terça-feira, 24 de agosto de 2010

FORASTEIRO EM TERRA ESTRANHA

Plenamente Identificado
Jr 29.1-14

Jeremias foi escolhido para ser profeta antes mesmo de nascer (1.5), nunca se casou (16.2) e foi conhecido como o profeta chorão (9.1-2). Iniciou seu ministério ainda jovem, perto de 20 anos (1.6-7), cerca de 625 a.C e profetizou por mais de 40 anos. Nesta época Judá estava totalmente contaminada pela idolatria e corrupção moral e religiosa. Enfim o povo de Deus estava perdendo sua identidade.

Para alertar ao povo que estava exilado na Babilonia, quanto a possibilidade de perder sua identidade com Deus, com sua cultura e nação, Jeremias manda uma carta. Gostaria de meditar com os irmãos dois pontos desta carta:

1. Uma exortação à praticarem as ordens de Deus (1-7).
a. Trabalhem na terra: “Edificai casas e habitai nelas; plantai pomares e comei o seu fruto.” (29:5). Isto é, prossigam, tanto quanto possível, nas atividades normais da existência. Pois, Deus queria que seu povo se tornasse útil na comunidade onde se encontrava.
b. Formem famílias: “Tomai esposas e gerai filhos e filhas, tomai esposas para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; multiplicai-vos aí e não vos diminuais.” (29:6). Jeremias alerta que deveriam se multiplicar: A multiplicação do povo ali naquela cidade e a não diminuição era um alento para que não se extinguisse. Tanto em relação à nação e também a fé. O desejo de Deus e que seu povo cresça abundantemente e ordenou a participação de todos para isso. Pois, povo de Deus tem que crescer e não diminuir. Crescer como família, como Igreja, como Nação Santa de Jesus aqui na terra.
c. Levem a paz: “Procurai a paz da cidade e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz.” (29:7). Os exilados deveriam levar a paz não a guerra e empenhar para que haja paz. Para isso deveriam orar pela cidade, pois assim o mal se reverteria em benção. “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;” (Mt 5.43-44).

2. Uma declaração dos motivos para as ordens de Deus (8-14).
a. Para que tenham firmeza: “Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhadores, que sempre sonham segundo o vosso desejo; porque falsamente vos profetizam eles em meu nome; eu não os enviei, diz o SENHOR.” (29:8-9). A orientação era que se apegassem a Deus e deixassem de ouvir os falsos profetas. No meio do povo, tanto no grupo que ficou em Jerusalém quanto o grupo deportado para a Babilonia, haviam alguns que se diziam profetas de Deus (como Hanani cap. 28) que anunciavam um rápido regresso ao país. Por isso a carta orientava que os exilados não se deixassem enganar pelos profetas que sonham segundo seus desejos.
b. Para que tenham esperança: “Assim diz o SENHOR: Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar” (29:10). Deus revelou um futuro e uma esperança. Setenta anos era o limite, o tempo de Deus para um novo horizonte. Tempo que Deus já havia estabelecido e anunciado anteriormente (Jr 25.11-12). Portanto teriam que aguardar com paciência a restauração sem atos precipitados. O princípio não é a inércia, nem tampouco o desespero, o suicídio ou loucura, mas, a fé no futuro que Deus marcou.
c. Para que tenham paz em mim: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais...farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exílio” (29:11-14). Deus tem planos para abençoar e não para fazer mal. As Escrituras afirmam em Isaías que Deus trabalha para aqueles que nele esperam (Is 64:4). Baseado nesta benção Paulo afirma: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito...”. (1Co 2.9-10. O salmista depois de ver seu povo livre do cativeiro proclama: “Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles. Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres” (Sl 126.1-3). Deus certamente cumprirá em nós a sua obra, pois Ele tem pensamentos de Paz (v11). Mas, para isso deveriam buscar a Deus de todo o coração (v13).
Conclusão: Deus ama profundamente o seu povo. Mas, a Palavra profética é como fogo no coração. Pode, acender a chama daquele que é tocado, mas também pode acender a ira naquele que se fecha. Jeremias pregou e alertou a nação, mas, as autoridades e o povo não receberam as suas mensagens, por isso foi rejeitado, perseguido e preso. No entanto, Jeremias também fala de um tempo, no futuro, em que Deus faria uma nova aliança com o seu povo. Essa aliança seria cumprida de livre e espontânea vontade, pois a lei de Deus estaria gravada, não em pedras mas, no coração dos homens (31.31-34).
Deus abençoe
Pr saulo césar- ICE Campo Grande

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O SALVADOR MORA AO LADO

Mas, o maligno também
Mc 5.1-20

Max Lucado na primeira parte do livro ”O salvador mora ao lado” foca a questão que “não existe alguém que Jesus não deseje tocar”. No capitulo que trata sobre pessoas atormentadas ele cita o texto acima que acabamos de ler. Ao ler o capitulo, também o texto bíblico e verificando todo o contexto da história observei que: Realmente o Salvador mora ao lado. Jesus morava em Cafarnaum, bem ao lado de onde morava o homem endemoninhado, era só atravessar o lago de genesaré e um estaria na terra do outro. Mas, apesar do homem estar tão próximo de Jesus o mal também estava presente na vida dele. Esta é uma realidade que precisamos atentar. Por isso que Pedro avisa: “Estejam alertas e vigilantes porque o diabo vosso adversário, anda ao redor, como um leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1Pe 5.8).
No encontro de Cristo com o homem endemoninhado ficam bem claras as seguintes situações:
Primeiro vemos:
1. A atuação do mal (maligna) na vida do homem (1-5).
· Os gerasenos viviam na costa da Galiléia, na outra margem do lago, tão próximo de cafarnaum, mas uma terra de pagãos. Ao desembarcar, logo no segundo versículo, para os olhos do narrador, desaparecem os que acompanham Jesus. Marcos faz o relato focando somente em Cristo e o homem endemoninhado. Trata-se de um caso extremo de destruição da personalidade, de demonstração atrevida do mal sobre a criação de Deus. Sem máscaras e com caprichos.
a. O maligno toma posse, oprime, tortura e destrói;
· O homem, assim que Cristo desembarcou, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro. Este logo não indica um encontro casual, mas aguardado. O estado dele não é resultado de devaneios, pois sua duração era prolongada. E pelo fato de dele sair dos sepulcros, ou seja, grandes cavernas existentes nas rochas indicam que ele habitava neste meio. Ali nos depósitos de ossos humanos, indigentes que tinham mais esperança de vida e possessos de espíritos imundos, faziam suas moradas. O efeito era uma separação de Deus sem esperança. Este jovem era a personificação ambulante do homem sem Deus. Ele era perseguido, oprimido, torturado, enlouquecido e arruinado por uma horda de espíritos de todos os tipos.
b. Levando a autodestruição, inquietude e isolamento;
· Quando ão conseguimos lidar conosco mesmos, com nosso coração e nossos impulsos a conseqüência é um comportamento contraditório e auto-destrutivo. Tornamo-nos insuportáveis para nós mesmos e para os outros. Esta condição é repetida várias vezes para se explicar que, mesmo que os parentes e amigos tentassem segura-lo no convívio social, “nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo”. É evidente que sua convivência com outras pessoas se tornara impossível devido à sua agressividade . O v. 4 narra as tentativas frustradas de dominá-lo: porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. À sua volta havia medo e ódio. Por isso foi expulso, e nu entre os demônios só lhe restaram as cavernas dos túmulos.
· Muitas vezes, as pessoas angustiadas por viverem envolvidas com endemoninhados também se tornam cruéis e passam a tratar com crueldade pessoas assim. E nós, como lidamos com casos como estes? Para estes insuportáveis é que Jesus existe.
Depois vemos:
2. A ação de Cristo (abençoando) a vida do homem (6-13).
· Quem nunca enfrentou uma tempestade? Não necessariamente no mar, mas também em terra. Jesus tinha acabado de mostrar seu poder sobre o mundo natural ao controlar os ventos e as ondas do mar agitado: “Aquietai-vos!” disse ele, silenciando com uma palavra a tempestade. Contudo há algo muito mais feroz e aterrador do que os fortes ventos e ondas grandes ondas do mar. Isso porque o cenário da luta não é a natureza, mas a alma humana.
a. Jesus com seu poder expulsa o mal;
· Ao serem colocadas juntas, a ação e o domínio sobre a natureza e o livramento do homem das garras do maligno, testificam que Jesus é o Senhor é tem poder tanto sobre o mundo natural quanto o sobrenatural. Aqui o Cristo precisa realizar uma obra muito mais poderosa do que aquela consumada em alto mar. Ele enfrentará a agitação mais intensa, a fúria muito mais desenfreada e o mal mais ardiloso e enganador
· Se quando eles partiram “era já tarde” (4.35), agora deveria ser noite, e tudo o que segue deve ter sucedido no escuro: Quando, de longe, viu Jesus ccorreu e o adorou, pondo-se de joelhos. É como se um ímã tremendo o puxasse de modo irresistível para os pés de Jesus. Um tirado do meio dos sepulcros, pois quando o mais forte chega, requerendo a adoração. Eles se apresentam “com as mãos para cima”. Não é visto um ataque furioso do Senhor APENAS A ORDEM: ESPIRITO IMUNDO SAI DESTE HOMEM (8). “Que tenho eu contigo”? A expressão denota o grito de alguém que tem de se submeter a força. É uma oposição e não boas-vindas. É o condenado que reconhece seu carrasco e faz um gesto automático de defesa. Para escapar ao mais forte que quer pegá-lo, ele tenta usar o nome como um amuleto: Jesus, Filho do Deus Altíssimo. Conjuro-te por Deus que não me atormentes! Conjurar o Filho de Deus em nome de Deus seria uma idéia absurda e inútil!
b. E traz liberdade ao que estava oprimido;
· Enquanto que outros casos de expulsão de demônios por meio de Cristo foram realizados nas sinagogas ou nas cercanias do Templo, este ele está num ambiente pagão. Pois, o povo do lugar trabalhava na criação de porcos. Qual é o teu nome? Legião é o meu nome. “Legião” enfatiza uma “força de ocupação” um número muito grande e poderoso. Era comum quando a tropa ocupava todo o espaço. Mas, mesmo que tinha ocupava o terreno, tinha de se render. É digno de nota que Jesus não padroniza nenhum método nem tampouco dá nenhuma formula mágica para expulsar demônios. Jesus não precisa do nome do inimigo para vencê-lo, ele não perguntou por não saber, mas para demonstrar que tudo tem de ser entregue a ele, pois já chegou como vencedor. Tudo o que aconteceu foi única e exclusivamente para demonstrar sua grandeza e seu poder.
· A perda de uma vitima significa para os poderes das trevas, uma derrota, pois perderia o domínio. Mas, quando os demônios pedem que não os mande para fora do país e sim lhes permitam que entrem nos porcos já não consideravam mais a hipótese de perder terreno, mas sim, a de desaparecerem da terra.
Por que Jesus permitiu que os espíritos passassem para os porcos?
· Calvino considerou que Jesus pode ter sido enganado pelos demônios, pois ao destruir a manada, eles conseguiram que Jesus fosse expulso da região.
· Outros dizem que foi Jesus quem enganou os demônios, pois eles ficaram sem hospedeiros, e tiveram de ir para o abismo.
· Ainda outros viram na destruição dos porcos uma ação que simbólica a purificação do paganismo.
Mas, concordo com aqueles que entendem que a permissão de Cristo foi para destacar o mal que os demônios faziam na vida do homem. A vida que ele levava era tão miserável e atribulada que nem os porcos suportaram. A legião que saiu do homem fez com que uma manada de 2.000 animais se lançasse abismo abaixo.
Tão grande era a tribulação desde homem tal qual a libertação e salvação dada a ele.
Por último vemos:
3. A vida (liberdade) com Deus (14-20).
Os porqueiros fugiram e o anunciaram na cidade e pelos campos. Então, saiu o povo para ver o que sucedera. Indo ter com Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram.
a. O liberto transmite paz, saúde e lucidez;
· A salvação aconteceu. Aquele homem dos túmulos lhes parece como alguém que ressuscitou dos mortos. Ele está sentado com dignidade humana, e não tem mais ataques e convulsões na imundície, aos brados. Não é preciso dizer mais nada sobre Jesus, o aspecto do homem diz tudo: este Jesus rejeitado é a fonte da verdadeira humanização. Ele é quem faz do endemoninhado um novo homem.
b. Anseia estar com Cristo e anuncia a salvação recebida;
· A história, porém, termina com um quadro positivo. O homem que foi liberto quer tornar-se discípulo e abandonar o país com Jesus. Jesus, porém, não lho permitiu. Mas, disse vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti.
· Ele não era nem discípulo nem apóstolo, mas indicou que existe um Deus que quer tirar o mundo do caos, que não envia sua criatura aos sepulcros e não a maltrata, mas que suporta os insuportáveis e os torna novamente suportáveis. É este poder absoluto de Deus que ancora, por meio de Jesus, na margem da nossa impotência. Se Jesus é vitorioso sobre este ápice de poder satânico, então ele também está à altura de todos os graus e degraus abaixo deste ápice. Então também podemos ter esperança em meio à total confusão interior de um viciado, a famílias falidas ou a sobrecarga profissional e a outras crises da vida.
· Os criadores de porcos correm para a cidade e contam o que presenciaram. Todo o povo corre para fora ao encontro de Jesus. Contudo, não para dar-lhe as boas vindas como vitorioso sobre os demônios, mas sim pedir-lhe que se afaste da sua região. Não porque Jesus seria culpado da destruição de dois mil porcos e sim porque vêem o que tinham dentro de si a “legião de demônios”, agora sentados vestidos e normais, e têm medo. Contudo o povo não se alegra. Não reconhecem nessa cura maravilhosa que um profeta de Deus veio até eles. Apenas ficam apavorados com o acontecido e pedem: “Afaste-se de nós.
CONCLUSÃO: Que contraste enorme há nessa história da cura dos endemoninhados em Gadara, entre o seu início e o final.
No início a noite terrivelmente sombria e escura – no final luz e brilho do sol.
No início inferno furioso – no final uma imagem de bem-aventurança celestial.
No início um homem sem roupa e sem casa, habitando entre cavernas e túmulos junto de cadáveres, sendo piores que bichos, vítimas de muitas dores e fúria violenta, afligidos e torturados por milhares de maus espíritos, um comportamento feroz e incomum, em suma, um espetáculo horrível do terror do inferno, um pavor chocante para toda a redondeza, temido acima de tudo. – No final um curado e calmo, vestidos e sensatos, cheios de palavras cordiais de gratidão, livres e soltos, servidores do Altíssimo.
Deus abençoe
Pr Saulo César - ICE Campo Grande

Pai e Filho

Uma relação de amor - Pv 17.6
O dicionário bíblico descreve o amor como um sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem. O amor deve nortear todas as relações da vida cristã. Tanto do homem com Deus quanto do homem com seu próximo (Mt 22.37-39). Paulo descreve o amor como o caminho superior e a mais elevada virtude que alguém pode ter. ”Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, não se gaba nem é orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém pratica a maldade, mas se alegra quando alguém faz o bem. Quem ama suporta o sofrimento com fé, esperança e paciência. O amor é eterno” 1Co 13.4-8a).
A Bíblia diz que Deus é amor (1Jo 4.8).
Para ilustrar este amor quero compartilhar com a igreja duas cenas.
A primeira cena ilustra:
1.O maior presente de um Pai para seu Filho (Jo 3.16-18).
Planejado no céu e realizado na terra
1. Um presente revelador:
JOÃO ENTROU NO CORAÇÃO DE CRISTO E NOS REVELOU ESTA BENÇÃO. Com o presente o pai revela todo seu amor. Era como se dissesse olha o que eu te dou, pois deste modo, assim, desta maneira, quero demonstrar o quanto eu te amo.
a. Um presente único:
• O Pai poderia enviar um anjo, ou um querubim, pois haviam muitos deles no céu, mas não, ele enviou um bem único, ou seja, ele não tinha outro bem como aquele. que seu único Filho.
b. Um presente significativo:
• O Pai poderia dar algo importante e vaporoso, pois dele pertencem todas as estrelas do céu, mas ele deu o bem mais significativo. Ele deu seu Filho.
c. Um presente para um “filho” que não merecia:
• Paulo diz que “Dificilmente alguém aceitaria morrer por uma pessoa boa”. Mas, pode ser que alguém tenha essa coragem. Mas Deus nos mostrou o quanto nos ama dando seu filho Jesus Cristo para morrer por nós quando ainda vivíamos no pecado (Rm 5:7-8).
Isso foi loucura? Não foi UM ATO DE AMOR!
Deus nos amou tanto que enviou seu Único Filho para morrer na cruz. Ele nos amou incondicionalmente. Sem merecimento. Sem esperar recompensa.
Ele nos amou com um sacrifício de muito valor e que causou muita dor
2. Um presente libertador.
a. Livrou o homem do castigo:
• A Bíblia diz que ao homem estava determinado o castigo. O salário do pecado é a Morte, diz a Bíblia. A morte significa castigo eterno, morte eterna. Sofrimento eterno. Nenhuma esperança. Mas, Jesus concordou com a vontade divina e dou-se na cruz. Ele deu a sua vida por mim e por você. Havia um preço para que o homem fosse resgatado do pecado. Era o sangue de um Justo. Esse preço Jesus pagou na cruz. Através da Sua concordância ele livrou o homem do castigo.
b. Adotou como filho:
• “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.” (Rm 14.8)
c. Deu ao homem a vida eterna:
• Além de livrar o homem do pecado, Jesus concedeu-lhe vida eterna. A mulher pega em flagrante adultério e que foi levada até Jesus recebeu esta dádiva. Perguntou ele “Mulher, onde estão àqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (Jo 8.1-11).
Uma segunda cena ilustra:
2. O maior encontro de Pai com o seu Filho (Lc 15.21-24).
Realizado pelo Pai proporcionado pelo Filho
O filho arrependido levantou-se e foi em direção ao pai e momentos de sublime amor acontecem.
Cristo relata as palavras de arrependimento do filho ao pai, mas não diz nada das palavras do pai ao filho, porque os atos do pai dispensam palavras, pois seu amor é profundo demais e só os atos conseguem demonstrá-lo.
1. Um encontro aguardado:
a. O pai o avistou o filho (sinal que espera).
• Perceber com os olhos, com os sentidos e discernimento; voltar os olhos, a mente, a atenção; prestar atenção, observar; ver estado ou condição; determinar o que deve ser feito.
b. O pai ficou compadecido e correu até ele:
• Movido pelas entranhas (coração); pela compaixão, pois para os antigos as entranhas eram a fonte do amor e da piedade. A corrida denota esforço em risco extremo (pai idoso), que requer o uso de todas as habilidades para alcançar vitória.
c. O pai abraça e beija o filho:
• Abraçar: no original: deitar sobre; cair nos braços; apoderar-se, tomar posse; proteger. Beijar: no original: beijar várias vezes, beijar ternamente (O beijo no rosto significa reconciliação ele sacramenta o perdão).
2. Um encontro único:
Então o filho passa a dizer o que tinha planejado: “Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho”. O pai, porém, (não deixando o filho terminar) diz aos seus servos:
a. Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o:
• Veste externa e solta, que se prolonga até os pés, própria para homens. Usada pelos reis e pessoas de posição. Indica influência, honra. Ele não era servo era filho. Isais 61.10 diz: “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça”.
b. Ponha-lhe um anel no dedo e sandálias nos seus pés:
• Um anel gravado em alto relevo, usado como símbolo de autoridade pelos reis e príncipes, também serviam como carimbo para selar as suas ordens. Os sapatos ou sandálias são sinal de que o filho é um homem livre e não escravo.
c. Matem o bezerro cevado:
• O bezerro e não a ovelha seria apenas por causa da quantidade, mas o simbolismo era o mesmo. Haveria uma grande festa, com convidados, o animal novo e preparado deveria ser morto para selar a paz entre o pai e filho. Porque o filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
O filho fica engasgado com as palavras na boca, pois ia dizer não sou digno de ser chamado seu filho trata-me como um dos seus trabalhadores.
O orgulho poderia levá-lo a dizer, porém sua confissão foi abreviada pela graça. E ele aceita a graça.

Deus abençoe
Pr Saulo César - ICE Campo Grande

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O SERVO INÚTIL


O SERVO – Que serve ao Senhor
17.7-10


Quando lemos no cap. 12.35-38 que Jesus na sua volta se cingirá e servirá aqueles a quem ele encontrar fiel. Jesus é mostrado entre os seus, não como quem é servido, mas, como aquele que serve. Para os insensíveis, este é um convite à presunção. Se Jesus veio para servir e virá no futuro para também nos servir; aqui esperaremos e colheremos os benefícios do seu serviço.


Mas, embora não podemos negar o serviço do Mestre em prol dos seus discípulos, como foram descritos e citados (12.35-38 e 22.27), aqui Jesus afirma claramente sua autoridade. Ele é o Senhor! Os discípulos são servos, quanto a iss, não pode haver nenhum mal-entendido.

Nesta parábola Jesus apresenta o equilíbrio entre o servir e o ser servido.
Para isso os discípulos deveriam entender três condições.

1. Entender SEU DEVER (7).
• Servir renunciado seus interesses e se dedicar aos interesses do Senhor.
• No ocidente quando se tem empregados domésticos normalmente coloca-se a pessoa na condição de classe média, mas o mesmo não acontecia no oriente. Lá os mais pobres dentre os pobres deixam seus filhos saírem de casa para servirem aos outros apenas por um prato de comida e uma cama para dormir. Assim até aqueles que tinham pequenas posses, como os discípulos, tinham serviçais em suas casas. Por isso Só Um Servo é Mencionado. Um escravo desse tipo era totalmente dependente de seu patrão e rigorosamente obrigado a executar a tarefa com obediência cega. Em troca do seu trabalho ele como escravo tinha somente direito à comida e bebida, para não perder a força do trabalho.
No parágrafo anterior Jesus mostrara que para dizer a amoreira “arranca-te e transplanta-te no mar” bastava ter a fé do tamanho de um grão de mostarda. Isso mostra que mais vale a essência da fé, ou seja, para que ela serve do que o tamanho dela. No caso da parábola Jesus quer mostrar que não importa a quantidade do serviço, mas, com que sentimento faz o serviço.
2. Entender SUA POSIÇÃO (8).
Servir sem ter nenhum direito.
Num mundo onde os funcionários se fortalecem e as horas extras são pagas acima do valor das horas normais, o servo da parábola é visto como alguém totalmente injustiçado. Ele merecia descanso e não trabalho. Mas, num tempo e cultura diferente como dos discípulos, é exigido que o servo continue servindo o senhor sendo servido.
• O servo para servir tem que preparar o que deve ser servido e depois se preparar para servir, ou seja, cingido.
Existe uma grande diferença daquele que serve bem preparado e daquele que serve de qualquer jeito. Existe uma grande diferença entre o garçom que atende com um sorriso e aquele que atendo mal-humorado. O salmo 100 diz que se deve celebrai com jubilo e servir ao Senhor com alegria.
Jesus destrói e derruba as culturas existentes e constrói e edifica novas idéias e ensinos. Esta inversão se vê claramente no momento do lava-pés.
Por isso, também ele destrói os nossos direitos já conquistados e edifica sobre eles. Ele mostra quem somos e quem Ele é. Ele nos coloca embaixo para nos reerguer.
Assim como no caso da parábola da ovelha perdida, onde pressupõe que os pastores não eram os donos da ovelha extraviada e fizeram festa por ela ter sido encontrada, não pelo bem material, mas pela responsabilidade do serviço. Aqui também se conclui que o material pouco importa, mas sim a honra do dever cumprido.
3. Entender SUA RECOMPENSA (9-10).
• Servir sem esperar nada em troca.
Sem esperar recompensa, mas, continuar servindo além das forças e possibilidades.
• Normalmente quando se faz um serviço espera-se a recompensa. Com certeza este servo merecia elogios e gratificação. Cumpre notar que não é Jesus ou o Senhor na parábola que avalia os servos como servos inúteis, mas que essas palavras representam um testemunho dos próprios servos a respeito de si mesmos.
• Então, Jesus pergunta aos discípulos como senhores se deveriam agradecer ao servo por ter executado tudo de que foi incumbido. A resposta é “não”. Pois, o senhor é desobrigado de dar gratificação porque o servo fez o que deveria fazer.
ELE PODE DAR DE GRAÇA.
Em resumo: a idéia básica desta parábola é que todo recurso, toda confiança e todo apoio na realização própria são condenados. Tudo é pura graça. “Somos servos dispensáveis”, pois, o senhor não precisa de nós. Por isso não temos méritos.
Jesus aniquila o farisaísmo e a presunção e tira qualquer pensamento meritório e obrigação de Deus perante o ser humano.
Os crentes são propriedades do Senhor e carecem constantemente de entregarem os corpos em sacrifício (Rm 12.1). No entanto, a diferença entre um escravo do senhor terreno e o escravo do Senhor celestial. Naquele a disposição de servir é obrigatória, em nós ela é ditosa permissão.
Lá é “deves”, aqui é “quero, posso”. Lá a lei, aqui a ação voluntária. Lá um patrão egoísta. Aqui o benigno Senhor.
Deus abençoe
Pr Saulo César - ICE Campo grande

A CORTEZIA


Ser cortez sem ser fingido
Tg 3.17
Conta-se que a rainha Vitória, para não ser notada, costumava sair vestida de camponesa para fazer longas caminhadas em volta do seu castelo. Certa ocasião, acompanhada à distância por seu fiel criado, saiu para seu costumeiro passeio. Ao longo do caminho encontrou-se com um rebanho de ovelhas pastoreado por um jovem camponês. Este, preocupado com a debandada dos animais, gritou enraivecido: “Saia da frente velha estúpida”! A rainha gentilmente pôs-se na margem da estrada sem dizer nada. O servo ao chegar perto do irritado pastor lhe disse: “aquela é rainha da Inglaterra”! O moço replicou “Eu não sabia, pois ela não se vestia como rainha.” Neste caso, se e a rainha estivesse com seus trajes reais, com certeza, o jovem teria demonstrado mais respeito e consideração. No entanto, sua gentileza e consideração seriam apenas decorrentes da etiqueta e aparência, nada mais. Porém, Tiago ensina: “A sabedoria que vem de Deus é antes de tudo pura, pacífica, bondosa e amigável. Ela é cheia de misericórdia e produz frutos imparciais e sem fingimento” (Tg 3.17). Sendo assim, não era só a rainha que deveria ser tratada com delicadeza, mas também a camponesa pobre que andava pelo caminho. Pois, a gentileza não requer distinção de cargo ou posição social. Podemos ser verdadeiros e amáveis. Positivos e graciosos. Alguém já disse: Falar bondosamente não machuca o próximo, mas é preferível o não com sinceridade ao sim com fingimento. Por isso sejamos corteses e amáveis, porém sinceros.
Pr Saulo César (adaptado)

Quem é Jesus

Quem o povo diz que eu sou?
Lc 9.18-20
Quando Jesus fez esta pergunta aos discípulos ouviu que uns diziam ser ele João Batista, outros Elias, e outros uns dos profetas. Mas, Pedro, falando pelo grupo, revela que Jesus era o Messias o Filho de Deus. Afinal quem foi Jesus? Muitos livros já foram escritos sobre Jesus Cristo. Mas, por mais livros que escrevam, ainda vai faltar muita coisa a ser dita e escrita sobre sua vida e obra. Porém, nas próximas linhas tentarei simplificar sua biografia. Jesus nasceu numa pequena vila, situada cerca de oito km de Jerusalém, chamada Belém. Filho de uma camponesa e de um carpinteiro cresceu em Nazaré, cidade localizada no sul da Galiléia, onde trabalhou com seu pai até completar 30 anos. Depois disso, passou três anos como pregador itinerante, entre o povo humilde da Galiléia e da Judéia. Jesus nunca escreveu um livro. Não freqüentou grandes escolas nem viajou para outros países para conhecer pessoas e culturas diferentes. Mas, apesar de praticar e pregar o amor entre os homens, com apenas 33 anos a opinião pública se voltou contra ele. Foi abandonado pelos amigos e humilhado foi crucificado entre dois ladrões. Foi sepultado, mas ao terceiro dia ressuscitou, subiu ao céu, e sentado ao lado de Deus intercede por nós. Decorridos mais de 2000 anos, Jesus continua sendo a figura central da história da humanidade. Os exércitos podem marchar, os reis podem reinar, os sábios podem aconselhar, mas, ninguém pode exercer tanta influência e poder como Jesus. Afinal Ele é o Cristo o Filho do Deus Vivo!
Deus abençoe
Pr Saulo César (adaptado)

Se Deus é por nós

Quem será contra nós
Rm 8.31

Ao fazer a pergunta, “Se Deus é por nós que será contra nós?”, temos que considerar os dois lados envolvidos nesta questão. Aquele quem está ao nosso lado para nos ajudar e nos fortalecer e o inimigo que tenta nos enganar e nos destruir. Vamos comparar? Primeiro analisaremos quem quer nos ajudar. Este é Deus. O Senhor criador de todas as coisas. Que fez os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há. (Sl 146.6). Que triunfou sobre os cavaleiros do Egito lançando-os no mar (Ex 15.1). O Senhor que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos pecados (Ap 1.5). O Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). Agora vamos analisar nosso opositor: Ele é o ladrão que vem para roubar, matar e destruir que não entra pela porta, mas pula a cerca (Jo 10.1-10). É nosso adversário, que anda ao redor, como um leão, procurando uma brecha para nos devorar (1Pe 5.8). Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, por ser o pai da mentira nele não há verdade (Jo 8.44). Mas aquele que é por nós aconselha: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). Porque maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo (1Jo 4:4).
Deus abençoe
Pr Saulo César - ICE Campo grande