segunda-feira, 9 de maio de 2011

MENSAGEM PREGADA NO DIA DAS MÃES


A história que lemos, narrada somente por Lucas no seu Evangelho, aconteceu em Naim. Naim, que ficava cerca de 50 km ao sul de Cafarnaum, era uma pequena vila localizada numa planície, ao sul da Galiléia. Talvez fosse necessária uma caminhada de dois dias para ir de Cafarnaum até Naim. Nos tempos bíblicos, os judeus não permitiam que os mortos fossem sepultados dentro da cidades. Por isso, os moradores de Naim, usavam os penhascos que ficavam fora do portão da cidade para sepultar ali seus mortos.

Lucas relata que Jesus, um dia depois de ter curado o servo de um centurião em Cafarnaum, dirigiu-se para Naim com uma grande multidão. Ao aproximar da porta da cidade, ele e a multidão se deparam com um funeral que havia saído da cidade.
O que aconteceu, a partir daí na porta da pequena Naim, foi em muitos sentidos, uma das mais belas histórias contadas nos evangelhos.
Nela se destacam três marcas.

1. PRIMEIRA MARCA: Um coração marcado pela dor (12).
Estava morto o “filho único de uma viúva”.
• A Vida de viúva era muito dura em Israel. Em numerosas passagens bíblicas é dito que uma viúva depende da compaixão, porque fica sem assistência e ajuda (Rt 1.20s; 1Tm 5.5).
• Seu filho era único. Quando se perde um filho a dor é imensa. Porém, quando se perde o único filho a dor é maior. Em vista disso, em Israel, a amargura por causa da dor pela perda de um único filho era motivo de luto extraordinário.
• Seu filho era jovem. Ele não tinha esposa e filhos. A mãe, diante deste fato, não só poderia estar sofrendo pela morte de um filho, mas também porque ele ainda era jovem e não teve tempo de constituir família nem tampouco ter deixado herdeiro.
"Estava morto o filho único de uma viúva".
Lucas resume nesta frase se resume toda a dor que aquela mãe tinha no coração. Sendo viúva ela necessitava de ajuda para sobreviver. Sua esperança estava no filho.
Um filho ainda jovem, e que agora estava morto.

2. SEGUNDA MARCA: Um coração marcado pelo amor (13).
O Senhor a viu e compadecido disse: “não chores”.
• Lucas relata que vendo a mulher “o Senhor se compadeceu Dela e disse: não chores”. No idioma grego não existe uma palavra mais forte que possa expressar o sentimento de piedade e misericórdia que a palavra COMPAIXÃO.
• A palavra compaixão tem a ver com ser gracioso, ser misericordioso e ser piedoso. Portanto aquele que necessita de compaixão é alguém que precisa receber favor, receber consideração. É aquele que busca e implora o favor.
Com as simples palavras “não chores” Jesus expressa o mais intenso consolo que aquela mãe poderia receber. O “não chores” foi o testemunho do amor compassivo.
Amor declarado a todos àqueles que choram.

3. TERCEIRA MARCA: Um coração marcado pela alegria (14-15).
O que estava morto foi entregue a mãe.
• Jesus se aproximou e tocou a maca que estava o jovem morto e disse: “Jovem, eu te digo: levanta-te!” O jovem sentou-se, passou a falar e Jesus o devolveu a mãe.
• Não sabemos quem contou esta história para Lucas, pois El não estava lá. Porém, o que sabemos, é que alguém que estava no meio da multidão viu tudo, ouviu tudo e se maravilhou. Pois, através do grande profeta “Deus visitou o seu povo” (16).
Da mãe não se ouviu nada, talvez naquele momento, o choro da alegria falasse mais alto que as palavras. Pois, o morto reviveu. A morte se rendeu a vida. A tristeza e a dor deram lugar à esperança. “Deus visitou seu povo”. O Senhor visitou em Naim uma mãe sofrida.

Deus abençoe
Pr Saulo César

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