quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pai e Filho

Uma relação de amor - Pv 17.6
O dicionário bíblico descreve o amor como um sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem. O amor deve nortear todas as relações da vida cristã. Tanto do homem com Deus quanto do homem com seu próximo (Mt 22.37-39). Paulo descreve o amor como o caminho superior e a mais elevada virtude que alguém pode ter. ”Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, não se gaba nem é orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém pratica a maldade, mas se alegra quando alguém faz o bem. Quem ama suporta o sofrimento com fé, esperança e paciência. O amor é eterno” 1Co 13.4-8a).
A Bíblia diz que Deus é amor (1Jo 4.8).
Para ilustrar este amor quero compartilhar com a igreja duas cenas.
A primeira cena ilustra:
1.O maior presente de um Pai para seu Filho (Jo 3.16-18).
Planejado no céu e realizado na terra
1. Um presente revelador:
JOÃO ENTROU NO CORAÇÃO DE CRISTO E NOS REVELOU ESTA BENÇÃO. Com o presente o pai revela todo seu amor. Era como se dissesse olha o que eu te dou, pois deste modo, assim, desta maneira, quero demonstrar o quanto eu te amo.
a. Um presente único:
• O Pai poderia enviar um anjo, ou um querubim, pois haviam muitos deles no céu, mas não, ele enviou um bem único, ou seja, ele não tinha outro bem como aquele. que seu único Filho.
b. Um presente significativo:
• O Pai poderia dar algo importante e vaporoso, pois dele pertencem todas as estrelas do céu, mas ele deu o bem mais significativo. Ele deu seu Filho.
c. Um presente para um “filho” que não merecia:
• Paulo diz que “Dificilmente alguém aceitaria morrer por uma pessoa boa”. Mas, pode ser que alguém tenha essa coragem. Mas Deus nos mostrou o quanto nos ama dando seu filho Jesus Cristo para morrer por nós quando ainda vivíamos no pecado (Rm 5:7-8).
Isso foi loucura? Não foi UM ATO DE AMOR!
Deus nos amou tanto que enviou seu Único Filho para morrer na cruz. Ele nos amou incondicionalmente. Sem merecimento. Sem esperar recompensa.
Ele nos amou com um sacrifício de muito valor e que causou muita dor
2. Um presente libertador.
a. Livrou o homem do castigo:
• A Bíblia diz que ao homem estava determinado o castigo. O salário do pecado é a Morte, diz a Bíblia. A morte significa castigo eterno, morte eterna. Sofrimento eterno. Nenhuma esperança. Mas, Jesus concordou com a vontade divina e dou-se na cruz. Ele deu a sua vida por mim e por você. Havia um preço para que o homem fosse resgatado do pecado. Era o sangue de um Justo. Esse preço Jesus pagou na cruz. Através da Sua concordância ele livrou o homem do castigo.
b. Adotou como filho:
• “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.” (Rm 14.8)
c. Deu ao homem a vida eterna:
• Além de livrar o homem do pecado, Jesus concedeu-lhe vida eterna. A mulher pega em flagrante adultério e que foi levada até Jesus recebeu esta dádiva. Perguntou ele “Mulher, onde estão àqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (Jo 8.1-11).
Uma segunda cena ilustra:
2. O maior encontro de Pai com o seu Filho (Lc 15.21-24).
Realizado pelo Pai proporcionado pelo Filho
O filho arrependido levantou-se e foi em direção ao pai e momentos de sublime amor acontecem.
Cristo relata as palavras de arrependimento do filho ao pai, mas não diz nada das palavras do pai ao filho, porque os atos do pai dispensam palavras, pois seu amor é profundo demais e só os atos conseguem demonstrá-lo.
1. Um encontro aguardado:
a. O pai o avistou o filho (sinal que espera).
• Perceber com os olhos, com os sentidos e discernimento; voltar os olhos, a mente, a atenção; prestar atenção, observar; ver estado ou condição; determinar o que deve ser feito.
b. O pai ficou compadecido e correu até ele:
• Movido pelas entranhas (coração); pela compaixão, pois para os antigos as entranhas eram a fonte do amor e da piedade. A corrida denota esforço em risco extremo (pai idoso), que requer o uso de todas as habilidades para alcançar vitória.
c. O pai abraça e beija o filho:
• Abraçar: no original: deitar sobre; cair nos braços; apoderar-se, tomar posse; proteger. Beijar: no original: beijar várias vezes, beijar ternamente (O beijo no rosto significa reconciliação ele sacramenta o perdão).
2. Um encontro único:
Então o filho passa a dizer o que tinha planejado: “Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho”. O pai, porém, (não deixando o filho terminar) diz aos seus servos:
a. Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o:
• Veste externa e solta, que se prolonga até os pés, própria para homens. Usada pelos reis e pessoas de posição. Indica influência, honra. Ele não era servo era filho. Isais 61.10 diz: “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça”.
b. Ponha-lhe um anel no dedo e sandálias nos seus pés:
• Um anel gravado em alto relevo, usado como símbolo de autoridade pelos reis e príncipes, também serviam como carimbo para selar as suas ordens. Os sapatos ou sandálias são sinal de que o filho é um homem livre e não escravo.
c. Matem o bezerro cevado:
• O bezerro e não a ovelha seria apenas por causa da quantidade, mas o simbolismo era o mesmo. Haveria uma grande festa, com convidados, o animal novo e preparado deveria ser morto para selar a paz entre o pai e filho. Porque o filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
O filho fica engasgado com as palavras na boca, pois ia dizer não sou digno de ser chamado seu filho trata-me como um dos seus trabalhadores.
O orgulho poderia levá-lo a dizer, porém sua confissão foi abreviada pela graça. E ele aceita a graça.

Deus abençoe
Pr Saulo César - ICE Campo Grande

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