terça-feira, 9 de novembro de 2010

A multiplicação dos pães os fariseus e os discípulos

Jesus havia acabado de oferecer um belo banquete no deserto a uma grande multidão que viera de longe e não comia havia três dias.
· Lá no deserto, os discípulos fizeram uma pergunta ao Mestre: “poderá alguém fartar de pão esta multidão?”. Ao alimentar a multidão com sete pães e alguns peixinhos Jesus responde: SIM TEM ALGUÉM QUE PODE.
Mas, depois de um belo banquete Jesus teve que promover duas belas faxinas
A primeira com os fariseus e a segunda com os discípulos.
Com os fariseus temos:

1. UM PEDIDO NEGADO (11-13).
POR SER MAL INTENSIONADO.
a. FEITO COM A INTENÇÃO DE DESAFIAR E TENTAR:
Desafiavam porque não entendiam os milagres como divinos, mas como um desafio à sua autoridade. Por isso, como alguém que aceita um desafio, eles vão ao encontro de Jesus assim que ele pisa na praia.
· O encontro não teve uma conversa educada, como se pedisse: “Mestre, por favor, mostre um sinal para gente”, não era nada disso a idéia era de uma discussão hostil, desqualificada e desafiadora, tipo: “se não mostrar não creremos”.
· Eles não exigiram o sinal porque duvidavam da capacidade de Jesus, mas exatamente porque seus sinais se tornara fato. Os milagres eram notórios.
Mas, além de desafiar, o pedido também tinha a intenção de tentar. Buscavam “um sinal”, não um que ocorreu antes, mas um sinal feito agora, diante dos seus olhos. Por encomenda. "Ou faz ou é desacreditado".
· Se Jesus atendesse o pedido, algo que eles não consideravam, ele também seria refutado, pois em Dt 13.2-6 existem dois fatos que poderiam desacreditar um profeta o primeiro era anunciar um sinal e prodígio e o segundo era depois que o prodígio se realizasse levar o povo a se afastar de Deus. Por isso, para desacreditar e influenciar o público de que Jesus era o maioral dos demônios era necessário encontrar fatos que comprovasse que Ele era contrário a Deus.
A solicitação deles não era honesta e por isso foi recusada.
b. PORQUE FOI FEITO POR QUEM NÃO MERECIA CRÉDITO: O fato de pedir sinal não constitui pecado. Moisés pediu sinal, Gideão pediu um sinal, o salmista pediu sinal (Sl 86.17). A própria cura do paralítico em Mc 2.10 foi para dar aos incrédulos a prova que Ele tinha poder. Mas, a estes Jesus não deu nenhum sinal.
· Houve um gemido, como "um inspirar", tirando do intimo a força para questionar e negar uma proposta absurda: “Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que esta geração (perversa) não receberá sinal algum". Diante dele havia apenas um grupo, porém, por traz havia uma geração. Geração que tinha atrás de si um caminho repleto de milagres, porém resistente perversa e corrompida como diz Paulo (Fp 2.15). Que vêem, mas não enxergam e, em meio à sua escuridão, dizem: “Nós vemos!” (Jo 9.39-41). Que fazem proposta indecente como a da cruz em 15.32: “Desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos!”
Tanto aqui como lá na cruz temos de considerar que o maligno estava presente.
Por serem assim Jesus diz não e se retira do meio deles.
Com os discípulos temos:
2. UM CONSELHO ESCLARECIDO (14-21).
POR SER MAL ENTENDIDO
a. POIS PENSARAM NO PÃO MATERIAL:

Era costume levar provisões para as viagens. Talvez, pudesse supor que os discípulos não levaram pão para ver outra multiplicação, mas não se pode dizer que foi isso, e sim porque a partida do local anterior foi rápida. Porém quando entraram no barco Jesus alertou “cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes”.
· Literalmente o fermento é uma massa estragada usada para fazer a massa boa crescer. O assim que o fermento é aplicado, pelo seu alto poder influência, mesmo em pequena quantidade, ele impregna totalmente a massa fazendo com que ela cresça. Portanto, o fermento, pelo seu alto poder de contágio, pode ser usado tanto para o crescimento do bem, como para o crescimento do mal.
· Neste caso, a dureza do coração dos fariseus ainda estava fresca na memória de Jesus e, ao mesmo tempo, a cidade que surgia no horizonte era Tiberíades, lugar amado por Herodes. Tanto os fariseus quanto Herodes tinham a mesma intenção, caluniar e desacreditar Jesus diante do povo e manda-lo para a cruz. Esta natureza contrária a Deus, de não ver, não compreender e perseguir resulta no mal “fermento”.
· Jesus tinha os olhos bem abertos para esta situação, por isso o que incomodava não era o fato de estarem levando apenas um cesto de pão, mas a proximidade deles com os ensinos dos fariseus e a crueldade de Herodes, porém, os discípulos ainda não tinham esta percepção.
· Por isso, não entenderam, ao contrário “discorriam entre si” pensando que Jesus falava do fato deles não estar levando pão. Ou seja, eles não tentaram tirar suas dúvidas com Jesus, mas o excluíram da conversa. Aqui já se vê a ação do fermento e a palavra de advertência do mestre se torna real.
Porém com os discípulos o tratamento foi diferente àquele dado aos farizeus. Aos fariseus Jesus resolveu abandonar, eles porém, receberam infinita paciência do Senhor.
b. JESUS QUERIA DAR A ELES O PÃO ESPIRITUAL:
O ponto de Jesus é outro. Enquanto os discípulos estão preocupados com alimento material, Jesus está preocupado com aquilo que os líderes religiosos vêm dando como alimento espiritual. O ensino dos líderes religiosos, que parecia talvez à primeira vista inofensivo, era de fato podre.No milagre da multiplicação os discípulos entenderam que Jesus ”apenas” matou a fome, porém objetivo ultrapassa o matar a fome do corpo, pois era uma revelação para entenderem que Cristo é o pão da vida que supriria a fome espiritual do mundo.
Sobre isso Jesus faz varias perguntas seguidas: Por que
conversam sobre o não ter pão? Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais?
· Está em questão toda a atitude em relação a Jesus. Compreender quem Jesus era deveria ser o principal motivo deles estarem com ele. Se não houver este conhecimento abre-se um abismo entre Jesus e eles, e ai vem o perigo de ficar do lado dos fariseus.
Jesus reaprende com mais duas perguntas (retóricas): Quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam eles: Doze! E quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam: Sete! Ao que lhes disse Jesus: Não compreendeis ainda?
O que Cristo queria que entendessem era que
o poder Dele era óbvio.
ENTÃO PORQUE ESTÃO DISCUTINDO SOBRE O PÃO
SENDO QUE HA COISAS MAIS IMPORTANTES PARA SE PREOCUPAREM?
Deus abençoe
Pr Saulo César

Um comentário:

  1. Oi Alexandre agradeço pelo carinho e incentivo. Também já visitei seu blog e me tornei membro. Deus abençoe.
    Fica na paz.

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