terça-feira, 21 de junho de 2011

EM DEFESA DE UMA CAUSA

O discurso de Pedro, feito nos versos anteriores, foi baseado no que ele cria e valorizava.
•Ele defendeu o grupo da maledicência: “Estes homens não estão embriagados”! (14-15); defendeu as profecias: “O que ocorre foi dito por Joel”! (16-21); defendeu seu Mestre: “Varão Aprovado por Deus que em vosso meio fez sinais e maravilhas foi morto por vós, mas, que foi ressuscitado pelo Pai” (22-23);

Para concluir disse: “Irmãos, Davi que morreu foi sepultado. Mas, sendo Davi profeta referiu-se à ressurreição de Cristo dizendo que este não seria deixado na morte nem o seu corpo iria experimentar corrupção. Este Jesus ressuscitou e nós somos testemunhas, pois, a este Jesus que crucificastes Deus o fez Senhor e Cristo” (At 2.29-36).

Só lutamos por algo que cremos e valorizamos assim nos versos seguintes temos duas receitas uma para a alma e outra para o corpo.

Após a pergunta: “que faremos irmãos?”
1. Pedro dá a receita para salvar a alma (37-41).
a. Para um povo com coração quebrantado e sedento pelo ensino e direção de Cristo: “Ouvindo eles estas coisas ficaram aflitos”. Até aqui Pedro não havia feito nenhuma oferta de salvação. Pelo contrário, Pedro apenas defendeu a causa do Mestre. Mas, pelo impacto dos fatos, suas palavras certeiras atingiu o coração do povo.
b. Ensinando passos claros e únicos para que o pecador seja perdoado e restaurado: Até aqui Pedro também não havia cobrado nenhuma ação de seus ouvintes. Pedro havia falado somente de “ações” passadas. Mas, diante dessas ações a pergunta pelo o que “fazer” necessariamente tinha que ser feita. “Que faremos irmãos?” Foi uma pergunta de desespero e esperança. Pois, apesar de haverem pecado a misericordiosa ação de Deus ainda poderia salva-los. Então Pedro deu a receita:
• Arrependei-vos: O “Arrependimento” em nosso sentido seria apenas reconhecer a culpa e lamentar o erro, mas no sentido expresso por Pedro é uma inversão de rumo e dar uma meia-volta. Ou seja, deve-se mudar o pensar e assim mudar de atitude, pois se não mudar a mente é difícil mudar a velha maneira de agir.
• Batizai-vos: Somente Jesus é capaz de purificar pecadores lavando-os por meio de seu sangue. Mas, no batismo, este ato é simbolizado por meio da imersão na água. Ali é “sepultada” a vida antiga e tragada a culpa. O batismo cristão, assim como o de João, vinha após o arrependimento, porém João batizava apenas com água, mas estes receberiam também junto com o batismo do o batismo do Espírito. “Pois a promessa era para eles, para seus filhos e para quantos o Senhor Deus chamar”.
• Salvai-vos: Nessa hora tudo está em jogo. Pois, mesmo depois uma pregação impactante os ouvintes não estão isentos de negligenciarem a decisão. Ainda é possível que aconteça o insucesso. “Deixem-se salvar” – porque está em jogo a salvação! Não se trata de aprofundar a percepção religiosa, nem de melhorar moralmente a vida, nem de ampliar a participação na vida eclesiástica, trata-se de salvação. Ressalvas, perguntas, hesitações poderiam custar vidas. Se não deixassem salvar imediatamente morreriam na casa em chamas.
Tão eficaz foi sua exortação que na seqüência aconteçam decisões e cisões. Pois, três mil corações aceitaram a palavra e foram batizados, formando assim a primeira igreja cristã em Jerusalém.

Após quase três mil pessoas serem batizadas
2. A igreja dá a receita para saúde do corpo (42-47).
a. Perseverando no ensino, nas orações, na comunhão, no templo e de casa em casa: Era uma Igreja que aprendia. A palavra doutrina no verso 42 não é passiva; é ativa. A frase significa que persistiam em ouvir os apóstolos enquanto ensinavam. Era uma Igreja que praticava a comunhão. A Igreja só é uma verdadeira Igreja quando é um grupo de irmãos. Era uma Igreja que orava. Aqueles primeiros cristãos sabiam que não podiam enfrentar a vida com suas próprias forças e que não tinham necessidade de fazê-lo. Era uma Igreja reverente. No versículo 43 a palavra corretamente traduzida temor encerra a idéia de temor reverencial. Era uma Igreja na qual Deus agia. Se buscarmos, pedirmos e esperarmos em Deus as grandes coisas, enviadas por Ele certamente acontecerá (43). Era uma Igreja que compartilhava. Aqueles primeiros cristãos tinham um intenso sentimento de responsabilidade um pelo outro (44-45).
b. Vivendo com alegria, simplicidade e simpatia do povo, crescia com a benção de Deus: Era uma Igreja que adorava (versículo 46). Nunca se esqueciam de visitar a casa de Deus. Devemos lembrar que "Deus não conhece a religião solitária". Era uma Igreja alegre e simples. Um cristão melancólico é uma contradição. A alegria de um cristão não é necessariamente algo de que deva gabar-se; mas na alegria que ninguém pode tirar. Era uma Igreja de gente que não podia deixar de ser querida por outros. Há duas palavras gregas para bom. Uma é agathos que descreve simplesmente um objeto como bom. A outra é kalos que significa algo que não somente é bom, mas sim tem aspecto de bom; há um atrativo nisso. O verdadeiro cristianismo é algo bonito.
A igreja vivia assim porque cria e valorizava esta causa
“Enquanto isso, o Senhor acrescentava-lhes, dia a dia, os que iam sendo salvos” (47).

Deus abençoe - Pr Saulo césar

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