segunda-feira, 28 de junho de 2010

Carta aos Filipenses

A arte de escrever em cadeias
Fp 1.12-26
• Os últimos vessiculos do Livro de Atos (30-31) diz que Paulo ficou preso em Roma por dois anos. Provavelmente 61 e 62 AD, Paulo permaneceu preso na casa que alugara. Ali ele teve licença para receber visitas onde pregava e ensinava sobre o reino de Deus. A história da Igreja Primitiva escrita por Lucas terminava ali. Mas, a história do Apostolo e da Igreja continuou. Geralmente se crê é que durante os dois anos Paulo escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Nestas cartas temos o cap. 29, 30, 31 dos Atos Apostólicos.
No texto encontramos pelo menos duas afirmações que refletem o estado que Paulo se encontrava.
1. Estou preso, porém alegre (12-20).
O tom que entoa a melodia da carta é a alegria. Alegria no Senhor! Os teólogos intitulam Filipenses a “Epistola da Alegria. Se fosse ter um tema para esta carta seria “ Alegria está no coração de quem já conhece a Jesus”. Penso que se Paulo estivesse cantando uma musica seria “satisfação é ter a cristo”. Paulo, também fala sobre outros assuntos, mas talvez pela por causa do amor e comunhão que tinha com a igreja, ele sempre voltava enfocar a alegria. Esta Tonica é vista não só neste parágrafo mais em toda epistola: (Fp 1.4), 1.18), (2.2), ( 2.18), (2:29), (3.1), ( 4.1) “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (4.4). Mas, por que Paulo estava alegre?
a. Porque o Evangelho está sendo pregado:
• Pregado entre os guardas romanos (12-13);
• Pregado por irmãos de boa vontade que foram estimulados pelo seu testemunho (14);
• Pregado por invejosos que tentavam levar discórdia nas igrejas e tribulações à Paulo na prisão (15-17);
“Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei.” (1:18)
b. Porque em Cristo sinto plena liberdade:
• Pela suplica dos irmãos que intercediam por ele (19);
• Pela provisão que a igreja enviou para ele (19);
• Pela glória que o espera (20);
O modo de pensar de Paulo, e conseqüentemente de todos os crentes, difere todos os demais. Porque sua “ardente expectativa” estava na terra, no seu engrandecimento ou prosperidade
O coração e desejo de Paulo era que Cristo “seja engrandecido”. Quer no viver ou no morrer. Por isso temos:
A segunda afirmação de Paulo:
2. Estou preso, porém confiante (20-26).
a. Porque vivo para Cristo:
• Na seqüência aparece aquela breve frase que se tornou uma das mais conhecidas de todo o NT. Inúmeras vezes ela foi recitada, inúmeras vezes cantada: “Porque para mim o viver é Cristo”.
• Nesta frase Paulo enfatiza a atividade de viver e não a sua existência.
• Paulo enfoca a forma ativa e intensa que vive. Eu vivo Cristo. Eu respiro Cristo. Eu estou em Cristo. Por isso, não sei de que consiste a vida de outros, e isto tampouco me importa agora – mas, “para mim” ela é “Cristo”.
b. Porque morrerei em Cristo:
• Já que para Paulo o “Viver era Cristo” o morrer significava lucrar.
• Paulo não tinha dúvidas que assim que seu coração parasse de bater estaria com Cristo.
• Como isto poderá suceder? Não por meio de artifícios ou heroísmo, mas por um presente do Libertador e soberano. Aqui cai por terra toda a doutrina do “sono da alma”. Pois, no momento em que o viver para nós passa a ser Cristo o morrer tornará um “partir” para Cristo.
• No entanto, Paulo não era nenhum individualista! De forma ele pensava “Já que estarei com Cristo” posso deixar de lado a expectativa de futuro para as demais coisas.
• Não, pois para ele a igreja, a consumação da obra de Jesus, a honra de Deus não deveria ser abandonada. E isso não seria conseguido por ele se fosse estar com Cristo e viver em condição muito melhor.
Paulo, em outras palavras, testifica o mesmo que Jó: “Quem me dera fossem agora escritas as minhas palavras! Quem me dera fossem gravadas em livro! Que, com pena de ferro e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha! Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 19:2e-25).
• Por volta de 63 AD. Paulo foi absolvido e solto continuou seu trabalho missionário. Alguns dizem que talvez tenha chegado até à Espanha conforme tinha planejado (Rm 15.28). O certo, porém, que depois desse tempo escreveu as Epistolas Pastorais 1 Timóteo e Tito. Preso novamente por volta de 67 AD., foi levado à Roma lá escreve 2 Timóteo e segundo a tradição, pouco tempo depois, foi decapitado. “ATOS DOS APÓSTOLOS” terminam aqui, mas os Atos do Espírito continuam através da igreja ao longo dos séculos até a volta de Cristo. Que tal deixar que o Espírito Santo te use para fazer parte desta história.
Deus abençoe
Pr Saulo César ICE Campo Grande

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente: