quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O PARALITICO DE CAFARNAUM

Lc 5.17-26
Ao ler a história deste paralítico verificamos que ele foi ricamente abençoado por Cristo.
Quero meditar com os irmãos dois momentos da historia que mostram claramente a trajetória da benção.
NO PRIMEIRO MOMENTO VEMOS:
Um homem abençoado
1. Pelo trabalho do homem (13-19).
A. COM PARTICIPAÇÃO COLETIVA:
• Este homem abençoado pelo trabalho de terceiros porque ele não tinha nenhum recurso físico ou material para realizá-lo. Ele necessitou de amigos que o levasse a presença de Cristo.
• Ouvi certa vez uma ilustração que a principio achei um pouco estranha, mas depois percebi que se aplicava bem à situação deste homem. A ilustração dizia que o paralítico tinha um amigo CHEGADO, um grande amigo. No entanto, o CHEGADO, sozinho não conseguia levar o amigo à presença de Cristo, então teve que procurar seu COMPANHEIRO. Mas, os dois também não conseguiam levar o paralítico, faltava ajuda. Foi então que se lembraram do ANIMADO, com certeza ele seria de grande valia. Contudo, os três não deram conta, faltava mais um. Então chamaram o PERSISTENTE.
• Minha conversão foi em 1983 quando estava com 19 anos. Minha esposa que na época era namorada me confidenciou que uma senhora chamada Dna Flor orava pelo futuro namorado dela muito antes dela estar namorando comigo. DONA FLOR PARTICIPOU DA MINHA CONVERSÂO.
B. COM ATITUDE PERSISTENTE:
• No seculo 18 iniciou um movimento na Europa chamado moravianos que durou cerca de 100 anos. Este movimento tinha por finalidade a pregação do Evangelho e seu principal combustível era a oração. Nas suas orações pediam para serem enviados àqueles que estavam necessitados da graça de Jesus. Na época, dois jovens deste movimento ouviram falar que no Leste da Índia havia uma ilha, cujo dono, um britânico ateu, tinha capturado da floresta cerca de 2000 nativos e feito deles escravos. Uma ordem foi redigida pelo senhor da ordenou que na ilha “nesta só poderá entrar escravos”. Por isso, estes homens iriam viver e morrer ali, sem oportunidade de ouvir falar de Cristo.
• Os jovens, sabendo deste caso, fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: ”Nenhum pregador atracaria ali para falar sobre essa coisa sem sentido”. Então eles fizeram uma nova proposta: “E se fossemos como seus escravos para sempre?”, o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua própria venda para costear sua viagem. No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas famílias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam aqueles irmãos tão queridos, quando o navio tomou certa distância eles dois se abraçaram e gritaram suas ultimas palavras que foram ouvidas: “O CORDEIRO RECEBA A RECOMPENSA”.
• Na historia do paralítico também vemos a persistência daqueles que o levaram. Mesmo sem condições para entrar na casa, pois esta estava lotada, eles não desistiram.
A persistência estava ali e eles levaram o paralítico para cima da casa para que da lá pudessem baixá-lo até Jesus.
C. COM O OBJETIVO EM MENTE
• Estes tinham um único objetivo, ou seja, levarem o amigo até Jesus. Ele sabiam que somente Jesus poderia ajudá-lo.
• Por isso, venceram todos os obstáculos. Subiram ao telhado, abriram um buraco e então desceram o homem no leito diante de Jesus.
Muitas vezes a situação de certas pessoas necessitadas é tal que se precisa da fé e da simpatia de amigos crentes para levá-los a Cristo.
Será que temos feito este trabalho. Será que temos sido este amigo.
Muitas vezes um simples ato de misericórdia pode levar alguém a uma benção maior do que àquela que podemos dar. Por isso:
NO SEGUNDO MOMENTO VEMOS:
Um homem abençoado
2. Pelo trabalho do Filho do Homem (20-26).
A. QUE ABENÇOA QUEM TEM FÉ:
• Jesus viu na fé não apenas o anseio de restauração do enfermo, mas o anseio de reconciliação de uma alma. Alma, ciente de sua culpa e ansiosa por salvação, que havia percorrido um caminho difícil, ou seja, o telhado.
• Jesus não reconheceu no grupo APENAS o trabalho coletivo, mas também a FÉ COLETIVA, pois ao ver a fé que possuíam disse ao enfermo: “Homem, teus pecados estão perdoados!”
A grande sentença da absolvição da culpa é poderosamente proferida. Porém o ser humano, pervertido que é, considera a saúde como o maior bem, desconsiderando assim a salvação da alma e a vida eterna.
B. QUE FAZ PENSAR OS INCRÉDULOS:
• “Teus pecados te foram perdoados” – Esta palavra calou fundo. “A opinião judaica a respeito do pecado e do sofrimento é esta: onde há sofrimento, o pecado é premissa, e onde ainda persiste o sofrimento, o perdão ainda não chegou plenamente.”
• Mas, ao declarar “Teus pecados te foram perdoados!”, Jesus proclama um Evangelho para milhares e milhares de pessoas. Pois, afinal, sua palavra significa nada menos que o seguinte: talvez alguém possa sofrer das conseqüências de seus pecados, e talvez tenha de sofrer até o fim da vida, mas não obstante pode encontrar-se plenamente sob a graça, pode obter perdão.
O trabalho de perdoar pecados, para a salvação, é difícil e árduo.
Este trabalho leva o homem arrazoar, pensar, levar em consideração.
C. QUE SOMENTE ELE PODE FAZER:
• Todos trabalharam para que o paralítico chegasse à presença do mestre. Porém daqui para frente não poderiam fazer mais nada. Somente Jesus poderia continuar a obra.
• Porém, o fato que deixava esses homens da lei indignados era que Jesus, declarou o homem livre e isento de toda culpa por sua própria iniciativa sem intervenção de Deus. Pois, entendiam que a frase “de que somente Deus poderia perdoar pecados” era totalmente verdadeira. Portanto, pelo fato de que na opinião deles Jesus, como humano, chama para si algo que compete unicamente a Deus, eles o acusam de blasfêmia.
• Em Marcos, Jesus reconhece s pensamentos de seus adversários “em seu espírito” (cf. Mc 2.8). Com a pergunta: “O que é mais fácil perdoar pecados ou curar a enfermidade?” Jesus insere nos pensamentos dos que ali estavam uma verdade absoluta. Por que a cura pode até constituir um milagre, porém o MAIOR MILAGRE É O DA SALVAÇÃO.
• Mas, continua Jesus, “para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra (não só autoridade para curar enfermos) mas, também para perdoar pecados—disse ao paralítico: Eu te ordeno: Levanta-te, toma o teu leito e vai para casa” (v. 24).
Sob o telhado aberto, a vista de todos que ali estavam, aconteceu algo divino e perfeito. E isso não somente ocorreu no oculto da alma, mas também na forma visível do corpo. À absolvição da alma agregou-se a cura do corpo.
Imediatamente, o paralítico se levantou diante deles e, tomando o leito em que permanecera deitado, voltou para casa, glorificando a Deus. “Todos ficaram atônitos, davam glória a Deus e, possuídos de temor, diziam: Hoje, vimos prodígios” (vs 25-26).
Deus abençoe
Pr Saulo César

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