terça-feira, 4 de maio de 2010

Ester

A plena demonstração do cuidado de Deus
Et 4.1-17.


CONTEXTO HISTÓRICO: No terceiro ano de seu reinado Assuero deu dois banquetes. O Primeiro de 180 dias. O segundo de 7 dias. Nestes banquetes haviam músicas, danças, comidas, bebidas, presentes e orgias em excesso. No final da festa, o rei embriagado manda chamar a bela rainha para que todos vejam sua beleza. Mas, a rainha Vasti recusa o convite deixando o rei furioso. O Rei aconselhado pelos sábios destitui Vasti e depois cai em depressão.
É NESTE CENÁRIO QUE SURGE ESTER. Uma jovem judia que depois de ficar órfã foi criada pelo primo Mordecai. Seu nome judeu Hadassa significa “fragrância” e Ester, seu nome persa, “estrela”. Ester com aproximadamente 20 anos de idade foi levada com outras jovens para um concurso que elegeria a nova rainha da Pérsia. Sua incrível beleza e simpatia fizeram com que, entre 400 belas jovens, fosse a escolhida do rei.

O texto que lemos está no centro do livro.
Nele vemos Deus, mesmo não sendo citado, agindo.
Em três atos Ester é levada a cumprir as determinações de Deus.

1. Uma rainha preocupada (4.1-11).
a. Preocupada com seu parente (4.4-8).
• No cap. 3 vemos a atuação de Hamã o primeiro ministro de rei. Ele que era reverenciado por aonde passava viu Mordecai não se inclinava, nem se prostrava diante dele. Este fato fez com que ele ficasse furioso e teve como propósito, não só matar Mordecai, mas também todos os judeus que havia em todo o reino de Assuero. Foi com este propósito que Hamã foi ao rei e disse que os judeus não respeitavam as leis persas porque as leis judaicas eram diferentes das leis de todos os povos, por isso deveriam ser mortos. Em compensação Hamã prometeu ao rei cerca de dez mil talentos de prata. Com a autorização nas mãos Hamã ordenou que num só dia
destruíssem, matassem e aniquilassem todos os judeus. Quando Mordecai soube da ordem, rasgou a roupa em sinal de tristeza, vestiu uma roupa feita de pano de saco, pôs cinza na cabeça e saiu pela cidade chorando. Quando chegou à entrada do palácio, ele não entrou, pois não podia entrar daquele jeito. Ao saber que Mordecai estava naquela situação na porta do palácio ele ficou preocupada e envia roupas apropriadas para que Mordecai entre no palácio para lhe expor o motivo da sua tristeza. Porém Mordecai não aceita. Com a recusa dele em aceitar as roupas, Ester então manda um dos seus eunucos para saber o que se passava com ele. Mordecai então mandou uma cópia do decreto que falava do extermínio dos judeus, e pediu a intercessão dela em favor do seu povo junto ao rei.
b. Preocupada com sua vida (4.10-11).
• Agora vemos uma Rainha preocupada com sua vida, pois havia uma lei que não permitia a quem quer que fosse aproximar-se do rei por vontade própria. A entrada na sala do trono a pessoas que não fossem anunciadas eram recusadas pelo rei, a fim de exaltar a sua realeza e proteger a sua vida. Por já terem decorrido 30 dias que Ester não era chamada na presença do rei, ela temia que a falta de interesse dele pudesse prejudicar o pedido como também leva-la a morte. E esse problema foi levado à Mordecai pelo eunuco.
2. Uma rainha confrontada (12-14).
a. Confrontada para examinar sua posição (12-13).

• Mordecai se indignou com a resposta de Ester e apela para o seu caráter. Pois, naquela situação de emergência ela poderia agir em favor de seu povo. Portanto esta era a hora de Ester. Afinal ela era uma judia e Mordecai mostra a situação perigosa na qual ela se encontrava e alerta “não imagina que só por estar na casa do rei escaparás”.
b. Confrontada para examinar sua atitude (14-15).
• Mordecai alerta também que sua recusa em ajudar o povo de Deus traria juízo divino sobre ela e sua família, enquanto que o livramento para os judeus aconteceria de um jeito ou de outro. “Quem sabe não foi para um momento como este que você chegou a posição de rainha?”.
O argumento de Mordecai foi claro. Ele mostra três aspectos importantes:
* Ester pode entender que era importante, mas não a única. "Porque se ela não falar Deus vai mandar outro socorro".
* Ester pode entender que se não fizesse algo, outro faria e seria abençoado em seu lugar e ela perderia a oportunidade de ser lembrada como uma benção. “Porém ela e sua casa pereceriam”.
* Ester pode entender que não estava no trono por acaso. “Pois quem sabe se para tal conjuntura é que foi colocada como rainha".
3. Uma rainha quebrantada (15-17).
a. Que buscou a presença de Deus (4.15-16a):
• O argumento de Mordecai além de claro foi irresistível. Depois de ser confrontada sobre a sua situação Ester se anima para salvar o seu povo. Esses fatos acontecem depois de quatro anos de Ester se tornar rainha. Era a hora de mostrar quem era Ester, que além de bela era patriota.
• Ester deixou a apatia e a indiferença para identificar-se com o povo de Deus. “Chega de vida fácil. Está na hora de expor o meu nome. Sou judia. Pertenço ao Deus vivo”. Ela não se apegou a sua beleza ou ao seu poder de persuasão, para chegar diante do rei, antes se apegou ao seu Deus. Disse Ester a Mordecai: Vai, ajunta todo o povo e jejuai por mim. Não comam nem bebam nada por três dias. Eu e as minhas servas também jejuaremos.
a. Que confiou na sua vontade (4.16b-17):
• Ester não se precipitou “Depois, irei ter com o rei”. Anteses e confiou “ainda que é contra a lei; se perecer, pereci”. Ela poderia se precipitar, ir logo falar com o rei, a situação era urgente, porém decidiu esperar no Senhor, e permitir que ele guiasse seus pensamentos, a formular o que tinha que fazer, e o que dizer ao rei. “Orem por mim. Jejuem por mim. Eu e minhas servas faremos o mesmo e veremos o que Deus fará”, depois disso falarei com o rei. Ester se entregou totalmente a vontade de Deus “se perecer, pereci”. Esta expressão não era de um fanatismo cego e sim de confiança da vontade soberana de Deus. Enquanto aguardava, escutava e sentia a presença e direção Deus, pensava jejuava e orava.
CONCLUSÃO:
• A obra que o senhor fez nesse dia de espera foi grande. Naquela noite o rei não dormiu, (nem Deus) estava com insônia, pediu que lessem os registros da história da Persa. Nessa leitura o inesperado (para Hamã não para nós) acontece. Ouvindo o rei o relato que foi salvo por Mordecai descobriu que nenhuma honra fora dado à ele. Hamã estava no pátio, o sol mal surgiu no horizonte lá estava ele. Estava ansioso para pedir a forca do seu maior inimigo. De repente ouve-se a voz do rei “mandem Hamã entrar”. “Esta é minha oportunidade”, pensa ele. Mas, antes de abrir sua boca o rei pergunta, “o que fará ao homem a quem o rei deseja honrar”, e ele mais que depressa pensou, “esse sou eu”, e respondeu “traga a vestes reais e que um dos príncipes do rei, vista esse homem, ponha-lhe a coroa real na cabeça, que monte também o cavalo do rei; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim faz ao homem a quem o rei deseja honrar”.“Excelente idéia” disse o rei, “isso é fantástico. Hamã você não poderia ter pensado em algo melhor. Faça tudo isso, sem nada omitir a Mordecai”
Deus estava invisível, mas não passivo. Ele nunca descansa por isso não se esquece nem das suas promessas e dos seus inimigos. Por isso é bom esperar nele.
APLICAÇÕES PRÁTICAS:
1. Deus não necessita de nós para realizar sua obra; mas, pela sua bondade e para nossa alegria, nos escolheu para sermos úteis à sua obra.
2. Deus sabe que vivemos num mundo contaminado pelo pecado e cheio de maldade. Por isso, Ele frustra os planos dos maus e arrogantes e exalta aqueles que se humilham e lhe obedecem.
3. A perseguição contra o povo judeu e conseqüentemente sua extinção sempre teve por finalidade inviabilizar a vinda de Cristo. Porém, por mais que Satanás tente atrapalhar os planos de Deus, eles não serão frustrados.
4. Deus está no controle de tudo, mesmo quando Seu nome não aparece de maneira visível, Ele está agindo em secreto.

Deus abençoe
Pr Saulo César – ICE Campo Grande – Saulo@icecampogrande.com.br

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