sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Salmo 2


Quando lemos o salmo 2 devemos ter em mente que os fatos nele citados é contado de forma poética e que pode ser aplicado tanto de forma literal ou figurada. Por isso, podemos considerar que toda a historia narrada nele é baseada em momentos históricos pelos quais Davi, o autor do salmo, passou, mas também, de forma figurada, podemos considerar que aqui relata muito sobre aquele que Davi tipificou, ou seja, fatos da vida que Jesus, o descedente de Davi, passou e passará(conf Lc 1.30-33).
Podemos dividir o salmo em três perspectivas diferentes

Primeira Perspectiva:
ACONTECE NA TERRA (Vs 1-3)
NA REBELIÃO UNIVERSAL
Quando os homens imaginam coisas vãs e os lideres da terra se rebelam contra Deus e seu Ungido: Aqui vemos os gentios, pessoas que não conhecem e não amam a Deus, enfurecidos promovendo rebelião e se amotinando contra o Senhor e sua Lei. Vemos o mundo organizado de forma deliberada em oposição ao governo de Deus. Vemos a loucura, a agitação e a futilidade dos povos numa correria louca e vã. Vemos a ira das nações que se manifesta nas guerras e nas revoluções. A ira dos indivíduos que se manifesta na inveja, nas brigas, nos roubos e nas mortes. Pessoas que matam por quase nada e justificam suas maldades em argumento banais. Aqui vemos uma rebelião universal. Homens loucos que querem se desvencilhar de Deus, de seus mandamentos e de seus propósitos e para isso se justificam dizendo que Deus é um ditador maldoso. Homens que considera a Palavra de Deus algemas e laços para serem rompidos. Vemos que este estado de fúria acontece desde a entrada do pecado no mundo. Vem deste o povo rebelde que viveu antes do dilúvio e se estendeu depois na construção da Torre de Babel. Fúria e loucura vã que passou também por governos e governantes cruéis como os faraós do Egito, os imperadores romanos e pelo nazismo de Hitler.
Hoje, muitas pessoas continuam com a mesma opinião sobre Deus e sua Palavra. Olham para a Bíblia como um livro de restrições que estraga o prazer da vida. Não entendem que seu próprio pecado é quem escraviza e não aceitam a libertação de Deus. Vivem em total rebelião contra Deus e seu Ungido.

Segunda Perspectiva:
ACONTECE NO CÉU (Vs 4-5)
NA INDIGNAÇÃO DIVINA
Quando o Senhor do céu contempla a loucura humana, porém, no tempo certo agirá com justiça e poder: Aqui vemos a diferença fundamental entre a perspectiva da terra e a do céu. Da terra vemos a loucora, a rebeliaõ e a futilidade e o céu a razão, a justiça, a imutabilidade e a força. Vemos o Todo Poderoso contemplando e reagindo diande de toda a pretenção, loucura do homem. Diante de tudo isso, no verso V.4 vemos: "Ri-se Aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles". Pois, ao contemplar, só resta mesmo ao Senhor rir e zombar desta absurda e louca afronta. O Senhor "Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá". Este tempo significará o fim da aparente liberdade do homem e o estabelecimento, na terra, de todo o propósito divino. Tão certo será este tempo, que Deus deu às nações e aos povos rebeldes um tempo longo, para que todos os planos, objeções e resistências em relação a Ele estivessem amadurecidas e fortificadas. Então, na plenitude dos tempos, Deus intervirá com força e poder.
Então todos verão a ira de Deus que “se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça” (Rm 1.18).

Terceira Perspectiva:
ACONTECE NA ETERNIDADE (Vs 6-12)
NA SOBERANIA DO CRISTO
Quando o Senhor, o Justo Juiz, reinar sobre toda a terra e o homem prudente se submeter e servir a Ele com alegria: Aqui vemos Deus falar: "vocês podem se rebelar, se irar, ficarem insatisfeitos com minha Lei, mas "Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu Santo Monte Sião". Vemos que todo o propósito eterno de Deus de exaltar o seu Ungido e o seu reinado, queira ou não o homem, será cumprido. Pois, Deus através de Cristo estabelecerá um reino universal e teocrático, pois, o governo não será do homem, mas, Dele. Porque o Senhor constituiu o seu Filho Rei sobre toda a terra e nações (6-9). Daqui foi composta uma da maiores melodias que já se ouviu na terra o “Aleluia” de Handel” que diz: “E Ele reinará para sempre”. Aqui a expressão “Tu és meu filho; Eu hoje te gerei”, tem em mente a idéia do Filho Ressurreto como representante e expressão máxima do Pai. Vemos a co-eternidade e a co-relação tanto na comissão e na missão do Filho efetuada pelo Pai. Vemos, em contraste com a fraqueza dos homens, o destacado poder do Cristo.  A Ele foi dada toda a autoridade (Mt 28.18). Toda a terra e todos os reis virão e se prostrarão diante Dele e Ele dominará com vara de ferro e despedaçará as nações rebeldes com mão forte e poderosa (9). Aqueles que não dobrarem seus joelhos hoje ao Senhor, no futuro, não terão outra saída (9).
Por isso, HOJE, os prudentes devem ouvi-lo. Portanto, para se salvarem e o louvarem na eternidade, os homens deverão servi-lo HOJE com alegria. Pois, Deus mandou o seu Filho para oferecer a salvação ao mundo e não para julgar o mundo. Mas, quem não crê Nele já está julgado (Jo 3. 16-17). Pois Dele é o reino, o poder e a gloria para Sempre (Mt 6.13).

Deus Abençoe - Pr Saulo césar

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente: