDO (14-21).
POR SER MAL ENTENDIDO
a. POIS PENSARAM NO PÃO MATERIAL:

Era costume levar provisões para as viagens. Talvez, pudesse supor que os discípulos não levaram pão para ver outra multiplicação, mas não se pode dizer que foi isso, e sim porque a partida do local anterior foi rápida. Porém quando entraram no barco Jesus alertou “cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes”.
· Literalmente o fermento é uma massa estragada usada para fazer a massa boa crescer. O assim que o fermento é aplicado, pelo seu alto poder influência, mesmo em pequena quantidade, ele impregna totalmente a massa fazendo com que ela cresça. Portanto, o fermento, pelo seu alto poder de contágio, pode ser usado tanto para o crescimento do bem, como para o crescimento do mal.
· Neste caso, a dureza do coração dos fariseus ainda estava fresca na memória de Jesus e, ao mesmo tempo, a cidade que surgia no horizonte era Tiberíades, lugar amado por Herodes. Tanto os fariseus quanto Herodes tinham a mesma intenção, caluniar e desacreditar Jesus diante do povo e manda-lo para a cruz. Esta natureza contrária a Deus, de não ver, não compreender e perseguir resulta no mal “fermento”.
· Jesus tinha os olhos bem abertos para esta situação, por isso o que incomodava não era o fato de estarem levando apenas um cesto de pão, mas a proximidade deles com os ensinos dos fariseus e a crueldade de Herodes, porém, os discípulos ainda não tinham esta percepção.
· Por isso, não entenderam, ao contrário “discorriam entre si” pensando que Jesus falava do fato deles não estar levando pão. Ou seja, eles não tentaram tirar suas dúvidas com Jesus, mas o excluíram da conversa. Aqui já se vê a ação do fermento e a palavra de advertência do mestre se torna real.
Porém com os discípulos o tratamento foi diferente àquele dado aos farizeus. Aos fariseus Jesus resolveu abandonar, eles porém, receberam infinita paciência do Senhor.
b. JESUS QUERIA DAR A ELES O PÃO ESPIRITUAL:
O ponto de Jesus é outro. Enquanto os discípulos estão preocupados com alimento material, Jesus está preocupado com aquilo que os líderes religiosos vêm dando como alimento espiritual. O ensino dos líderes religiosos, que parecia talvez à primeira vista inofensivo, era de fato podre.No milagre da multiplicação os discípulos entenderam que Jesus ”apenas” matou a fome, porém objetivo ultrapassa o matar a fome do corpo, pois era uma revelação para entenderem que Cristo é o pão da vida que supriria a fome espiritual do mundo.
Sobre isso Jesus faz varias perguntas seguidas: Por que
conversam sobre o não ter pão? Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais?
· Está em questão toda a atitude em relação a Jesus. Compreender quem Jesus era deveria ser o principal motivo deles estarem com ele. Se não houver este conhecimento abre-se um abismo entre Jesus e eles, e ai vem o perigo de ficar do lado dos fariseus.
Jesus reaprende com mais duas perguntas (retóricas): Quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam eles: Doze! E quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam: Sete! Ao que lhes disse Jesus: Não compreendeis ainda?
O que Cristo queria que entendessem era que
o poder Dele era óbvio.
ENTÃO PORQUE ESTÃO DISCUTINDO SOBRE O PÃO
SENDO QUE HA COISAS MAIS IMPORTANTES PARA SE PREOCUPAREM?
Deus abençoe
Pr Saulo César

O CAMINHO DE EMAÚS

Você já ficou perto de alguém, mas com o pensamento longe?
Você já falou com alguém que não te dava a mínima atenção?
Você já veio no culto só com o corpo, mas a mente estava longe?
É possível ser de Cristo sem estar com Ele?
Através do texto lido, quero meditar com os irmãos sobre esta possibilidade, analisando as seguintes questões:
1. É possível caminhar falando sobre Jesus sem ter esperança Nele? (13-20).
SIM! É Quando se fala sobre os fatos que envolvem seu nome, mas não percebe que Ele está vivo.
Antes de comentar sobre a possibilidade vamos analisar o contexto. .A história narrada por Lucas inicia dizendo que no mesmo dia dos fatos que foram registrados antes, dois dos discípulos de Jesus, saíram de Jerusalém a caminho de Emaús. A caminhada se deu na tarde do domingo de páscoa, terceiro dia após a crucificação e o dia da ressurreição.
· O nome de Jerusalém, a cidade de onde eles saíram, No hebraico, Jerusalém significa “ensino de paz”, no grego “habita em você paz” Literalmente o nome Jerusalém significava “Lugar de Paz”. Só que Jerusalém nunca fez justiça ao seu nome.
· O final do Salmo 122 dá a real situação que a cidade representa quando diz: “Orai pela paz de Jerusalém"! Diz o salmista.
· Jesus chega a dizer: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mt 23.37).
· Emaús cidade para onde iam era uma pequena aldeia que ficava cerca de 11Km de Jerusalém. Emaús no grego significa “termas ou lugar das águas quentes”.
Agora vamos ver por que É POSSÍVEL eles caminharem falando sobre Jesus sem ter esperança Nele?
Eles caminhavam falando sobre os fatos que envolveram Jesus em Jerusalém (13-16):
· Não estavam indo para um passeio rumo a Caldas Novas, mas, caminhavam por um caminho marcado pela tristeza e incertezas.
· Com a crucificação e morte de Jesus estavam desanimados, tristes, SEM PERSPECTIVA e esperanças. Discutiam e conversavam sobre tudo que havia acontecido nos últimos três dias, porque a tragédia do passado ainda machucava seus corações.
Mas, não perceberam que Ele estava vivo:
· Enquanto os dois viajantes conversavam sobre a morte do Senhor, Jesus literalmente se aproximou a eles. Porém o texto diz que seus OLHOS ESTAVAM IMPEDIDOS DE RECONHECE-LO.
· Da mesma forma como Maria Madalena pensou que o Jesus fosse um jardineiro (Jo 20.15) eles consideraram ser Jesus um peregrino que tinha ido até Jerusalém. O fato é que entre, outros motivos, não reconheceram o Senhor porque não tinham a noção que Jesus estava vivo. LEIA OS VERSOS 18-20
Neste primeiro ponto verificam-se duas verdades.
Primeiro: A ressurreição de Cristo não pode ser constatada por meio de um mero olhar, mas, somente e pela fé.
Segundo: Sem a crença na ressurreição de Cristo seremos os mais infelizes dos homens (1Co 15.14-19).
Mas, vamos ver outra possibilidade de ser de Cristo
sem estar com Ele:
2- É possível caminhar com Jesus sem ao menos reconhecê-lo? (21-27).
SIM! É quando se deseja a satisfação pessoal sem entender sua verdadeira missão.
Jesus se aproxima deles, caminha com eles, pergunta-lhes o motivo de suas tristezas, ouve seus problemas.
Por estarem insatisfeitos com a situação e esperarem que Jesus fosse o libertador do povo que andava escravizado pelo poder romano.
· Na verdade eles desejavam um Messias para satisfazer suas necessidades físicas e materiais e não um que visse para morrer na cruz.
· “.já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam. É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram.” (Lc 24.21-24).
· Assim como alunos sem entendimento, eles não entendiam a verdadeira missão de Cristo. Por isso após ouvi-los Jesus dá um puxão de orelhas: “vocês são tolos e lerdos para entenderem”.
· Jesus começa a explicar tudo que as Escrituras Sagradas falavam a respeito Dele, iniciando pelos livros de Moisés e os escritos dos Profetas.
· Quanto tempo Jesus falou não sabemos, mas foi o suficiente para esclarecer suas dúvidas e fazer seus corações novamente se arderem conforme o testemunho do verso 32: “Não estava queimando o nosso coração, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?”
Jesus também age assim conosco, se aproxima de nós, caminha conosco, pergunta-nos o motivo de nossa tristeza, basta que falemos com Ele.
Muitas vezes Ele está ao nosso lado e também não o reconhecemos, pois estamos cegos pelos nossos desejos e por não conhecermos as Escrituras.
Vamos ver a terceira possibilidade
3- É possível caminhar com Jesus e não ter comunhão com Ele? (28-35)

SIM! É quando se permite que Ele passe adiante sem ao menos convidá-lo para entrar.
Ao chegaram em Emaús, quando o sol se punha, Jesus fez como quem continuaria sua viajem. A aldeia chegou a conversa já tinha sido concluída.
Então Jesus disse “até logo”. Vou prosseguir viagem.
· Quantas e quantas vezes Jesus dá esta indireta e a gente deixa passar. Quantas e quantas vezes ele quis entrar em nossa casa e não o convidamos. Será que Jesus não está sempre agindo dessa for­ma? Quem sabe depois de caminhar conosco e nos ensinar o verdadeiro caminho Ele não quer ouvir de nós um "Fica conosco, Senhor".
Mas se o convite não é feito Ele segue adiante, como já fez milhares de vezes, deixando o co­ração cada vez vazio e fechado para a voz do Espírito.
· Jesus é a porta em João 10.9 diz: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem”. Mas, em APOCALIPSE 3.20 também diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”.
E os discípulos insistiram para que Jesus ficasse com eles.
· Eles fizeram um convite que ia mudar todas as possibilidades apresentadas até agora. Ao invés de deixarem o forasteiro seguir viagem eles disseram "Fica conosco".
· A generosidade lhes trouxe esperança. Porque se abriram para Jesus a oportunidade de ser benção
· Foi um convite para comunhão, pois após o convite Jesus entra com eles, sentando-se à mesa, pegou o pão e deu graças a Deus, depois o partiu e deu a eles, e neste momento seus olhos se abrem e eles reconhecem Jesus e VOLTARAM PARA JERUSALÉM.
Deus abençoe
Pr Saulo César

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO

Às vezes quando lemos certas passagens bíblicas temos a sensação que Deus coloca seus filhos em situações que, se fossem consultados previamente, não gostariam de passar. Pois a possibilidade de vitória é zero. O povo de Israel havia passado 400 anos como escravos no Egito e depois de 10 pragas Faraó decidiu libertar o povo para que as maldições sobre ele o seu povo cessassem.
Porém, logo em seguida, Faraó se arrependeu e passou a seguir Israel com todo o seu exercito para destruí-lo.Para o povo de Israel não havia mais saída. Na frente estava o mar vermelho e atrás Faraó com seu exército.
Diante da possibilidade ZERO
analisaremos as seguintes questões
1. Como o homem age diante da possibilidade zero?
a. O ímpio fica enfurecido (5-7):
• A visão do ímpio é sempre achar que Deus age loucamente. “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus” (Sl 14.1)
• A perda de milhares de trabalhadores era um golpe sério contra os egípcios. Faraó olhou para sua perda e confiou na força do seu exército. “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus. 8 Eles se encurvam e caem; nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé. 9 Ó SENHOR, dá vitória ao rei; responde-nos, quando clamarmos.” (Sl 20:7-9)
b. O descrente vacilante (10-12):
• O final do versículo oito diz que o povo saiu do Egito “afoitadamente”, ou seja, com as mãos erguidas e excesso de confiança. Agora temos outro extremo. O povo estava com medo do exército de Faraó e preferia morrer como escravo a morrer buscando a liberdade.
• Sempre havia qualquer dificuldade o povo vinha com um escárnio irônico contra Moisés “será que não tinha lugar para nossos sepulcros no Egito”. O temor fez com que esquecessem todos poderosos feitos que Deus operara a favor deles no passado recente. E ao invés da confiança deram lugar ao medo e ao desprezo. No Egito tinham murmurado, antes dos milagres serem realizados (versículo 21; Êx 6.9).
c. E o crente confiante (13-14):
• Moisés além de líder era crente. Imagine Moisés com 80 anos, enfrentando o período mais difícil da sua vida. A tarefa de libertador não era fácil. 1.º convencer os israelitas da sua liderança; 2.º convence-los a partir; 3.° convencer Faraó a deixa-los partir.
• Em todo o tempo anterior a esta situação Moisés confiou em Deus e agora, mais uma vez demonstra sua fé. “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais tornarão a ver. O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis” (Ex 14.13-14). Moisés enfrentou e suportou esse vacilo por 40 anos.
A segunda questão é:
2. Por que o Senhor coloca o homem diante da possibilidade zero?
a. Para que ímpio contemple sua glória (1-4):
• Nem as piores circunstâncias podem ofuscar a gloria de Deus. O Sl 76.10 diz: “Pois até a ira humana há de louvar-te”. Quando lemos o texto temos a informação que o povo estava ali, não porque seguiram sua convicção, ou orientação, mas porque Deus mandou: “Fala aos filhos de Israel que retrocedam e acampem junto ao mar”. O lugar onde Deus os mandou terminava numa pequena praia do mar Vermelho. Um dos motivos desta ordem era para que “O Senhor fosse glorificado e FARAÓ e todo seu exercito soubessem quem era o Senhor” (4);
b. Para que o vacilante veja sua força (13-14):
• A verdade era que Deus, além de mostrar ao ímpio seu poder e glória, também queria o fortalecimento do seu povo. Deus sempre quer fazer do fraco um forte. No final do cap. 13 temos esta confirmação: “Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito.” (Ex 13.17).
• O povo, que agia de forma vacilante, agora precisava aquietar-se para ver Deus agir. ALI JUNTO AO MAR O POVO ESTAVA SENDO PROVADO. Tiago diz que “a provação da fé, uma vez confirmada, produz perseverança. E a perseverança tem a função de nos tornar perfeitos e íntegros, em nada deficientes” (Tg 1.3-4).
• Nestas horas devemos agir como o salmista quando estava em situações difíceis. Ele olhava para as montanhas em volta de Jerusalém, vigilante a espera do um ataque inimigo e perguntava “De onde me virá o socorro?" E então segue a resposta confiante: "O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra”.
Aquietai-vos: Pare de debater – vacilar – sai da escravidão da desconfiança – vejam Deus agir.
c. Para fazer do crente um vitorioso (15-18):
• Em toda sua história Moisés sempre foi um homem manso. “Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12.3). Foi assim quando o Senhor o convocou:
a. “Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?” (Ex 3:13)
b. “Respondeu Moisés: Mas eis que não crerão, nem acudirão à minha voz, pois dirão: O SENHOR não te apareceu” (Ex 4.1).
c. “Então, disse Moisés ao SENHOR: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloqüente, nem outrora, nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua.” (Ex 4.10.).
• Se Moisés agisse como muitos de nossos dias ele seria como um “deus” que todos queriam tocar e levar seu lenço suado para casa. Mas, ao contrário ele preferia ser manso e pacato. Pena que nem todos agem assim, pois, “os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz” (Sl 37.11).
• Agora, mais uma vez Deus, assim como fez no passado, o exaltou diante de um Faraó enlouquecido e de uma multidão descrente.
• Deus, mais uma vez, quer mostrar para Faraó, ao povo e, até mesmo ao próprio Moisés, que ele era o seu homem de confiança o seu braço direito. “Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco” (Ex 14.15-16).
• Deus não quis dizer a Moisés que estava errado ao clamar, mas que a oração deve ser acompanhada por ação. O mesmo espírito de fé e coragem que teve ao clamar e pedir que o povo se aquietasse ele deveria ter para pedir que marchassem em direção ao mar.
Conclusão: Todos que ali estavam viram o mar se abrir e, Moisés conduziu o povo pelo caminho que o Senhor abriu. Faraó ordenou que seu exército perseguisse o povo pelo mesmo caminho, porém o Senhor não permitiu, e nenhum dos carros e cavaleiros do exército de Faraó, que os haviam seguido no mar, sobreviveu (Ex 14.28).
Apesar de tantos sofrimentos e lutas, a história de Deus em nossas vidas sempre tem um final feliz. Assim como mostrou ao povo de Israel, ele também, quer mostrar para mim e para você que não existe nenhuma possibilidade zero quando Ele está no controle. “Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18.14). “Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível” (Mc 10.27).
Deus abençoe
Pr Saulo César

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A MULHER ENCURVADA

Há um ditado que diz que depois da tempestade vem a bonança. Este ditado é bem real em nossas vidas.
Sempre depois de uma forte chuva vem o sol e o arco-íris. Sempre depois de dias chuvosos o verde fica mais verde as plantas começam a brotar e o agricultor passa a plantar.
O salmista diz que o choro pode durar uma noite mais a alegria vem pela manhã (Sl 30.5).

Por isso, quando o sofrimento é longo não se pode achar que não passará, ao contrário, com base na duração, devemos pensar que a benção está próxima.

O texto que lemos fala de uma mulher que vivia encurvada. Porem, um dia essa mulher, teve um encontro com Jesus e teve sua saúde restabelecida.
Para compreendermos bem a história e tirarmos boas lições para nossas vidas vamos examinar as seguintes cenas:

1. UM ESTRAGO – Causado pela obra maligna (10-11).
Na vida de uma mulher:
• Pode-se imaginar que, quando menina, os seus passos eram firmes e ligeiros, que tinha belo sorriso, olhos brilhantes e andar ereto. Mas, com o tempo este estado foi dando espaço para a enfermidade.
• Uma enfermidade que a rebaixava. Sua coluna se curvou, seus músculos apertaram, de modo que ela sentia seu corpo cada vez mais penso para frente.
• Assim sendo, ela não podia contemplar a beleza do céu ensolarado nem as estrelas numa noite enluarada. O seu horizonte era limitado. Talvez, sua vista, por mais que tentasse, alcançava apenas alguns metros adiante.
• Seu problema se tornou crônico. Já fazia parte da sua vida. Dezoito anos! Poderiam ser anos de felicidade de vida alegre. No entanto, foram dezoito anos de dor, encurvados até a terra.
Oprimida pelo inimigo:
• Porém este estado físico que tanto atormentava esta mulher não foi causado por um problema comum, um acidente ou uma doença, seu problema de saúde tinha causa espiritual.
• Havia um espírito maligno que mantinha encurvada para baixo, em direção ao pó da terra. Num momento da sua vida, o Diabo deu um nó que ela sozinha não conseguia desatar. A ação e maldade do Diabo causaram o estrago e dor no seu coração e ela ficou atada sem poder levantar a cabeça por dezoito anos. Aqui não se trata de possessão, mas opressão. Satanás não tomou posse dela, ele a oprimia.
• Satanás fizera muita coisa contra a pobre mulher, mas já realizara tudo o que podia. Assim como aconteceu na vida de Jô, onde sua ação era limitada. Também no caso dessa mulher; Satanás a sujeitara, mas sem matá-la.
• Podia encurvá-la em direção à sepultura, mas não podia forçá-la a entrar nela; podia fazê-la encurvar-se até ficar dobrada pela metade, mas não podia lhe tirar a pobre vida; com toda a astúcia infernal, não podia fazê-la morrer antes do tempo.
A verdade é que existem muitos que estão na mesma situação desta mulher. Pessoas que no passado foram saudáveis e alegres e hoje andam encurvadas e tristes.
Raras vezes, ou nunca lêem a Bíblia, raras vezes oram, raras vezes vêem à igreja. Nessas vidas não existem mais comunhão com o Pai nem com o seu povo. Assim como esta mulher, parecem crescer para baixo, se afundam cada vez mais.
Mas, assim como acontecia com aquela mulher, o Diabo não poderá destruir você, filho de Deus. Ele pode feri-lo, mas não matá-lo. Você pertence a Cristo, e ninguém poderá arrancá-lo das mãos dele.

2. UMA RESTAURAÇÃO – Operada pela mão divina (12-13).
Quando a mulher entrou na sinagoga:
• O texto inicia dizendo: “Certo sábado Jesus estava ensinando numa das sinagogas, e ali veio uma mulher”.
• A opressão trazia vários problemas àquela mulher:
• Problema espiritual, pois ele vivia debaixo de um governo maligno – atormentada e oprimida;
• Problema físico, pois sua enfermidade muitas dores e desconforto.
• Problemas emocionais, pois por ser notada apenas por sua deformidade física ela sentia excluída, humilhada e abatida. Esses sentimentos davam a ela complexo de inferioridade e baixa auto-estima.
• Mesmo assim ela teve força para ir à sinagoga
• Aonde mais ela poderia ter ido? Qual proveito obteria ao permanecer em casa? Na casa do pai, embora estivesse encurvada, ao menos poderia sentir um pouco de consolo.
• Ela poderia ter dito: "Para mim é muito difícil ir à um lugar público; devo ser isentada disso". Mas não, ali estava ela.
• Durante todo esse tempo, mesmo oprimida, ela permanecia filha de Abraão. O Diabo a amarrara como boi ou jumento, mas não podia lhe tirar a filiação. Ela permanecia filha de Abraão, continuava uma crente que confiava em Deus.
• O Diabo sabe que o oprimido, ao ouvir a palavra de Deus, pode escapar de suas mãos. Por isso, ele não quer ninguém não tenha contato com ela.
• O Diabo pode construir sua masmorra com alicerces profundos e pesadas pedras. Ele pode prender e escravizar por dezoito anos, mas toda obra diabólica pode ser totalmente destruída pelo Senhor num segundo.
Mas, quando entrou na casa de oração recebeu a liberdade porque ali.
E foi vista pelo restaurador:
• Os outros até poderiam vê-la, porém a ignorava, ela não tinha nenhuma importância para eles. No entanto, o olhar gracioso do Senhor recaiu com atenção sobre ela. Você se sente sozinho mesmo entre a multidão? Porém, não se desespere, pois ainda lhe sobrou um amigo.
• A primeira coisa que lemos a respeito de Jesus é que ele a viu. Seus olhos vivos não a deixaram passar despercebida. Mas, ele não a viu da mesma maneira como os outros viam. Ele viu o seu caráter e sua história.
• Ninguém contara a Jesus, mas ele sabia dos dezoito anos, ele sabia como ela foi atada, o quanto sofrera, e como a enfermidade a oprimia dia após dia.
• Ele conhecia cada pensamento do seu coração, cada desejo da sua alma. Em um só minuto ele lera sua história e lhe compreendera o caso.
• Jesus ocupa a posição de onde consegue perceber os que estão encurvados. Por isso, Ele a chamou para si. A mulher, mesmo encurvada até o chão, subiu até onde o senhor estava. Movimentando com dificuldade, envergonhada, mas na direção de quem a chamou. Assim como estava, tal como era, encurvada e enferma chegou ao Mestre. Não disse nada, não deu nada e foi curada e liberta.
Os dezoito anos de cativeiro serviram para demonstrar o poder da graça de Jesus. O grande pregador do passado Spurgeon ao pregar sobre este texto diz: “Eu gostaria de ter estado presente naquele dia para poder ouvi-la”. O Diabo sentiu, por certo, que desperdiçara todos os seus esforços. Ele deve ter lastimado pelos dezoito anos perdidos, pois, assim ele só a reservou para proclamar o poder maravilhoso de Jesus na sua vida.
Seu coração estava de bem com Deus, pois no momento em que foi curada, começou a glorificar a Deus. O louvor estava aguardando, em seu espírito, a alegre oportunidade.
Meu irmão, o Diabo às vezes sugere que você é inútil e que deve continuar sendo inútil, mas Deus acha. Embora você se considere entre os últimos Jesus te ama de modo nenhum te lançara fora.
3. UMA VERGONHA – Sentida por um homem insensato (14-17).
Insatisfeito com a cura:
• O dirigente da sinagoga, zangado porque Jesus havia curado a mulher enferma no dia de sábado. Indiretamente ele atacou Jesus ordenando ao povo que não fosse no sábado para pedir uma cura qualquer.
• Ele quis por dia para a cura. Para a benção. Para Deus atender. Hoje se vê também esta pratica: DIA DA PROSPERIDADE- DA LIBERTAÇÃO – DO NAMORO etc
• Existem correntes que duram vários dias se você faltar um dia não recebe mais a benção. Hoje em dia tem igrejas evangélicas fazendo ATÉ novenas. NÃO SE DEVE MARCAR DIA PARA A BENÇÃO.
E pela resposta de Jesus;
• Está história termina dizendo que um dos grupos que ali estavam ficou envergonhado e o outro alegre. Porém, o causou vergonha em um dos grupos foi a cura da mulher e sim a resposta dada por Jesus àqueles que o criticavam.
• Se um homem, por pecador que seja não “deixaria um boi amarrado passar sede". Assim também é imaginável que Jesus não venha a se compadecer de uma vida que está presa.
• A vida de um homem vale mais do que a de um animal. A bondade de Cristo é infinitamente maior do que a do homem. Se Jesus Cristo veio ao mundo com o propósito de desfazer a obra do Diabo; e assim, quando viu a mulher como se fosse um boi amarrado, disse: "Vou soltá-la”.
Conclusão:
• O Senhor, ao contrário do Diabo, que escraviza, liberta. Ao contrário que diz que não tem mais jeito ele dá cura. Ao contrário do Diabo que diz que já é tarde ele diz “não importa o tempo (dezoito anos) de sofrimento, de escravidão, eu vim para que tenha vida e vida abundante”.
• Jesus o ama com amor eterno: ele não o desamarrará? Você pertence a ele. É ele quem percorre colinas e vales para achar a ovelha perdida? É ele quem espera o filho arrependido voltar. Sendo assim, não livrará a filha cativa? Seguramente que sim. Pode confiar que sim.
Deus abençoe
Pr Saulo César

DISCÍPULO E MESTRE

CAMINHANDO JUNTOS
Jo 21.1-23

• DISCÍPULO: Pessoa que segue os ensinamentos de um mestre. No NT a palavra usada para discípulo é mayhthv mathetes e pode ser traduzida como: aprendiz, pupilo, aluno. Na prática o discípulo deve percorrer um caminho muito maior do que o caminho do aluno. Enquanto o aluno ouve memoriza e reproduz o que aprendeu apenas num contexto escolar ou de trabalho, o discípulo faz do aprendizado o seu meio de vida. Ou seja, ele não reproduz o conteúdo apenas como aquele que ouve, mas como aquele que pratica o que ouve. O discípulo recebe o ensino como algo que levará para vida toda.
• MESTRE: alguém que é qualificado para ensinar. Na bíblia um mestre é chamado de rabbi rhabbi. Termo de origem hebraica usado pelos judeus para dirigir-se a seus mestres que significa meu grande mestre ou meu ilustre senhor. Mas, também temos o termo didaskalov didaskalos que significa professor ou alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem. Mas, assim como no caso do aluno e discípulo, entre o professor e mestre também pode haver diferenças. O professor limita-se a sala de aula e nem sempre faz a conexão entre o que diz com o que faz. No caso do mestre seu ensino vai além do contexto escolar. Ele faz da sua vida a aula. Ele vive o que ensina e chama seus discípulos para andarem como ele anda.Seu compromisso não é só ensinar mas também transformar vidas.
Em Lucas 14.25-33 Jesus deixou claro que se alguém quiser segui-lo vai ter aborrecer seus familiares e ainda a sua própria vida. Tem que tomar a sua cruz e avaliar o custo. Jesus deixa bem claro estas questões para não haver a vergonha do abandono e da derrota.

Ao negar ao Mestre por três vezes, Pedro quebrou estes princípios.
Mas, olhando para o texto de João 21.1-23, verificamos que a comunhão entre o DISCÍPULO e o MESTRE foi restabelecida. POR QUE:

1. Jesus promove – SEU REENCONTRO (1-14).
Com o pescador de peixes que aceitou a pescar homens, mas que voltou para pescar peixes:
Seguindo a sugestão de Pedro “VAMOS PESCAR”, seis discípulos passam a noite toda pescando, sem apanhar coisa alguma. De madrugada, Jesus aparece na praia e dirige-se afetuosamente aos discípulos: "Filhos, tendes aí alguma cousa de comer?" Quando respondem que não, Ele manda lançar a rede à direita do barco.
A obediência à sua palavra produziu resultados além das expectativas. Com isto, "o Senhor” foi reconhecido e Pedro logo lançou-se ao mar e junto com os outros encontraram uma refeição já pronta, mesmo assim recebem a ordem de trazer também dos peixes apanhados.
Este encontro promovido por Jesus e o milagre da pesca tem o objetivo de ensinar:
a. Jesus sempre dá o primeiro passo em direção ao pecador.
b. A ineficácia do trabalho daquele não obedece ao chamado de Deus;
c. Ninguém pode confiar nas suas próprias forças.
d. Ninguém vai se perder por causa da queda e sim que não quis se levantar.
2. Jesus Solicita – UMA REAVALIAÇÃO (15-17).
Do amor verdadeiro e do trabalho aceito, mas que não foi praticado:
• O texto bíblico diz que depois de terem comido Jesus chama Pedro para uma conversa particular. A figura do pescador e dos peixes é agora substituída pela do pastor e pelas ovelhas.
• Pedro que havia negado o Mestre três vezes. Agora é obrigado a afirmar três vezes o seu amor. Amas-me...? No original o grego usa para o termo amor duas palavras: A primeira é agapao usado para expressar um amor intenso e terno. A segunda forma grega de pronunciar o amor é phileo, usado para expressar carinho ou cuidado que sente por alguém. Seria um “eu gosto de você”.
• No encontro que teve com Pedro Jesus perguntou por duas com amor AGAPAO. Porém Pedro respondeu com amor PHILEO. Porém na terceira vez no vers. 17, Jesus emprega o verbo phileo, "Gostas de mim?". Pedro então se entristece com esta pergunta. E confessa “O Senhor sabe tudo sim, eu gosto”.
• Será que Jesus tem algum motivo para crer que você O ama? Dizer "eu te amo", tem se tornado tão vulgar, hoje em dia. Amor, amor de verdade, não é amar de boca. Amor significa renúncia e também lágrimas. Hoje o que mais se vê é o amor sem compromisso, sexo sem compromisso. Hoje não se ama, se "fica"!
• Que motivos tem Cristo para acreditar que você O ama?
3. Jesus Sela – O RESTALELECIMENTO (18-23).
Do trabalho vocacional e do caminho estreito que foram abandonados:

• O segredo para permanecer é o envolvimento com a Missão de Cristo na Terra. Depois de perguntar três vezes se Simão O amava, Jesus pela terceira vez pediu: "... Apascenta as minhas ovelhas." (João 21:17)
• Não há maneira de permanecer firme com o MESTRE, se não se houver comprometimento com suas ovelhas. Pregue o Evangelho Pedro, testifique e ganhe almas. E esta missão não dura somente alguns meses ou anos, mas a vida inteira ou a vinda de Cristo. Pregue o Evangelho, busque almas, comprometa-se com a Igreja.
• Jesus nunca deixou de amá-lo. Jesus não busca perfeição, mas apenas um amor que seja aperfeiçoado no próprio amor... no Caminho.
• Chega uma hora quando todos os argumentos cessam e toda e qualquer promessa que possa ser dada não é suficiente. A resposta que Cristo quer ouvir é no dia a dia. Um viver com Ele. Por isso Ele pede:“Pastoreia as minhas ovelhas... E conclui: “Agora, vem, e segue-me...”

Deus abençoe
Pr Saulo César da Silva

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Salmo 73


ASAFE - UM HOMEM JUSTO e SEUS DILEMAS
SL-73.1-28



• ASAFE foi um cantor levita, mais além de cantar ele se tornou um profeta autor de 12 salmos (50 e 73 a 83), também foi regente de música e chefe dos cantores que cantavam no templo na época de Davi e Salomão (1Cr 16.4-9).

• As obras de Asafe eram conhecidas e reconhecidas entre o povo. em 2Cr 29.30 temos no tempo do Rei Ezequias, época em que Davi e Asafe já estavam mortos, a ordem do rei para que os levitas louvassem o SENHOR com as palavras de Davi e de Asafe.

O tema do salmo 73 é o mesmo assunto que os amigos de Jó não conseguiam entender, ou seja, a prosperidade dos homens maus e o sofrimento dos justos. Neste salmo Asafe da testemunho dos seus dilemas e também as respostas e conclusões que encontrou para eles. Sobre isso ele dá as seguintes declarações:

1. Os dilemas de um homem justo (1-14)
• Quando ele diz: “Verdadeiramente bom é Deus”, deixa clara que não existe dúvida na mente do salmista, no tempo atual, mas no decorrer da sua vida, houve um momento que ele não tinha certeza. Um tempo que ele quase se desviou do caminho de Deus, quando quase seus passos escorregavam para a incredulidade. Neste tempo ele chegou ao extremo de ter inveja do sucesso daqueles que não andavam com Deus. Ele declara: Os meus pés quase se desviaram:
Ao ver a prosperidade do ímpio (2-12):
• Ele invejava os arrogantes e a prosperidade dos perversos. Invejava a falta de preocupação e sossego que eles viviam. Por não terem preocupação eles eram soberbos e violentos e vaidosos.
• Falavam de forma maliciosa e altiva da violência que praticavam e contra Deus praguejavam. Em volta deles havia uma corja de bajuladores que diziam: Estes são abençoados, Deus nem toma conhecimento deles, pois a cada dia ficam mais ricos.
O sofrimento do justo (13-14):
• Ao ver tudo isso em sua volta Asafe passa a lamentar: Inutilmente conservei meu coração puro. Enquanto eles banqueteiam enquanto eu de continuo sou afligido e castigado a cada manhã.
Neste retrospecto existe algo positivo, pois através das “quase” escorregadas do passado, Asafe pode prever e se preparar para as quedas do presente e do futuro.
SUA SEGUNDA DECLARAÇÃO FOI:
2. A reflexão de um homem justo (15-20).
Nesta reflexão ele declara: A tarefa está muito pesada para mim:
Só em pensar via traição; só em refletir achei pesado o fardo; então busquei ao senhor (15-17)
• Ao refletir ele pensava: “só em pensar ou pronunciar as palavras que ouço e que sinto vontade de dizer já é traição para o meu povo”. Traição para aqueles que confiavam nele que tinham nele exemplo. Assim ele refletiu e guardou para si o peso. O peso do fardo era pesado demais para ele. Então como se antevisse o chamado do mestre que diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mt 11:28). Ao entrar no santuário, lugar de comunhão com Deus, ele viu que era um privilegiado. Ali ele percebeu o caminho que trilhava os ímpios. Ali ele foi influenciado e fortalecido por Deus.
Então percebi que no fim aqueles que se afastam do senhor serão destruídos (18-20):
• Pois, eles andam em terreno escorregadio. Estão todo momento estão sujeito a caírem. Nem ao menos podem prever o momento. Não sabem se ficarão de pé ou cairão no próximo instante; ou seja, enquanto o crente é avisado, eles caem sem aviso prévio. O fim dos maus é/está perto. Serão tomados de pavor até desaparecer. Desaparecerão da mente de Deus. Não haverá nenhuma menção a respeito deles, pois, serão aniquilados.
SUA TERCEIRA DECLARAÇÃO FOI:
3. A postura de um homem justo (21-28).
Sua postura foi: NO SENHOR DEUS PONHO MEU REFÚGIO:
Pois, quando veio a amargura fui tolo e ignorante, mas tua graça me socorreu e eu descansei em ti (21-25)
• Ao entrar na presença de Deus pecador vê o quando é desprezível. Somente nessa condição que ele pode ver o quanto é tolo ao afrontar ou questionara vontade do Altíssimo. Sua insensatez, ignorância e insensibilidade foram sentidas quando ele entrou na presença de Deus. Mas, ao contrário de sentir a repulsa e o desprezo ele sentiu a graça. O contemplar do pecado produziu nele a graça divina. Ao confessar seu estado o céu o visitou e ele pode ter a alegria e o descanso no Senhor. Tenho Deus no Céu e consolo na terra. Não preciso de mais nada!!
O meu corpo e coração podem até desfalecer, mas deus me fortalece, outros podem se afastar, eu, porém prefiro o teu lado (26-28)
• O corpo e coração poderão fraquejar. Pois, o coração do homem por mais elevado, mais santo que seja, nem sempre agüenta. Asafe foi um grande e gracioso homem, contudo, sua carne falhou. Mas, o consolo do cristão, em sua condição mais triste, que Deus é sua porção. Sua fortaleza. Nós falhamos Deus não podemos falha. Deus é nossa sabedoria, nossa honra, nossa segurança, nossa paz, nossas riquezas.
Por isso, bom é estar ao lado do Soberano Senhor.
Deus abençoe
Pr Saulo César

TOMÉ


Jo 20.19-31


Existem muitos que só acreditam vendo. Mas, porque eu devo crer que Jesus vive?
Porque, aquele que crê recebe a vida. O texto que lemos ensina esta verdade:

1. Jesus revela aos seus discípulos que está vivo (19-23).
a. Trazendo a paz; “Ao cair da tarde do primeiro da semana”, os discípulos estavam reunidos, cheios de perguntas, e medo com as portas fechadas e trancadas. Torna-se clara a nova forma de existência do Senhor Jesus. Ela é física e real que traz visíveis em seu corpo as chagas de sua morte, podendo desse modo demonstrar aos discípulos a identidade de Crucificado. Ao mesmo tempo, porém, além das leis da matéria. Atravessando portas fechadas, de repente está dentro do recinto, no meio deles.
• Não se ouve nenhum tom de recriminação. Não é feito nenhum acerto de contas. No primeiro reencontro, Aquele que foi abandonado pelos discípulos, negado por Simão Pedro, não possui nada mais que as palavras “Paz seja convosco!” A primeira palavra de Jesus foi uma simples saudação, que todas as pessoas em Israel usavam: “Paz seja convosco.” As pessoas desejavam “paz” umas às outras, sendo que a palavra “shalom” (“paz”) abrange toda a salvação. Porém agora, usada por Cristo a “paz” depois de tudo que havia acontecido torna-se uma palavra nova e especial. Jesus conquistou essa paz na cruz. Ao “mostrar as mãos e o lado”, Jesus, além de comprovar que era real, tinha também a intenção, de mostrar que foi justamente por causa dos ferimentos que recebeu, poderia chegar até eles com paz plena. Com a “paz” ele mostrava aos discípulos que nada mais havia que pudesse atrapalhar a comunhão. Tudo foi perdoado e apagado.
b. Enviando para que levem a paz; Mas, Jesus prossegue: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.” Jesus já havia falado do envio dos discípulos nos “discursos de despedida”. Naquela ocasião, porém, ainda eram palavras “proféticas”. Mas agora, depois da cruz e da ressurreição, elas se tornam realidade.
• Nesse momento “ele os estava enviando assim como o Pai havia enviado”. Ao serem enviados, os discípulos são inseridos no projeto que saiu do coração do Pai e penetrou no mundo pela entrega do Filho. Cabe lembrar que, no pensamento israelita havia uma regra, ou seja: “O enviado é como aquele que o envia.” Por isso, tanto o falar como o agir dos discípulos deveriam corresponder e apresentar as mesmas características do amor, da verdade, da humildade e do poder de Jesus. Nesse sentido, o termo “como” também é comparativo. Os discípulos, assim como Jesus, que cumpriu todos os propósitos do Pai que o enviou, deveriam também assumir e cumprir o envio do mestre.
c. E soprando sobre eles a paz. Dois princípios foram estabelecidos no envio dos discípulos.
• O primeiro foi o estar cheio do Espírito. João informa que: “havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo!” Só o Espírito de Deus concede a verdadeira visão do homem perante Deus e somente sob a palavra orientada pelo Espírito se torna manifesto o que está oculto no coração. Com Espírito de Deus os discípulos seriam capazes de perceber como o pecado leva o homem à pratica de atos condenáveis, e apesar disso amar e se sacrificar por ele.
• O segundo principio é levar o perdão: “Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados.” A expressão “perdão dos pecados”, apesar de ser vista somente aqui no evangelho de João, contudo, seu ensino pode ser constantemente visto em todo o evangelho.
• Nesse caso os discípulos deveriam ter a plena certeza de que o perdão não é apenas uma palavra que sai sem nenhum sentimento, mas sim que representa uma situação plenamente real, do homem com Deus, com ele mesmo e com o próximo. Por isso Jesus anuncia expressamente: “Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados.” Se Jesus veio para salvar, não para julgar, mas, não obstante, sua vinda também tornou-se um juízo para aqueles que não o aceitaram, a continuação de seu envio não pode ser diferente.
• Quando a remissão dos pecados não é aceita ou nem sequer desejada, os pecados permanecem tendo poder mortífero sobre as pessoas. “Não remir” se transforma em “reter” os pecados. E também nesse caso não se trata apenas de opiniões e idéias dos discípulos, porém que tenham consciência que sua ação pode levar a salvação como ao julgamento. Se tanto remir quanto reter os pecados são tão eficazes e decisivos, seria necessário que os discípulos tivessem uma premissa para cumprir essa tarefa. E esta premissa está no ter o Espírito como orientador e guia.

2. Jesus exige que seus discípulos confiem que ele vive (24-31).
a. Para que mostrem sua fé; Anteriormente a estes encontros Jesus já havia se manifestados às mulheres, porém eles não acreditaram no testemunho delas, ”apenas mulheres”, viram ao Senhor. Isso não convence (Lc 24.10-11).
• Mas, “Ora, Tomé, um dos doze” não estava presente e mesmo com o testemunho dos outros ele não creu. “ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.” Para ele, nem sequer ver a Jesus seria suficiente, pois mesmo isso pode ser mera “visão”. Com o dedo e com a mão ele quer se convencer de modo palpável que aquele que apareceu a seus companheiros realmente é o Jesus que morreu na cruz. Para Tomé a ressurreição de Jesus seria decisiva. Ainda que tenhamos as impressões mais profundas e comoventes de Jesus, de seu amor, seus milagres e ensino, tudo isso não seria suficiente para salvação se não fosse sua morte e ressurreição. Por essa razão, Tomé tampouco é rejeitado como “duvidador” por seus irmãos nem pelo próprio Jesus. Ele não “duvida” por gostar de criticar e saber melhor as coisas. Ele duvida por aflição e por ardente anseio de certeza. Por isso, mesmo não tendo a certeza ele não se separou dos demais e “Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles.”
• Em seguida, Jesus se volta e diz: “Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas (ou: não te tornes) incrédulo, mas crente.” Como em toda a sua atuação, também agora Jesus visa o pecado, a incredulidade, e não a pessoa de Tomé. Tomé não é reprimido por Jesus, mas atingido pelo seu amor. Jesus conhecia as dúvidas e indagações de Tomé. Por isso permitiu a ele ver o que os outros que não haviam crido no testemunho das mulheres, viram. Mas, permitiu também que Tomé fosse além, ou seja, fazer exatamente o que, ele havia colocado como condição para crer na ressurreição de Jesus o “colocar a mão’.
b. Para que sejam felizes; Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” Tomé compreendeu agora o que o próprio Jesus tentara mostrar aos seus discípulos: “Quem vê a mim, vê ao Pai eu estou no Pai e o Pai está em mim?”Tomé e vê em Jesus seu “Senhor” e seu “Deus”.
• Mas, Jesus tem uma palavra conclusiva para Tomé: “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste. Bem-aventurados os que não viram e creram (ou: chegaram à fé)”. Não é necessariamente uma acusação, pois, também aos outros discípulos fora dado “ver”, todos os apóstolos puderam usufruir da comunhão visível com o Ressuscitado, para serem “testemunhas de sua ressurreição” de uma forma especial. Nisso Tomé não é nem pior nem mais incrédulo que os outros. Contudo Jesus estava indo além daqueles que tiveram contato com ele. Vendo, tocando e o apalpando. Jesus estava antevendo um grupo para qual ele não precisaria aparecer e lhes mostrar as mãos o lado para que pudessem crer.
• A dois mil anos atrás Jesus visualiza a sua igreja. Multidões incontáveis “que não viram”, mas, chegarem à fé. Por isso Pedro escreve às igrejas: “A ele, não o havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória” (1Pe 1.8).
Por isso Jesus declara que esses crentes são bem-aventurados.
c. E Nele encontrem a vida. Visto que com a confissão de Tomé e a bem-aventurança daqueles que não vêem e mesmo assim crêem João estava diante de um final claro para seu evangelho, ele encerrou o livro nesse ponto com uma palavra de conclusão.
• João relata que: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro.” Ele está plenamente consciente de ter trazido somente uma seleção relativamente pequena dos sinais que Jesus realizou. Fatos que ele conhece, no entanto, não relata, pois o importante para ele é que tudo que escreveu poderia fortalecer a fé. A vontade de João é que a igreja conheça a Jesus e aprofunde neste conhecimento através dos sinais que ele descreve, para que possa crer nele de modo mais fundamentado e sensato. Pois, para que, crendo, tenhais vida em seu nome. Porque Jesus é o único que, a partir da crença Nele, pode dar vida eterna.
O “ensino” serve à “vida”, e a “vida” não pode ser separada do “ensino”, do “nome” de Jesus.
Deus abençoe
Pr Saulo César

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A DRACMA PERDIDA


A história de uma moeda que estava perdida
Lc 15.8-10



Nos últimos versiculos do cap. 14 de Lucas vemos Jesus advertindo as massas populares, que o acompanhavam no caminho, quanto as dificuldades que enfrentariam por estarem com ele (Lc 14.25-35). Seus discursos, diante da multidão, pareciam ser apropriados, muito mais para desestimular do que para encorajá-la a segui-lo. No entanto, mesmo o com “desestimulo” aparente que havia nas palavras de Cristo, gente de todos os lugares assim como publicanos e pecadores, vinham em grande número a fim de ouvir os seus ensinos. Vinham não para ver sinais, mas para “ouvir” (cf. Lc 5.1). Mas, na contramão da história havia um grupo que constrastava. Um grupo que não aceitava as palavras de Cristo. Que só vinha até ele para colocá-lo à prova e pedir sinais. Por isso, este grupo, os escribas fariseus, chegou à conclusão de que o próprio Jesus, “este”, que se põe à mesa com pecadores, só podia ser um pecador.


Para confrontá-los Jesus apresenta três parábolas. Da ovelha, da dracma perdida e a do Filho pródigo.

Na história da moeda que foi perdida e encontrada
três fatos nos chamam atenção:


1. Houve uma perda considerável (8a).
Nem tanto pelo valor, mas pelo que representava.

a. havia o valor monetário: O valor da dracma era relativo a um dia de trabalho de um homem no campo. As pessoas trabalhavam o dia todo e recebia uma dracma.
b. O valor representativo: Os abastados tinham muitas dracmas. E para quem tem 100, 500 ou 1000, perder 1 dracma seria insignificante. Mas, no caso de uma camponesa, que trabalhava muito e possuía poucas moedas, o valor monetário era muito maior. Aqui a perda, não era 1 entre 100 ou entre 1000, mas 1 entre 10.
c. O valor sentimental: Tem sido observado, na cultura oriental, que a moeda poderia fazer parte do dote da mulher. As mulheres das aldeias pobres costumavam fazer colares com as moedas que possuíam. Alguns entendem que possivelmente, esta moeda perdida, fazia parte de um colar que totalizava 10 moedas. Obviamente a perda de uma desfez toda a beleza e representatividade do colar como um todo.
Por todos estes pressupostos o valor da perda significava muito
mais do que uma simples moeda.

2. Houve uma procura diligente (8b).
Pela certeza do lugar e convicção de encontrar.
a. A moeda não estava longe: Traços culturais indicam que ao contrário do homem que poderia se locomover por toda a aldeia sem nenhuma restrição, os movimentos das mulheres eram extremamente limitados. Por isso, ao contrário da ovelha que havia se perdido na parábola anterior, a moeda não estava num lugar amplo deserto e distante, mas limitado e pequeno. Ou seja, o local da perda era sua própria casa, pois ela não havia estado fora.
b. Por isso poderia ser encontrada: A certeza do local dava a ela a convicção de poder encontrar o valor perdido. Jesus mais uma vez está rejeitando as atitudes farisaicas que diminuía certos grupos da sociedade. Assim como o pastor, os publicamos e pecadores, discriminados que eram pelos fariseus, agora ele usa a figura da mulher. Pois, ao enfatizar "ou qual é a mulher", o Senhor além de destacar a presença feminina na sociedade também destaca o seu zelo e sua persistência na procura do valor que havia se perdido.
c. Porém a procura teria que ser bem feita: A mulher investe todos os esforços para reencontrar o que se perdera. Pis o valor era dela, a casa era dela, a foi ela que perdeu então ela mesma decidiu procurar. Acendendo a lamparina: Foi a primeira coisa que ela fez, pois no escuro ficaria difícil procurar. As trevas que invadem o lar escondem os valores importantíssimos que Deus te dá. Varrendo a sujeira: Não se pode encontrar nada em lugar sujo. Por isso, as sujeiras da casa foram varridas e jogadas fora. Jogue fora toda a sujeira e maus hábitos (assim como a mulher que varreu diligentemente sua casa). Procurando com cuidado: A palavra diligentemente mostra que a procura foi com cuidado, nos mínimos detalhes. Ela não deixou nenhum lugar sem procurar. Em todos os cantos da casa tudo foi vistoriado. Não desistindo: A expressão do texto é fortíssima: “ATÉ ENCONTRÁ-LA”. Ela só parou de procurar quando encontrou. Há os que procuram os valores perdidos por pouco tempo. Dá só uma olhadinha por cima e diz que não encontrou. Mas, ele não desistiu até encontrá-la.
Quando se tem convicção de encontrar algo pedrido então busca é feita com intensidade, diligencia e esforço.

3. Houve uma alegre festa (9-10).
Porque o valor foi encontrado e a alegria compartilhada.

a. O esforço foi recompensado: Toda busca tem seu preço. Ela exige dedicação e esforço. A mulher teve recompensa dupla. A primeira foi uma festa solitária. Achei! Valeu toda a procura. Achei minha moeda perdida!
b. A alegria foi compartilhada: Mas, a alegria continua numa festa comunitária. Depois de encontrar a moeda foi tanta alegria da mulher que ela chama todas as suas amigas e vizinhas para partilharem da sua felicidade.
• O convite para participarem da festa expressa tanto a alegria quanto o desejo de compartilhar da alegria;
c. Assim na terra como no céu: O sentido, portanto, é: se uma mulher, que perde uma de suas dracmas, investe todos os esforços para reencontrá-la, como Jesus não haveria de investir todos os cuidados para reencontrar pecadores perdidos? Se a mulher convida suas amigas e vizinhas para partilharem da alegria pelo que foi reencontrado, como Jesus não teria o direito pedir que alegrem com ele quando um pecador é convertido?
Aplicação: Quais são os nossos valores? Quais os valores que mais consideramos? Pois, quando mais valorizamos, mais consideramos. Da mesma forma que a mulher identificou o valor perdido (moeda) Jesus identifica e procura àqueles que estão perdidos. É preciso identificar os nossos valores. DEUS, AMOR, COMUNHÃO, VERDADE, AMIZADE. Porque assim, se, por acaso, vierem a se perder, devem ser procurados. Pois, só procuramos aquilo que sentimos falta.
Deus abençoe
Pr saulo césar