quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Profeta Daniel

Mostrando o que acontece quando um homem ora
Dn 10.1-21


A Bíblia sugere vários nomes aos seus heróis. Abraão foi o pai da fé. Moisés o libertador do povo. Davi o pastor que virou rei. Isaias o profeta messiânico. Jeremias o profeta chorão. Daniel seria o homem de oração. Em muitas ocasiões, em seu ministério, na Babilônia nos deparamos com Daniel orando. Vejam os seguintes exemplos:
• Daniel orava com os amigos: “Então, Daniel foi para casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios da Babilônia.” (Dn2:17-18).
• Daniel orava em seu quarto: “Daniel, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer” (Dn 6.10).
• Daniel orava pela nação: “Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza.” (Dn 9.3ss).
Olhando para Daniel podemos verificar o que acontece na vida de homem que se dispõe a orar.
Este texto nos mostra duas realidades:
1. Na terra – A revelação divina (1-12).
a. Quando o homem buscou a Deus.
Durante algun tempo (21 dias) Daniel esteve chorando, jejuando e em plena comunhão com Deus (1-3);
• No terceiro ano de Ciro. Daniel já passava dos 80 anos e durante toda sua vida clamou a Deus pela libertação e volta do povo para sua terra natal. Agora parte do povo já havia voltado, mas a luta continuava. Ele, Daniel, além da idade, não voltou por causa da posição que ocupava, pois com sua sabedoria e espiritualidade poderia influenciar mais profundamente os reis persas.
• Havia um povo descompromissado: Na Babilônia, os que ficaram não queriam compromisso com Deus e em Jerusalém havia grande oposição atrasando a construção do templo. Daniel, então, mesmo distante, aflige a sua alma e chora pelo povo.
b. Deus veio ao seu encontro (4-9). No do Anjo com Daniel, ele recebe o toque de amor, consola, encoraja e responde suas aflições (10-12).
• Um encontro divino: Alguns entendem que a descrição desse anjo é uma teofania, ou seja, a encarnação de Deus através do Filho, se assim fora o Anjo seria o próprio Cristo. Outros dizem que a aparição apesar de se tratar de um anjo, não é o Cristo, pois Cristo não precisaria de reforço espiritual para quebrar a resistência relatada no verso 13. Porém, entendo que mesmo não sendo Cristo, a representatividade era divina, pois ENVIADO era do Senhor.
• Uma visão magnifica (Dn 10.4-6): Diante do ser celestial, seu corpo se enfraqueceu e prostrado caiu diante do fulgor, pois a glória era forte demais para o frágil ser humano suportar.
C. E revela todo seu amor o amor (10-12). Daniel prostrado ouve palavras doces e encorajadoras.
• Deus levanta quem se humilha: O consolo e a força envolvem o aflito. Daniel ouve que é amado (11). É encorajado para se colocar de pé. Pois, foi por causa das orações o anjo estava ali para atendê-lo. Por isso, não devia ter medo (v. 12).
Os céus se movem para as orações do santos. O escritor de Hebreus diz que os anjos são espíritos ministradores em favor daqueles que herdam a salvação (Hb 1:14).
2. No céu - Uma guerra espiritual (10.13-11.1).
a. Da luz contra as trevas (13):
Quando olhamos para este texto vemos que existem dois mundos o natural e o sobrenatural. O natural é visível e o sobrenatural é invisível. Existe uma guerra nas regiões celeste. Sobre as nossas cabeças no mundo invisível acontece uma batalha espiritual entre os anjos de Deus e os anjos do mal. Quando a igreja ora, trava-se uma batalha nas regiões celestes.
• Daniel orou durante a batalha: Os vinte um dias totaliza o tempo de três semanas que Daniel se pôs a orar. Isso mostra que a durante a oração houve batalha nos céus. Houve resistência do mal contra o bem. Houve interferência do mal para que a mensagem de Deus não chegasse ao profeta.
b. Que avança pelo tempo (14). Esta batalha teve inicio num período desconhecido para nós. Isaias revela um pouco deste tempo em Is 14.11-15.
• Por muito tempo: Desde a antiguidade existe guerra entre a luz e as trevas. Houve batalha no Jardim do Édem e infelizmente o inimigo saiu vitorioso. Houve batalha no Egito, no deserto, na terra prometida e no exílio.
• Jesus foi tentado, foi escarnecido, foi crucificado, foi mordido no calcanhar pela serpente. Mas, na cruz Ele esmagou sua cabeça. “Ele é o cabeça de todo principado e potestade. Ele nos deu vida perdoando todos os nossos delitos; cancelando a dívida, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:10-15).
• “Sede sóbrios e vigilantes: O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;” (1Pe 5.8)
• Mas, o diabo terá o seu fim: "será lançado para dentro do lago de fogo e enxofre e sofrerá tormentos pelos séculos dos séculos (Ap 20.1-10)
c. Onde Deus e o homem lutam juntos (15-21). No inicio da revelação encontramos a informação que a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito (1). Nesta luta o homem tem que se submeter a Deus, para se purificar e receber força (15-18);
• O Senhor fortalece o homem e o prepara para a guerra: Esclarece sobre as lutas espirituais que se realizam nas regiões celestes. Poderes das trevas que atuam no mundo e tentam impedir o crescimento do Evangelho e que a Verdade sobreviva nos corações.
• Mas, o Senhor diz: Não temas, homem muito amado! Paz seja contigo! Sê forte, sê forte. Sabes por que eu vim a ti? Porque há peleja no céu. Há uma guerra invisível. Há poderes nas trevas. Porém, eu te declararei o que está expresso na escritura da verdade;Continue orando...
Pr Saulo César - ICE Campo Grande

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